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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Peladas de fim de ano - Overbola

Desde 6 de dezembro que a bola, no Brasil, parou de rolar. Ou melhor. Pelo menos na teoria, o futebol brasileiro deveria se movimentar apenas nos bastidores nessas últimas semanas do ano. Mas, o que mais tem se visto país adentro nos dias que restam de dezembro é uma infinidade de “peladas” de final de ano.

Amigos do Cafu contra Amigos do Zezinho; Amigos do Zico contra Time das Galáxias; Amigos do Bairro contra Amigos da Rua e por aí vai.

Sim, é legal haver tanta festa assim na época do final do ano no Brasil. É algo que já começa a fazer parte do calendário até do investimento das empresas, interessadas em dar um retorno maior para clientes, amigos, funcionários. Eu patrocino o jogo que terá o Zico e faço uma ação de marketing envolvendo o Galinho. Ou, ainda, levo Ronaldinho Gaúcho para a cidade onde minha empresa tem atuação.

Até aí, nada de mal. Pelo contrário. Uma grande sacada e um novo mercado que se abre para o marketing no futebol. Mas o problema é quando começamos a ver quase todas essas “peladas oficiais” sendo transmitida na televisão. Aí é que a coisa começa a ficar um pouco fora do propósito.

Um dos maiores problemas para o desenvolvimento do esporte no Brasil é a preferência descarada da mídia em falar de futebol, subjugando as demais modalidades e colocando-as num estado de completo abandono.

Quando o privilégio ao futebol é justificado pela qualidade do produto e a relevância dos torneios em disputa, tudo bem. Mas como defender que os principais canais de esporte do país abram espaço em sua grade de programação para exibir partidas com ex-atletas de 40, 50 e até 60 anos de idade?

Sim, tudo bem, é muito legal poder rever Zico, Andrade e Adílio em ação. Além de Júnior, Edu Coimbra e mais um monte de craques por aí.

Mas a overbola começa a ser um problema para o próprio futebol. A overdose na transmissão de bola na telinha no Brasil pode começar a fazer mal para o fortalecimento dos clubes e dos campeonatos pelo país.

Qual a expectativa que se pode criar em torno dos campeonatos estaduais, por exemplo, se só deixaremos de ver futebol na televisão por nem ao menos uma semana (a Copa São Paulo de Juniores já começa logo após a chegada de 2010)?

As maiores audiências da televisão estão no futebol. Isso é inegável. Mas até mesmo o mais fanático consumidor de futebol na telinha precisa de pelo menos umas semanas de férias. É natural. Até para descansar um pouco os ouvidos dos mesmos narradores e comentaristas de sempre.

Mais uma vez a mídia, em busca da audiência, acaba prejudicando o esporte. Que neste 2010 que se aproxima possamos viver uma nova era para a transmissão do futebol na TV. O conteúdo, mais do que nunca, tem de ser valorizado. Pode ter certeza que ele se encarrega de elevar o índice de audiência.

Retirado de: http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2009-12-27_2010-01-02.html#2009_12-28_11_53_09-136381883-0

domingo, 27 de dezembro de 2009

Corinthians e Ronaldo, marcas fenomenais

Por tudo o que fez ao longo de 2009, palmas para o Corinthians, que conquistou o Paulistão sem perder um só jogo, ganhou brilhantemente a Copa do Brasil, classificando-se para a Libertadores de 2010, independentemente do que conseguisse no Campeonato Brasileiro. E se na Série A não foi lá essas coisas, não correu qualquer tipo de risco ao contrário de grandes e tradicionais clubes como Náutico, Sport, Coritiba e Santo André, que foram rebaixados; ou Atlético Paranaense, Botafogo e Fluminense, que se livraram da Segunda Divisão na última rodada.


Portanto, o Timão brilhou e a possibilidade de fechar um contrato de patrocínio no valor de R$ 38 milhões é real.


Um nome, no entanto, não pode ser esquecido nesta história: Ronaldo Fenômeno. É indiscutível que sua contratação sacudiu o clube. Hoje, o Coringão ocupa status elevado e o “Gordo”, como é chamado (e, particularmente, eu torço para que ele perca peso até mesmo para não sobrecarregar demais as articulações do joelho) teve participação decisiva. Dentro e fora de campo, o artilheiro foi figura de destaque do Timão. Se no Paulistão e Copa do Brasil, ele brilhou principalmente nos grandes clássicos, fora das quatro linhas , soube valorizar a poderosa marca “Corinthians “, tanto que participou dos programas com as maiores audiências da televisão brasileira. Dunga o levará para a Copa da África do Sul? Não sei. Mas já vi Ronaldo superar problemas físicos bem mais difíceis e ser o destaque do Brasil. Portanto...


O Corinthians está se reforçando sim. Tcheco é uma prova disso. Roberto Carlos é outro nome importante. É um profissional que se cuida e os adversários o respeitam. Quando o Flamengo anunciou Petkovic poucos acreditaram, mas o sérvio foi fundamental para o time rubro-negro na conquista do Brasileiro. Portanto, o mesmo pode acontecer com Roberto Carlos e acho que o Timão vem forte na temporada de 2010.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BOM, BONITO E BARATO

O Barça é um clube riquíssimo. Visitar as dependências desse clube é uma viagem à Disneylândia do futebol. E sua sala de troféus, um museu.

E é tudo isso sem captar um tostão na venda dos espaços do seu uniforme. Ao contrário: paga para ostentar o logotipo da Unesco, organismo de apoio social.

Vive apenas da receita que lhe oferecem os torcedores (seja, como associados do clube; seja, lotando o Camp Nou a cada jogo, estando o time bem ou mal) e a cota da TV. Investe quase nada, comparando aos outros grandes da Europa – Real, Chelsea, Manchester, Bayern de Munique, Milan, Inter etc. – na contratação de jogadores, preferindo revelar seus próprios craques, como Puyol, Busquets, Iniesta, Xavi, Pedro Rodrigues, Bojan, inclusive Messi, eleito o melhor do mundo pela Fifa, argentino que lá desembarcou aos 13 anos de idade.

Sua última grande contratação foi Ibrahimovic, que, na verdade, veio na troca com Eto’o, artilheiro desprezado pelo Real, que o Barça recolheu num clube modesto da Espanha – o Getafe, se não me falha a memória – para transformá-lo numa estrela mundial.

Quando traz um Ronaldinho Gaúcho ou um Henry, é a preço de banana, no mercado europeu, ou porque o cara não está dando certo no clube anterior (caso de Ronaldinho no PSG) ou porque já cumpriu seu ciclo (caso de Henry no Arsenal).

É só uma questão de boa gestão, que começa pela ideia básica segundo a qual o time deve sempre praticar um futebol bonito (e, para tanto, os jogadores adequados são garimpados no mercado ou forjados nas bases com esse objetivo). O resto é consequência.

A FUGA DE OSCAR

No fundo, no fundo, seja por incitação de terceiros ou não, o menino Oscar, que o São Paulo tratava como joia rara de suas categorias de base, aprontou essa quizumba jurídica porque queria jogar bola, só isso.

Jogador quer jogar, essa é a lei básica do futebol. E jogador jovem, ainda por cima, é mais afoito. Sobretudo, quando percebe que sua bola está à altura do time, se não, acima.

Confesso que ainda não tenho uma ideia formada sobre o futebol de Oscar, pois o vi por alguns poucos minutos neste tempo todo desde que ele foi alçado à equipe titular.

Mas, o que vi me sugere que tem condições de jogar mais.

De qualquer jeito, mesmo que fique, o encanto foi quebrado.

O DESTINO DE LOVE

Para continuar no Palmeiras, Wagner Love quer garantias do Palmeiras de que ele e sua família serão devidamente protegidos da sanha desses marginais que vestem a camisa da torcida uniformizada e que já o agrediram no meio da rua.

Eis algo que o clube não pode assegurar por completo, e o craque sabe disso, assim como seu representante. Numa cidade em que não há segurança para o cidadão comum na avenida Paulista, ao meio-dia, como garantir a integridade de uma figura notória como ele?

Na verdade, por falta de um bode expiatório, o palestrino resolveu transformar Love, assim como Diego Souza, nessa figura tradicional da fábula humana.

Ora, como o Flamengo está atrás de um atacante desse nível para reforçar-se ainda mais com vistas à Copa Libertadores, caiu a sopa no mel.


Retirado de: http://colunistas.ig.com.br/albertohelenajr/

Zico e Romário: o fim da guerra fria entre dois craques

No clima de Natal, dois dos melhores jogadores da história do futebol brasileiro vão estar juntos em um campo de futebol neste domingo. Depois de 11 anos de afastamento. A iniciativa de reconciliação partiu de Zico, que fez o convite. E Romário aceitou participar do Jogo das Estrelas no Maracanã.

A partida beneficente marca a reaproximação de dois ídolos que romperam relações após um episódio traumático. Em 2 de junho de 1998, oito dias antes da abertura da Copa do Mundo disputada na França, o Brasil acordou com uma notícia bombástica: o corte de Romário do Mundial. O craque da Copa de 94, responsável direto pela conquista do tetra, não estaria em campo na França quatro anos depois.

Após ser dispensado, Romário deu uma entrevista emocionada, aos prantos, lamentando a decisão. O Baixinho considerou Zico, então coordenador-técnico da seleção, o responsável pelo seu afastamento. O atacante teria feito um apelo direto ao ex-jogador para que permanecesse no grupo. Zico sempre argumentou que o camisa 11 havia sido afastado por decisão médica.

A mágoa de Romário permaneceu. E ficou evidenciada quando o Baixinho inaugurou sua casas de shows na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio). Na porta dos banheiros, uma caricatura mostrava Zico segurando um rolo de papel higiênico para Zagallo, que estava sentado em um vaso sanitário. Os dois decidiram processar Romário.

Desde então, Zico e Romário evitaram se encontrar em eventos ligados ao futebol e fazer comentários um sobre o outro.

A guerra fria terminou nesta terça-feira, quando o filho mais velho do Galinho, Júnior Coimbra, anunciou que o Baixinho havia aceitado o convite para disputar o Jogo das Estrelas.

Será apenas a segunda vez que os dois craques jogarão lado a lado. A primeira – e até agora única – ocorreu há 20 anos. Em 27 de março de 1989, Zico se despediu oficialmente da seleção brasileira em um amistoso contra um combinado do resto do mundo. A partida foi realizada em Udine (Itália). Na derrota do Brasil por 2 a 1 (gols de Dunga, do uruguaio Francescoli e do húngaro Detari), o jovem Romário entrou no segundo tempo e atuou ao lado do veterano camisa 10.

Entre 1985 e 88, se encontraram em clássicos Flamengo x Vasco. Mas um de cada lado. Como ocorreu de junho de 1998 até agora. No domingo, será diferente.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Os melhores (e mais ricos) do ano

Messi, Cristiano Ronaldo, Xavi, Kaká e Iniesta. Pela ordem, esses foram os cinco melhores jogadores de futebol do ano de 2009, na eleição feita por treinadores e jogadores dos países filiados à Fifa. A lista não traz grandes surpresas, talvez exceção feita à presença de Kaká, que não foi brilhante no Milan no primeiro semestre e no Real Madrid no segundo, e também não fez grandes coisas pela seleção brasileira.

Só que a lista da Fifa tem, representando os cinco melhores atletas, apenas dois clubes: Barcelona e Real Madrid.

Não é à toa que Real e Barça têm hoje os melhores do mundo em seu elenco. Afinal, há cinco anos os dois clubes estão entre os três mais ricos do mundo, sendo que o time de Madri é o líder do ranking elaborado pela consultoria Deloitte desde 2004/05.

É a velha história. Com mais dinheiro em caixa, há maior poder competitivo do clube pelos melhores atletas. Não apenas para contratá-los e pagar salários astronômicos (casos de Kaká e Cristiano Ronaldo no Real Madrid), mas também para criar um grande centro de formação de jogadores (como o Barça fez para ter os seus três top 5).

Nos próximos anos, Barça e Real deverão continuar a ter os melhores do mundo. A lógica da bola é, invariavelmente, a da grana.

Retirado de: http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2009-12-20_2009-12-26.html#2009_12-21_23_51_44-136381883-0

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A vez das mulheres

O futebol feminino do Brasil parece que começou a encontrar seu espaço dentro da grade esportiva nacional. Domingo sem futebol dos homens, oportunidade rara para lotar um estádio do Pacaembu na esteira do feriadão de Natal que se aproxima. Foram quase 40 mil torcedores na ensolarada tarde de domingo paulistana, mais um bom tanto de audiência pela telinha.

É um alento para o futebol feminino. Sim, o torneio não valia nada, não trouxe novos patrocinadores para as meninas e muito menos assegura a existência de uma liga nacional decente para a modalidade no país. Mas é uma excelente forma de fazer com que o esporte fique mais próximo do dia-a-dia das pessoas.

Se fizermos um balanção do ano, pode-se dizer que o futebol feminino ganhou bastante espaço na temporada, sendo uma das modalidades que mais progrediu neste 2009 meio que abalado pela crise.

Primeiro, com a Copa Santander Libertadores para elas. Para melhorar a situação em solo tupiniquim, a vitória mais do que anunciada do time do Santos atraiu a mídia para o esporte. E, agora, com o desafio internacional, idealizado e organizado pela prefeitura de São Paulo, a mídia e o público voltaram a dar bola para as meninas.

É o começo de um processo. E, nesse caso, vale a ressalva do que foi a disputa deste domingo entre Brasil e México.

Um evento que não contou com participação da CBF na sua organização, e que não teve transmissão da Globo na TV. Os outros esportes poderiam se espelhar no exemplo do futebol feminino para que repensassem se vale mesmo a pena ficar nas mesmas amarras de sempre e reclamar da falta de apoio da mídia para seu desenvolvimento...

Por Erich Beting

Retirado de: http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2009-12-20_2009-12-26.html#2009_12-21_01_47_46-136381883-0

domingo, 20 de dezembro de 2009

Palpites para as Oitavas de final da Liga dos Campeões

E saíram os duelos das oitavas de final da Liga dos Campeões. Vários clássicos sensacionais e uma certeza: de todos os confrontos, o único que possui um favorito disparado é o entre Barcelona e Stuttgart. O clube catalão, com Messi, Ibra, Xavi e Pedro, maior revelação do futebol mundial até agora na temporada, deve passar sem problemas. Nos outros jogos, muito equilíbrio. As equipes italianas só pegaram pedreiras (veja o temor na capa da Gazzetta Dello Sport de hoje ao lado). Seguem abaixo meus palpites / pitacos sem nenhuma grande zebra (acho).

Stuttgart x Barcelona

Quem passa: Barcelona, fácil. Expliquei as razões acima. É um timaço e o Stuttgart sofreu pra se classificar no seu grupo que não tinha nada demais. Hleb pode dar trabalho a Puyol e Cia, afinal, provavelmente ele quer provar que merecia ter conseguido mais chances quando passou pelo Barça. Mas, mesmo se ele comer a bola, não vai conseguir eliminar os espanhois sozinho.

Olympiacos x Bordeaux

Quem passa: Bordeaux. Zico deve estar feliz com esse meu palpite. Nos tempos de Fenerbahçe, tudo que previa aqui com o então time dele, acontecia diferente na prática. Mas os franceses possuem melhor time, estão com moral e fizeram ótima campanha na primeira fase.

Internazionale de Milão x Chelsea

Quem passa: Chelsea. Gosto do Inter de Milão. É meio que o meu time na Itália. Mas o Chelsea é um time duro e, apesar de não ser fã do Ancelotti, ele está sabendo tirar o melhor de cada atleta dos Blues. Mourinho conhece o Chelsea, claro, e muito. Mas acho que o português vai ficar a ver navios.

Bayern de Munique x Fiorentina

Quem passa: Fiorentina. A Viola com Jovetic, Mutu, Gilardino e companhia vai sofrer, mas eliminará os bávaros. Van Gaal, obviamente, vai ajudar o time da Toscana fazendo alguma besteira no banco do Bayern.

CSKA Moscou x Sevilla

Quem passa: Sevilla. Assim como o duelo do Barça, poderíamos apontar este como outro de favas contadas. Mas acho que não. O CSKA vai dar trabalho. Fabuloso tem a grande chance de mostrar que realmente é um dos três melhores atacantes de área do mundo.

Lyon x Real Madrid

Quem passa: Real. Até fevereiro, os merengues ganharão mais entrosamento e devem passar às quartas depois de muito tempo caindo nas oitavas.

Porto x Arsenal

Quem passa: Arsenal. Não sei não, dependendo dos cruzamentos nas quartas (e já tem muita gente boa que vai se matar nas oitavas…), acho que o Arsenal pode repetir a campanha de 2005/2006 e chegar na grande final em Madri. Os portugueses, com Hulk e tudo mais, serão presas fáceis para os garotos de Wenger.

Milan x Manchester United

Quem passa: Manchester. Nessa botei os Red Devils. Mas é, para mim, o confronto mais equilibrado, até mais do que Inter x Chelsea. Dois times que estão sendo reformulados e que perderam seus grandes craques no inicio da temporada (Kaká e Cristiano Ronaldo). De repente, Ronaldinho pode estar com a macaca e levar o Milan às quartas. Mas aposto mais no excepcional Rooney.

Retirado de: http://colunas.globoesporte.com/brasilmundialfc

sábado, 19 de dezembro de 2009

Oscar vai. Cuidado com as tranças Richarlyson

Há um ano, encontrei Milton Cruz na festa dos melhores do ano da temporada de 2008. Na ocasião, ele trabalhava com Muricy Ramalho, um dos premiados pelo São Paulo. No bate-papo com ele, a quem conheci quando jogou pelo Botafogo e se sagrou campeão estadual, tendo importante participação na quebra do jejum alvinegro que já durava 20 anos, uma confidência quando lhe perguntei sobre o trabalho nas categorias de base do São Paulo (por sinal, de altíssimo nível).

- Olha, nem gosto de falar, porque a gente fala e fica um monte de gente de olho. Mas cá entre nós: temos um garoto, o Oscar, muito bom de bola. Tem técnica apuradíssima, toca, lança muito bem. E vou te dizer uma coisa: me lembra o Kaká. É uma jóia preciosa. Basta lapidá-la - disse ele.

Pedido feito por Milton Cruz, pedido atendido: não fiz qualquer matéria sobre Oscar ou citação na coluna Panorama Esportivo, que eu assinava no Globo. Até porque, nunca traí a confiança de quem quer que fosse, ainda mais do Milton Cruz, uma pessoa seríssima. Mas guardei o nome “Oscar”. Logo logo, na temporada seguinte (esta que acabou), ele passou a ser lançado algumas vezes no time de cima durante s partidas e mostrou qualidades.

Agora, vem a notícia: através da Justiça, Oscar, 18 anos, deu o primeiro passo para rescindir seu contrato com o clube paulista. Se ganhou uma etapa, alguma razão ele tem. Haverá recursos. Mas o documento do contrato dava brechas para isso. Que o exemplo sirva de alerta para os dirigentes do São Paulo para que o problema não se repita. Craque feito em casa não se pode perder (Oscar chegou a atuar na Europa ainda menino e depois voltou). A não ser em negócios financeiramente compensadores para o clube.

Por falar no grande São Paulo, Marcelinho Paraíba vai encaixar no time como uma luva. Basta se cuidar. Se Guiñazu for contratado, como se especula, será outro bom reforço para o técnico Ricardo Gomes.

Ia esquecendo: bonitas as tranças de Richarlyson. Uma recomendação: se brigar, tome cuidado. Alguém poderá arrancá-las.

Retirado de: http://blogdomaria.blog.uol.com.br/arch2009-12-13_2009-12-19.html#2009_12-19_14_41_35-140604559-0

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Momento de saber em quem acreditar

Nesse momento do ano o que tem de especulação no mercado do futebol não é brincadeira, hein? Se girasse mesmo toda essa grana que a imprensa diz ter envolvida nessas supostas negociações não teríamos mais clubes falidos. Não é verdade? Estava observando, por exemplo, a página principal do UOL Esporte e de cara vejo um monte de fumaça. Primeiro a possibilidade do Diego Souza trocar o Palmeiras pelo Fluminense, algo pra mim sem fundamento. Depois que o Fossati, que mal assumiu o Inter, já estaria acertado com a Seleção do Equador. É brincadeira??? Ainda teve a história de que o Roberto Carlos estaria voltando para o Real Madrid e deixando o Corinthians na mão. Mais uma mentira.

O pior é ver gente me cornetando. Dizendo que invento. Pessoal, eu informo. O que digo é verdade. Se a negociação vai se concretizar ou não são outros quinhentos. Confirmei nesta terça no “Jogo Aberto” que o Corinthians acertou com o Danilo. E está certo mesmo. Notícia que por sinal dei em agosto. Mas preferem lembrar do Riquelme. Paciência!

Afirmo também que o Timão está bem próximo de fechar com o zagueiro Lima, ex-Atlético-MG. Vi ele na sala do presidente do Corinthians. Não é invenção! Assim como também reafirmo que o São Paulo contratou o Fernandinho, os dois Paraíbas que estavam no Coxa e o zagueiro André Luiz, ex-Barueri. Tudo fechado.

O Palmeiras tem conversas bem adiantadas com o zagueiro Rodrigo, ex-São Paulo, Muriqui e Marquinhos, do Avaí, além do ídolo Valdívia, que quer voltar para o Brasil. Não estou especulando. Tudo fato.

Durval do Sport é quase do Peixe; o Fla quer muito o Kleber Gladiador (nesse caso acho mais complicado); o Cruzeiro iniciou um papo para tentar repatriar o Alex Silva. Tudo realidade. Não é conversa fiada.

Mas ainda preferem lembrar do Riquelme. Coisa que nunca foi mentira. Paciência! Cada um acredita no que ou em quem quiser.

Retirado de: http://blogdoneto.blog.uol.com.br/arch2009-12-13_2009-12-19.html#2009_12-15_20_00_36-138135702-25

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Organizadas afastam o torcedor dos estádios – agora é fato

Ufa! Finalmente uma pesquisa mostra com números o que todos já sabíamos há muito: as torcidas organizadas afastam o torcedor comum dos estádios. Nada menos que 61% dos torcedores voltariam ou iriam aos estádios se as organizadas fossem banidas do futebol. Esse é o resultado de pesquisa feita pela TNS Brasil, no final de novembro, em 27 estados e mais o Distrito Federal. A pergunta “Se as torcidas organizadas fossem banidas, o senhor iria assistir aos jogos no estádio?” foi feita aos entrevistados que disseram não ir aos estádios. Impressionantes 61,07% responderam afirmativamente a essa colocação.

Não dá para não escrever: Professor Belluzzo, que foi a uma festa da maior organizada palmeirense, Sr. Andrés Sanches, que deu dinheiro do clube para as organizadas em nome do Carnaval, Sr. Juvenal Juvêncio, que nesse ano viu um de seus diretores permitir o acesso de “organizados” ao CT da Barra Funda para “conversar” com alguns atletas e outros ilustríssimos senhores presidentes de clubes e que mantêm relações as mais diversas com suas organizadas, atentem, para favor de seus próprios clubes, para esse número: 61,07%. E pensem no que ele representa.

Esse número impressiona tanto quanto o anterior, embora sem o mesmo impacto. Ele mostra que o sentimento do torcedor é quase um só em relação à causa. Curiosamente, ou melhor, curioso seria se aqui não fosse o Brasil, terra da impunidade, especialmente para os criminosos endinheirados ou entrincheirados em poderosas organizações, o conhecimento e visão do torcedor comum não encontram resposta no comportamento das autoridades que deveriam zelar pela segurança, tanto as policiais como as judiciárias e políticas, principalmente.

Das dez cidades, a única que apresenta um pequeno desvio em relação à média é São Paulo, mas, assim mesmo, pouco significativo, uma vez que 76,83% dos torcedores que vão aos estádios também apontam as organizadas como a raiz da violência.

Os números dão uma boa ideia de quanto dinheiro os clubes estão perdendo com a violência protagonizada e fomentada pelas organizadas. Muito curioso, sem dúvida, o pequeno percentual de torcedores que iriam aos estádios em caso de banimento das organizadas em Florianópolis e Porto Alegre, fugindo completamente ao padrão das demais cidades.

Esse quadro traz um recado claro e direto ao ex-presidente do Santos, o Sr. Marcelo Teixeira, que se dava tão bem com a rapaziada que, conhecida sua derrota na eleição presidencial, levou vários marmanjos “organizados” ao pranto copioso.

Será que esses virtuais 80% ajudam a explicar o porque do Santos ter uma média de público tão baixa em seus jogos como mandante?

Essa pesquisa fazia falta e chega em boa hora.

A cidade de Curitiba foi aterrorizada por bandidos “organizados”. Pessoas foram feridas e foi até um milagre os resultados não terem sido muito piores e dramáticos.

O Coritiba vai pagar um preço gigantesco por esses crimes, ninguém tem dúvida disso. O presidente do clube, que vivia de braços dados com os “organizados”, tem sido ameaçado de morte, tanto que anda com segurança policial. A amizade mais que colorida transformou-se em ódio puro e simples. Reparem que estamos falando de uma das melhores cidades do Brasil, assim considerada por todos os quesitos de qualidade de vida. Também foi fácil de ver que os bandidos estão muito longe de pertencer às camadas menos favorecidas da população, como gostam de dizer os políticos. A polícia já conseguiu prender uma dúzia, mas ainda faltam muitos, umas duas centenas, pelo menos.

Fica a dúvida sobre a impunidade. No caso de Curitiba um já está impune, o Sr. Jair Cirino, presidente do clube, que em nada se sentiu responsável e continua candidato à reeleição.

Seria interessante ver os presidentes dos clubes se pronunciando a respeito, mas isso não vai ocorrer, até por um motivo muito simples: com pesquisa ou sem pesquisa, com rejeição ou sem rejeição, com prejuízo ou sem prejuízo, muitos deles têm íntimas ligações com as organizadas. Estão na contramão dos fatos e dos desejos dos verdadeiros torcedores. Mas, pensando bem, desde quando os dirigentes brasileiros dão valor aos sentimentos e desejos dos verdadeiros torcedores de futebol?


Retirado de: http://colunas.globoesporte.com/olharcronicoesportivo

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Prêmio justo para Ronaldinho

Na última semana acompanhei uma matéria da revista inglesa “World Soccer”, uma das mais conceituadas do mundo, que elegeu o brasileiro Ronaldinho Gaúcho como o maior jogador de futebol da década. Foi analisado tudo o que os atletas fizeram do início de 2000 até o fim de 2009.

Pensando friamente concordo com a publicação. Até porque a bola que o Ronaldinho jogou no Barcelona de 2003 a 2008, ninguém chegou nem próximo. Resumiu perfeitamente em suas jogadas de efeito e futebol objetivo o toque de arte do povo brasileiro. Isso sem contar a passagem pela Seleção Brasileira que apesar de não ter sido tão brilhante quanto no clube espanhol, ao menos conquistou tudo o que tinha direito: campeão do Mundo em 2002, da Copa das Confederações em 2005 e Bronze nas Olimpíadas de Pequim. Entre os prêmios individuais destaque para os dois troféus da Fifa como melhor jogador do mundo em 2004 e 2005.
Desde 2008 a falta de ambição lhe tirou a motivação de atuar. Do Barcelona foi para o Milan e agora, pouco a pouco, vem reconquistando o brilho de antes. Esse sujeito é reconhecidamente um craque. Gostaria de vê-lo novamente na Seleção, principalmente durante a Copa da África. Só cabe ao Dunga enxergá-lo novamente.


Retirado de: http://blogdoneto.blog.uol.com.br/arch2009-12-13_2009-12-19.html#2009_12-14_00_05_41-138135702-25

domingo, 13 de dezembro de 2009

O TAL PROFISSIONALISMO - Retirado de: http://andrehenning.zip.net/

Numa semana em que Adriano se deu ao luxo de não se importar nem um pouco com as diversas premiações do Campeonato Brasileiro (inclusive a da CBF, dona da seleção brasileira, que ele tanto quer defender na Copa do Mundo!) e André Santos, ex-lateral esquerdo do Corinthians e atual jogador do Fehnerbahce da Turquia se envolveu em um escândalo supostamente sexual, renasce a velha polêmica: pode um jogador de futebol profissional fazer o que quiser nas horas de folga? Pode o jogador se envolver em situações constrangedoras colocando o nome do clube no meio de assuntos delicados em nome da “liberdade” nos momentos de descanso? Cada caso é um caso, mas no geral penso que um atleta é um ser que tem obrigações profissionais em 100% do seu tempo. Não sou a favor da liberdade total e irrestrita. É claro que um atleta pode sair para uns drinques, namorar em paz, fazer um churrasco com os amigos. Mas um atleta profissional tem que ter limites, bom senso. Não falo nem das situações de embriaguez, uso de drogas ou coisas do gênero, pois essas são óbvias. Pode até parecer escravidão, mas um jogador quando assina contrato com um clube ele é válido também para o período de descanso. Um jogador, nos seus momentos de folga, continua recebendo salários, continua (na imensa maioria dos casos) com contrato em vigência e, por isso, sujeito às determinações de boa conduta. Qualquer coisa que um atleta faça que possa envolver o clube nas páginas policiais e de fofocas maldosas que não indicam “bons costumes”, pode (e deve) per punida. Jogador tem que aprender que tem uma profissão diferenciada – assim como os executivos de grandes empresas.

Os exageros

Os tablóides sensacionalistas sempre existiram e, pelo jeito, ficarão por aí muito tempo. Importante checar a fonte da notícia. Sempre.

Discrição não faz mal

Nunca ouvi falar de polêmicas envolvendo Zico. Ou até mesmo Dunga. Será que não dá para viver discretamente no meio de tanta fofoca?

Adriano

Acho até bonito essa relação que o Imperador tem com os amigos de infância. Mas não dava para ter esperado um dia para comemorar em paz?

Mudando de assunto

Um dos maiores milagres da historia do futebol. É simples resumir em palavras a epopeia do Fluminense no Brasileirão 2009. Lindo.

Bayern de Munique de olho em Adriano

Um jornalista alemão me garantiu que o Bayern de Munique quer vir forte na tentativa de contratar Adriano nesta abertura de janela de transferências do futebol europeu. O clube alemão, que está em terceiro lugar no campeonato nacional, vem buscando informações sobre como está a cabeça do jogador. Eles querem saber se o atacante rubro-negro já se recuperou totalmente dos problemas do passado e também se tem interesse de voltar ao Velho Continente. Futebol eles sabem que Adriano tem de sobra.

A idade de Adriano, que vai completar 28 anos em fevereiro de 2010, não é vista como um problema pelo Bayern de Munique. Os alemães consideram que o atacante ainda poderia jogar em alto nível por mais quatro ou cinco anos e, por isso, compensaria o investimento.

Após a conquista do título do Campeonato Brasileiro, Adriano ficou comemorando com os amigos na Vila Cruzeiro, favela onde foi criado no Rio de Janeiro. O atacante não apareceu nem na premiação da CBF dos melhores da competição para receber o troféu de artilheiro e melhor atacante.


Retirado de: http://colunas.globoesporte.com/primeiramao

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vaga na Libertadores ou Série A vale mais que alguns títulos

É claro que todo título é importante. Ganhar é sempre bom. Porém, garantir vaga na Libertadores ou permanecer na Série A é mais importante que conquistar alguns títulos. Para o Palmeiras, ficar de fora do G4 foi mais frustrante que perder o Paulista. Para o Fluminense, evitar o rebaixamento foi mais importante que ganhar a Copa Sul-Americana. Quando o Corinthians ganhou a Copa do Brasil, Ronaldo declarou que a missão estava cumprida. Obviamente, a missão era a Libertadores. Até porque, o campeão da Copa do Brasil ganha o privilégio de não disputá-la no ano seguinte. Os cinco melhores do Brasil evitam a Copa do Brasil.

Qualquer clube brasileiro trocaria o título regional por uma vaga na Libertadores. O estadual vale muito pela rivalidade. Fica na História. É verdade. Mas, participar da maior competição da América é garantia de receita. A visibilidade aumenta e o valor do patrocínio sobe, possibilitando maior investimento no elenco. Cruzeiro e Internacional foram campeões estaduais, mas a grande conquista foi a vaga na Libertadores 2010.

Para o Vasco, voltar à “Série A” valeu mais que o título da Série B, ou um carioca.

Portanto, Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Inter e São Paulo foram os melhores da temporada 2009. Flamengo e Corinthians ganharam títulos nacionais. Cruzeiro foi vice-campeão da América, além de campeão mineiro. O Inter foi campeão gaúcho, vice-campeão da Copa do Brasil e Brasileiro. Excelentes temporadas. O São Paulo foi o único que não levou título, mas carimbou mais um ano na Libertadores.

Parabéns aos melhores do Brasil.

Retirado de: http://blogs.jovempan.uol.com.br/fernandosampaio/futebol/vaga-na-libertadores-e-serie-a-vale-mais-que-alguns-titulos/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sonhos de Natal

Com a chegada das férias e a proximidade do Natal, inicia-se a temporada de caça aos sonhos, alguns realizáveis, outros, puro delírio. E a crônica esportiva, por falta do que fazer, passa a embalar esses sonhos em papel de presente brilhante, com laços e fitas, feito um daqueles doentes das oficinas de Papai Noel, no Polo Norte.

Bem, de certo o que temos hoje no cardápio de sonhos?

A renovação do contrato de Washington, por mais uma temporada, com o São Paulo, que inicia a remontagem de seu time para a Libertadores, passando pelo próximo Paulistão. Mas, isso será mesmo um sonho para o tricolino amigo, que tanto criticou o goleador ao longo do Brasileirão? Porém, torcedor, sacumé, transforma herói em vilão e vice-versa num piscar de olhos, como um sortilégio de Natal em filme americano.

O fato é que Washington nasceu – e no seu caso, literalmente, renasceu – pra fazer gols. É daquela linhagem de artilheiros que se planta ali na área, e bola que venha! Pimba! Rede. É de cabeça, com o pé, a canela, ombro, cangote, do jeito que der, não importa. Alto, forte e experiente domina aquele espaço fatal como poucos.

Não lhe rolem, contudo, a bola para que ele a arredonde num passe preciso, num drible exótico ou num lançamento mágico. Até pode, ocasionalmente, protagonizar um lance desses, mas, seguramente, isso tudo não faz parte de seu repertório.

O diabo é que esse tipo de goleador, quando em fase de estiagem, o que ocorre com qualquer um de nós, não tem como contribuir para a equipe de outra forma. Passa a ser um peso morto, atraindo sobre si toda a ira da torcida. Essa é uma história tão antiga como a invenção da bola.

Além do mais, esse tipo de jogador, para cumprir sua missão a contento, carece de um trabalho afinado de seus companheiros, a partir até da instalação do sistema de jogo adotado pelo técnico. Precisa ter um meia daqueles que sabem meter a bola a seu jeito, de maneira que ele não tenha que trabalhar a bichinha com muito esmero. É receber e bater, esse é seu negócio.

E mais: para que faça o devido uso de sua estatura e do cabeceio certeiro, é necessário que seu time tenha jogadas frequentes pelos lados do ataque, de preferência com aqueles pontinhas rápidos e hábeis no drible final e exatos nos cruzamentos.

Espie, pois, o amigo em torno de Washington no São Paulo e identifique alguém que faça parte dessa turminha. Não tem – nem aquele meia inteligente, nem os pontinhas espertos.

E é aqui que os sonhos tricolores começam a ser embalados em papel de seda, pois fala-se em Marcelinho Paraíba, em Fernandinho (Barueri), em Fernandão e outros tantos que podem suprir essas carências crônicas do São Paulo.
Que Noel desça pela chaminé do Morumbi com esse pacote embaixo do braço, este é o sonho tricolor para o Natal que se aproxima.

Autor: Alberto Helena jr.


Retirado de: http://colunistas.ig.com.br/albertohelenajr/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

As torcidas brasileiras que mais apoiaram em 2009

O jornal O Globo, em ótima reportagem de Bernardo Pombo, publica a lista das torcidas mais presentes neste Brasileirão 2009. A boa notícia é que a média de público foi a maior nos últimos 22 anos – certamente reflexo de um bom momento econômico do país, mas também de um campeonato equilibrado e emocionante. Sem falar, eu acrescentaria, em alguns avanços que temos visto fora de campo, em termos de organização. Ainda há muitíssimo a evoluir! Nossa! O torcedor ainda é tratado como gado em muitas ocasiões. Há absurdos como o que aconteceu no Couto Pereira… Mas, de um modo geral, me parece que há progresso.

Veja o ranking, baseado em números oficiais, e que nos leva a algumas reflexões bem interessantes:

1 Flamengo – 760.677 ingressos vendidos (média de 40.035 por partida)

2. Atlético-MG – 736.460 (média de 38.761/jogo)

3. São Paulo – 499.792 (26.305)

4. Fluminense – 418.792 (22.042)

5. Cruzeiro – 417.494 (21.973)

6. Corinthians – 384.043 (20.213)

7. Internacional – 351.942 (18.583)

8. Palmeiras – 350.075 (18.425)

9. Sport – 340.025 (17.896)

10. Grêmio – 337.747 (17.776)

11. Coritiba – 321.654 (16.929)

12. Atlético-PR – 309.314 (16.280)

13. Botafogo – 273.088 (14.373)

14. Náutico – 255.404 (13.442)

15. Vitória – 254.436 (13.391)

16. Goiás – 226.931 (11.944)

17. Avaí – 189.684 (9.983)

18. Santos – 175.607 (9.242)

19. Santo André – 91.124 (4.796)

20. Barueri – 70.120 (3.691)


Retirado de: http://colunas.sportv.globo.com/expressodabola/

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Nação Rubro-negra será presidida por uma mulher: Patrícia Amorim

A vereadora e ex-nadadora Patrícia Amorim será a primeira mulher a presidir o Flamengo. Ela sabe que assumirá um clube com dívida acima de R$ 300 milhões, mas, confiante, aceita o desafio de dirigir o clube mais popular do Brasil nestes próximos três anos. Acha fundamental reestruturar todo departamento de futebol, fazendo com que as divisões de base voltem a forjar muitos craques, como acontecia antigamente e o torcedor a se identificava muito mais com o clube.

- O torcedor rubro-negro sempre se orgulhou de as categorias de base revelar tantos craques. Na década de 80, o Flamengo era praticamente a base da seleção brasileira. Atualmente, não temos um só jogador na seleção sub-17. O técnico Andrade também foi criado na Gávea, conhece bem o clube e terá meu total apoio. Precisamos reconquistar tudo isso e temos urgência em terminar o CT do Ninho do Urubu.



Outra meta considerada essencial por Patrícia Amorim é fazer com que o Flamengo ofereça atrativos para o associado, a fim de que ele volte a freqüentar o clube, cuja sede anda mal tratada..

- Precisamos aumentar urgentemente o quadro social. É inacreditável que o clube mais querido do Brasil e localizado numa das regiões mais nobres da cidade tenha menos de 2 mil sócios. Nossas escolinhas estão com menos de 50 % da capacidade ocupada. Cuidar da sede é uma demonstração de respeito com a Nação Rubro-Negra.



Patrícia sabe que vários jogadores estão na mira de clubes estrangeiros e que no momento em que assumir, certamente, vários deles não estarão mais na Gávea. Adriano, inclusive.

- Será um problema, sim. Mas vamos começar a trabalhar já. Temos que reforçar a equipe campeã e não perder os principais astros. A Libertadores vem aí e queremos repetir o feito de 1981, quando o Flamengo conquistou o Mundial Interclubes, em Tóquio.


Retirado de: http://blogdomaria.blog.uol.com.br/arch2009-12-06_2009-12-12.html#2009_12-08_02_28_46-140604559-0

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fifa divulga lista final dos indicados ao prêmio de melhor do mundo

Das agências internacionais
Em Zurique (SUI)
O português Cristiano Ronaldo terá uma chance de defender o seu título de melhor jogador do mundo segundo a Fifa, mas o favorito é o argentino Lionel Messi, vencedor da Bola de Ouro da revista France Football. Completam a lista final dos cinco indicados o brasileiro Kaká e os espanhois Iniesta e Xavi.

A relação foi divulgada nesta segunda-feira, e ainda conta com duas jogadoras brasileiras indicadas ao prêmio no feminino. Marta e Cristiane vão disputar com a inglesa Kelly Smith e as alemãs Brigit Prinz e Inka Grings. Marta é a atual vencedora do troféu de melhor do mundo.

Todos os cinco indicados atuam em clubes da Espanha - Cristiano Ronaldo e Kaká no Real Madrid, e os outros três no Barcelona. Os dois clubes são os que mais fizeram vencedores na história do prêmio de melhor jogador do mundo.

Messi entra como favorito pela participação decisiva na conquista do Barcelona na última Liga dos Campeões. Iniesta e Xavi também foram destaques do time catalão - o último, inclusive, chega à lista final pelo segundo ano seguido. Kaká e Cristiano Ronaldo venceram os dois últimos prêmios - o brasileiro em 2007 e o português no ano passado.

Caso confirme o favoritismo, Messi será o primeiro argentino a ser coroado como o melhor do mundo pela Fifa desde 1991, quando o prêmio foi criado. O Brasil é o país com o maior número de títulos, oito: três de Ronaldo (1996, 1997 e 2002), dois de Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005), um de Romário (1994), um de Rivaldo (1999) e um de Kaká.

O vencedor de 2009 será escolhido por uma votação feita entre técnicos e capitães das seleções nacionais, que não poderão votar em jogadores de sua nacionalidade. O melhor jogador do mundo será anunciado em cerimônia da Fifa no próximo dia 21 de dezembro.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Um hexacampeonato para a história

O hexacampeonato do Flamengo derruba alguns mitos dos campeonatos em pontos corridos e entra para a história.
Nâo só o Flamengo mudou de técnico, como foi campeão com um treinador que era visto, no máximo, como tapa-buraco, como interino.
Para ser campeão em pontos corridos, sempre se disse, é essencial ser bem organizado, coisa que o Flamengo também não é.
Mas não há nada, rigorosamente nada que se possa dizer para diminuir a façanha rubro-negra.
No jogo deste domingo no Maracanã o time estava ansioso, a dupla Pet/Adriano nem foi bem, mas os zagueiros Daivid e Ronaldo Angelim fez por todos.
Numa rodada com 28 gols e média de público de 24.100 pagantes.
O Maracanã, é claro, teve o maior público, com 78.639 pagantes, contra apenas 1.741 pagantes do jogo do Barueri, o pior.
Domingo triste para dois alviverdes, mais para o Coritiba, novamente rebaixado e ainda vítima da barbárie de alguns bandidos que invadiram o gramado e agrediram meio mundo, coisa que deverá custar caro ao Couto Pereira na Série B.
Mas também o Palmeiras se deu mal, muito mal, ao perder a vaga da Libertadores para o Cruzeiro, outro time que conseguiu uma reação empolgante, assim como o Fluminense, o maior herói do Brasileirão de 2009.
O campeonato mais emocionante da história acabou em grande estilo.
A hegemonia de cinco anos seguidos dos paulistas, felizmente, foi para o espaço, o que é bom para o futebol brasileiro.
E os quatro maiores centros do nosso futebol estarão na Libertadores, São Paulo com dois clubes, o Rio, Minas e o Rio Grande do Sul com um.
O Brasileirão de 2009 teve a melhor média de público desde 1987, com 17.772 torcedores por jogo.


Retirado de: http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-12-06_2009-12-12.html#2009_12-06_20_24_44-9991446-0

sábado, 5 de dezembro de 2009

O que farão os brasileiros na Cidade do Cabo?

Qualquer prognóstico técnico, a tanta distância da Copa do Mundo, é mero chutômetro. Acho apenas que o grupo do Brasil é teoricamente o mais difícil dos oito, sendo que a França acabou dando "sorte" de não ser cabeça-de-chave e pegou um grupo bem mais fraco.

Mas aqui vou me ater a um detalhe interessante que o sorteio das chaves do Mundial proporcionou.

Quase toda a operação do Brasil na Copa está baseada na Cidade do Cabo. Casas de relacionamento, pacotes turísticos e mais um monte de outras facilidades para as empresas realizarem ações promocionais foram deslocadas para a "Rio de Janeiro" da África do Sul. Só que o Brasil caiu no grupo G...

Com isso, se a seleção chegar até a final da Copa, dos sete jogos que vai disputar, apenas um ocorreria na Cidade do Cabo. E justamente a semifinal, quando as ações de relacionamento são bem menos certas de acontecerem, exatamente pela existência da fase do mata-mata no Mundial. Em caso de o Brasil ser segundo do grupo, aí a cidade mais turística da África receberia duas partidas da seleção.

No final das contas, a "sede" do Brasil será mesmo Johanesburgo, cidade pouco atrativa para o turismo, mas com uma das melhores condições de infraestrutura para quem vai trabalhar no Mundial. Se tudo der certo, o país fara quatro dos sete jogos da Copa na cidade.

Do ponto de vista dos negócios, o grupo G deixou os jogos da seleção brasileira um pouco mais distantes do público brasileiro que estará nas ações de marketing da Copa. Para as empresas do Brasil, isso significa um pouco mais de investimento em locomoção. Para o torcedor, a chance de viajar um pouco mais pelo país do Mundial. Algo que, do ponto de vista de promoção da África do Sul, é extremamente interessante.


Retirado de: http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2009-11-29_2009-12-05.html#2009_12-04_18_55_53-136381883-0

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Grupos da Copa do Mundo

Palmeiras campeão com Luxa? Diretoria discorda

A diretoria do Palmeiras não concorda com a previsão de que o time já seria campeão brasileiro caso ainda fosse dirigido por Vanderlei Luxemburgo. Em uma postura ousada, o próprio treinador, atualmente no Santos, falou que daria a taça ao Verdão com "duas ou três rodadas de vantagem". A alta cúpula Alviverde mandou uma resposta.

"Respeito o Vanderlei Luxemburgo, mas não existe 'se' no futebol. Ele não está mais aqui. Se tivesse, nós poderíamos estar fora até da briga pela vaga na Libertores. Não concordo com essa afirmação", disparou o vice de futebol Gilberto Cipullo.

Entre os jogadores, a ordem foi contemporizar. "Não sei o que aconteceria com a permanência do Vanderlei. O 'se' aparece sempre. Se tivéssemos vencido Sport ou Avaí, nós seríamos líderes hoje. Não posso ir contra ou a favor. Futebol é difícil comentar. Quem sabe. A gente sabe que a condição técnica do Wanderley é boa", lembrou o volante Edmilson.

Ao abordar o caso, o lateral direito Wendel deu a impressão de que ficaria ao lado de Muricy Ramalho, já que não recebia muitos elogios de Luxemburgo. Só que o jogador também evitou grandes polêmicas.

"Precisamos ter ética, vamos defender nosso treinador", disse inicialmente Wendel, que mudou o discurso logo em seguida. "Só tenho a dizer que são dois grandes treinadores, vencedores. O Vanderlei tinha condições de ser campeão, não quero comentar. São grandes profissionais", completou.

Retirado de: http://jornalplacar.abril.com.br/plantao/palmeiras-campeao-com-luxa-diretoria-discorda.shtml

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Belluzzo e o bom selvagem

Com um certo atraso, vou me meter num debate interessante. Estou falando das críticas a Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras.

Belluzzo é atacado porque xingou um juiz que cometeu um erro absurdo contra seu time. E também é criticado porque, num vídeo gravado numa reunião fechada, no ambiente típico de futebol, ele fez uma provocação com torcedores do São Paulo, dizendo: “Vamos matar os bambi…”

Freqüento os estádios de futebol há mais de 50 anos. Na última vez em que fui ao Pacaembu, num Corinthians x Grêmio, havia um grupo que não prestava atenção ao que ocorria no gramado. Estava ocupado em xingar os jogadores e também os torcedores adversários, separados por um alambrado. Era um espetáculo delirante: senhores, adolescentes e até crianças se empenhavam em berrar os mais sonoros palavrões. No intervalo, os gritos prosseguiam.

Futebol é isso. Não é o mundo das convenções, da boa educação e dos bons modos. É o mundo simbólico. Aqui as pessoas não têm nome real, nem profissão, nem vida civil. São “torcedores”, palavra que serve de sinônimo para “guerreiros”. Nada do que fazem, pensam ou dizem é “de verdade.” Aquilo que se chama “bambi” no estádio não é mesmo que “bambi” fora dali. Nem o “fdp” é mesmo “filho da puta.” Tudo é fingimento – ou poesia de chuteiras. Estamos na pré-civilização.

Neste universo, todos têm direito a ser bons selvagens. Não vamos acabar com isso.

Retirado de: http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/2009/12/01/belluzzo-e-o-bom-selvagem/

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pontos corridos ou mata-mata?

Foi só colocar uma pincelada sobre o quão bacana está essa fase final de Campeonato Brasileiro que o pessoal já voltou ao debate sobre pontos corridos ou mata-mata. Ainda não deu para responder a todos, mas vai aqui um comentário um pouco mais profundo para tentar resolver algumas dúvidas e rebater alguns argumentos.

O primeiro ponto que acho importante salientar é sobre a "legitimidade" do campeão numa ou outra forma de disputa do torneio. Tanto faz a fórmula, o vencedor sempre é o melhor time.

O Flamengo, que muitos questionam pelo jogo contra o Corinthians e pelo que vem contra o Grêmio, leva a melhor nos confrontos diretos contra os três outros postulantes ao título. Ou seja, não é por conta de partidas contra times teoricamente desinteressados que ele será campeão.

A outra questão é a da emoção. O torneio é emocionante em ambas as disputas. Que o diga o Brasileirão deste ano. A diferença básica (e aí sou favorável aos pontos corridos) é que no mata-mata só duas torcidas, teoricamente, têm interesse na decisão. Para os outros, não há nada em jogo. E isso não mobiliza as pessoas. Isso se reflete em estádios mais cheios e também nos índices de audiência da TV.

Mas o ponto que é o maior diferencial para a fórmula dos pontos corridos é a previsibilidade da disputa. Ela é fundamental para planos e projetos de patrocínio. Os clubes sabem, desde 1º de outubro deste ano, a tabela do Campeonato Brasileiro de 2010. Nas renegociações de patrocínio, ele já pode determinar com o patrocinador quais planos de ação podem ser feito, em quais datas ele poderá atuar em seu estádio, de que forma essas ações poderão ser feitas. Num torneio em mata-mata, não existe qualquer possibilidade de um planejamento de longo prazo. A certeza de retorno com ações, para um patrocinador, dura apenas até a metade do ano.

E o que isso acarreta? A verba de patrocínio ou se torna menor ou deixa de existir. A caçada por um patrocinador fica ainda mais difícil, uma vez que ele deixa de ter certeza sobre qual plano poderá colocar em prática. Sim, em nenhuma das duas formas de disputa é possível saber que o time chegará até longe. Mas a imprevisibilidade do resultado dentro de campo é o diferencial do esporte. O que facilita, e muito, é o time saber previamente quanto jogos fará ao longo do campeonato.

Quanto à audiência da TV, a mudança é praticamente nula. A queda da audiência da Globo nos últimos anos não é fruto do formato do campeonato, mas sim da mudança de comportamento do consumidor. O baque é geral, atinge novelas, séries e telejornais. Além, é claro, do esporte.

Por fim, para o clube, a receita de bilheteria se torna uma grande aliada nesse final de campeonato. No mata-mata, se o time já está garantido na fase final, a renda de bilheteria sofre uma queda. Se a equipe já não tem pretensões, idem. Será que a torcida do São Paulo levaria 20 mil pessoas ao Serra Dourada se fosse um jogo que valesse apenas a vaga nos mata-matas decisivos do campeonato?

Desde 2006 que o Brasileirão bate, a cada ano, o recorde de público dos últimos tempos. A média já está na casa dos 18 mil torcedores, número que remonta aos anos 80, quando a capacidade dos estádios era bem maior do que atualmente. Só o Maracanã tinha o dobro de tamanho atual.

No final das contas, os pontos corridos valem pela segurança que os seus participantes têm de gerarem mais dinheiro. E isso leva a outro benefício para o torcedor. Mais grana em caixa para formar um time em melhores condições de vencer...

Em tempo
Serão oito jogos, e não nove, os decisivos nesta última rodada do Brasileirão. Atlético-MG x Corinthians transformou-se em amistoso pelo fato de o Timão já estar na Copa Santander Libertadores em 2010. A vaga que o clube poderia perder na Copa Nissan Sul-Americana não existe, já que ele não poderá estar no torneio.

Retirado de: http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2009-11-29_2009-12-05.html#2009_11-30_18_21_05-136381883-0