Tempo Real

sábado, 26 de novembro de 2011

Melancolia no clássico que já foi Rei

Que o clássico entre Palmeiras e São Paulo foi apelidado de Choque- Rei, creio que todo mundo sabe. Mas isso foi nos anos 40 quando os rivais dividiam praticamente todos os títulos em jogo.

Neste domingo, no entanto, um clima morno, chocho até, cerca esse clássico de importância muito pequena. O tricolor ainda luta por uma vaguinha na Libertadores, que, por sinal não está fácil. E vai jogar sem Lucas, um dos melhores do time, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo.

E o Palmeiras? Ah, nem isso. Talvez lute por modesta vaguinha na Sul- Americana, competição que tem quase o significado de uma Série B da Libertadores, embora, desde o ano passado, dê ao campeão o direito de disputar o torneio mais importante da América. Aliviado por ter escapado do rebaixamento, o Palmeiras talvez possa exibir futebol melhor do que mostrou neste returno, quando conquistou apenas duas vitórias.

É, este clássico já foi mais empolgante, muito mais. Mexia até com a cidade, tirava o sono do torcedor.

O deste domingo não pode ser chamado de Choque-Rei.

Muito longe disso...

SANCHEZ, O ANÚNCIO INOPORTUNO

Até para evitar qualquer tipo de comentário negativo- ou desconfiança dos clubes concorrentes- não foi nada oportuno, em minha opinião, o anúncio de que Andrés Sanchez será o novo diretor de seleções da CBF.

E nesse ponto concordo com Roberto Dinamite, presidente do Vasco: se Sanchez só vai assumir em janeiro do ano que vem qual a razão de ser anunciado agora, em plena reta final do Campeonato?

Não precisava.

E nem o Corinthians precisaria contar com clima mais favorável, pois a minha bola de cristal o aponta com as duas mãos na Taça. E com justiça.

Brasileirão e F1 mostram o mal do esporte ser previsível

No esporte, a melhor coisa que pode existir é a imprevisibilidade. A prova disso será tirada neste final de semana, quando teremos, praticamente na sequência, o GP do Brasil de Fórmula 1 e a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de futebol.

Enquanto a F1 já está decidida, o Brasileirão pega fogo com três times como postulantes ao título a duas rodadas do fim. O resultado é óbvio. A F1 tem até promoção de venda de ingressos em sites de compra coletiva, enquanto as filas para compra de bilhetes para os jogos decisivos do Nacional são cada vez maiores.

Um dos grandes desafios do esporte brasileiro no passado foi mostrar para quem investia nele que o maior retorno não é só quando a equipe vence, mas também quando há um grande suspense no ar sobre como será o desfecho daquela disputa.

Há 20 anos, uma empresa geralmente investia no esporte sem pensar que a marca dela poderia não estampar o uniforme do atleta vencedor, mas mesmo assim ela se beneficiaria dessa exposição e dessa ligação com o esporte.

Por isso víamos alguns absurdos em algumas modalidades, como o time de basquete da Nossa Caixa, no início dos anos 90, contando “apenas” com Paula e Hortência na mesma equipe. Simplesmente a Ponte Preta conseguiu o título mundial na época, mas o interesse do público pelo basquete caiu, já que não havia equipe capaz de disputar em pé de igualdade com aquele Dream Team.

A temporada de 2011 da F1 foi mais ou menos isso. Só deu Vettel. E qual a graça para o consumidor nisso? Para não ficar só na teoria, vale comparar a audiência do GP do Brasil da Fórmula 1 desde 2006, quando Michael Schumacher se aposentava pela primeira vez.

Naquele ano, a Globo teve 27 pontos de média na medição do Ibope, em prova que também definiu o bicampeonato de Fernando Alonso. Em 2007, Kimi Raikkonen foi o vencedor no GP maluco, que registrou 26 pontos no Ibope. Em 2008, Massa e Hamilton duelaram até a última curva. O resultado, além da vitória do inglês, foram os 33 pontos de audiência registrados. No ano seguinte, Barrichello ainda tinha um fio de esperança pelo título em Interlagos, e a Globo chegou aos 26 pontos de audiência. No ano passado, com o título ainda indefinido, mas sem os brasileiros com chances de vitória, a audiência despencou: meros 16 pontos.

Ok, vamos tirar um pouco de lado o fato de que a audiência da TV aberta tem caído nos últimos anos, mas qual a expectativa que se pode ter de aumento do índice do Ibope para a prova deste domingo? Sem chance de ter campeão e, além disso, com uma temporada péssima dos brasileiros, a certeza é de que teremos uma audiência terrível para a prova. Um pouco mais tarde, porém, o Ibope do Brasileirão possivelmente registrará um dos melhores resultados aos domingos em 2011.

Do ponto de vista do patrocinador, quanto maior a imprevisibilidade de uma competição, maior é a chance de sua marca aparecer para mais pessoas. E, dado o componente de emoção que envolve o esporte, mais importante ainda é saber que uma eventual conquista de título poderá turbinar ainda mais o resultado do investimento que foi feito.

Na indústria do entretenimento, nada é mais imprevisível que o esporte (o que também faz desse investimento também o mais arriscado e mais caro). Se ele perder essa característica, também perderá, e muito, o seu apelo comercial.

Presidência da CBF é o próximo passo de Andrés

O novo diretor de seleções da entidade desmentiu a manchete deste post. “Não tenho esta aspiração”, desconversa.

A relação estreita com Ricardo Teixeira foi a chave para a entrada na CBF. O poderoso chefão do futebol brasileiro vê em Andrés a figura ideal para o projeto de coordenar todas as seleções.

Nesta sexta, no Rio, o presidente do Corinthians foi convidado pessoalmente por Teixeira, a assumir o controle de todas as seleções da entidade. Da base, passando pela olímpica e feminina, até a principal.

“Teixeira me deu o poder de comandar todas as seleções. Posso botar e tirar o técnico, os médicos e os preparadores”, revelou Andrés.

Andrés Sanchez pede licença do comando do Corinthians no dia 15 de dezembro. Logo depois eleição no clube, em fevereiro, ele assume o cargo na confederação brasileira de futebol.

Globo oferece espaço na programação para amistosos da seleção de basquete

A rede Globo comunicou a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) que terá cinco lacunas na programação para exibir amistosos da seleção brasileira de basquete. De acordo com o site site Máquina do Esporte, a entidade irá realizar uma reunião com o seu departamento técnico para planejar o calendário a ser seguido no próximo ano levando em conta este espaço na TV aberta.

No encontro, marcado para o dia 1º de dezembro, a entidade irá consultar o treinador Rubén Magnano para traçar o planejamento antes dos Jogos Olímpicos de Londres. “Pelo contrato com a Globo, teremos pelo menos quatro amistosos com TV aberta, mas temos que ouvir o Rubén”, afirmou ao site o presidente da CBB, Carlos Nunes.

A lista de possíveis jogos amistosos inclui China, Japão, Austrália, Espanha, França e Estados Unidos, além da Argentina, com quem a CBB tem boa relação e estuda marcar um circuito de jogos. A rede Globo já tem programada a transmissão da decisão do NBB4. Nesta temporada, o torneio nacional alterou sua forma de disputa para final em jogo único para atender às necessidades da emissora.