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terça-feira, 29 de março de 2011

Levir Culpi dá o exemplo no Japão

Acabamos de entrevistar o técnico Levir Culpi no Bandsports durante a transmissão do amistoso da seleção do Japão contra o time de estrelas da J-League, a liga de futebol do país asiático devastado pelo terremoto do último dia 11 de março.

Levir está morando em Osaka, cidade onde acontece o amistoso e que não sofreu com o abalo no solo japonês.

No bate-papo, o treinador do Cerezo Osaka disse que foi procurado por Santos e Fluminense para voltar ao Brasil. Depois de pensar, recusou o convite.

“Não é o momento de fazer isso. Achei que não seria correto deixar o país. Jogamos apenas uma partida da J-League e, mais do que isso, achei que deixaria uma péssima imagem se resolvesse deixar o Japão, pareceria um momento de fraqueza. E isso fecharia o mercado para mim e para outros treinadores brasileiros aqui no Japão”, disse Levir.

Uma aula de ética dada por ele. E, muitas vezes, é isso que falta ao futebol, especialmente no Brasil. Sermos mais éticos, entendermos que não é sozinho que se constrói as coisas.

Ah, Levir também contou que está escrevendo um livro com o título “Um burro com sorte”.

Uma brincadeira, claro, com a maneira como era “gentilmente” tratado pelos torcedores no Brasil. Mas o mais curioso foi quando ele relacionou a reconstrução japonesa após o desastre do início deste mês com a incompetência brasileira em gerenciar a Copa do Mundo.

“O Japão foi reconstruído após a guerra baseado na educação de seu povo. E aí fica a dúvida quanto à imagem que o Brasil está passando para o mundo com a Copa. Teríamos uma grande chance de mostrar que somos um país sério”.

Pois é, Levir. Infelizmente, ética é uma palavra que anda em falta por aqui.

Rogério Ceni foi o maior Ídolo da História do São Paulo?

O tema não é exatamente novo e Rogério Ceni continua em atividade, pois acaba de marcar seu centésimo gol. A pergunta, no entanto, é pertinente: feito de momentos, de épocas, o futebol tem sempre o seu melhor, o seu maior cada período. Pois já não me perguntaram, faz pouco tempo, se Maradona não tinha sido muito melhor do que Pelé?

- Não, não foi nem um pouquinho. O Pelé foi muito maior.

E então, esse negócio de ter sido maior ídolo, coisa e tal, depende muito do momento, Se no Palmeiras, é tido como o maior ídolo, perguntem a quem viveu nos tempos de Ademir da Guia qual é a dimensão do Divino. Voltando ao caso Rogério Ceni, inquestionavelmente um fenômeno, há tricolores mais idosos que consideram Leônidas da Silva- o Homem de Borracha- como o jogador mais importante da história tricolor.

E por quê? É que no começo doas anos 40, os títulos eram quase todos eles divididos entre Corinthians e Palmeiras, correndo na praça a brincadeira de que “o São Paulo apenas seria campeão se a moeda caísse de pé”. Quer dizer; Quase impossível.

Mas foi graças a uma polêmica contratação, que o São Paulo fez a moeda cair de pé. Em 1942, trouxe do Flamengo o grande Leônidas da Silva, que não andava em boa fase, para transformá-lo, de novo, no maior centroavante do futebol brasileiro. E Leônidas durou muito tempo e ganhou muitos títulos: numa época em que o que importava para o torcedor era o Campeonato Paulista, Leônidas foi campeão cinco vezes: em 43, 45, 46, 48, 49.

Foi nessa época em que o São Paulo se fazer verdadeiramente grande. Um vencedor.

E assim, essa história de “ o mais importante de história” é uma de época, de momento, de necessidade.

Juvenal e Andrés almoçam juntos

Em um restaurante da cadeia Rubayat, Andrés Sanchez, Juvenal Juvêncio, Arnaldo Tirone e Luís Álvaro almoçaram juntos nesta segunda-feira. Não é a primeira vez que os presidentes dos quatro grandes clubes paulistas se reúnem.

Bom que seja assim, com respeito, apesar das cutucadas que, principalmente, o corinthiano e o são-paulino trocam de vez em quando.

Em discussão, os direitos de transmissão de TV. A CBF pediu a ajuda dos dirigentes de Palmeiras, Santos e Corinthians para convencer o São Paulo de que o melhor negócio é seguir os passos dos rivais, deixando de lado o Clube dos 13.

Isolado e acuado, o São Paulo se quiser, poderá iniciar as negociações com a TV Globo para receber algo em torno de 70 milhões de reais por ano de contrato, o mesmo valor fechado com Santos e Palmeiras.

Nada que que uma picanha suculenta, regada a um 12 anos (com geeellloooo…), não resolva.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Jogo de valores só complica definição da TV do Brasileirão

O Grêmio foi o primeiro clube a publicamente anunciar o acerto com a Globo para a transmissão de seus jogos do Campeonato Brasileiro pelos próximos quatro anos. Os detalhes do acordo, porém, não foram revelados, o que iniciou uma queda de braço e um corre-corre entre os próprios clubes para saber o quanto realmente entrará nos cofres gremistas.

Na noite desta quinta-feira, a Record aproveitou para jogar mais lenha na fogueira, dizendo que registraria em cartório ofertas para Corinthians e Flamengo no valor de R$ 100 milhões ao ano cada uma pela transmissão apenas na TV aberta dos jogos dos dois times no Brasileirão. A estratégia da Record é mexer com a cabeça de outros clubes que ainda não fecharam com a Globo e de jogarem nas costas dos dois primeiros dissidentes do Clube dos 13 a responsabilidade de, talvez, fecharem por um valor menor seus contratos de TV (leia a reportagem completa aqui).

Esse é o primeiro reflexo da instabilidade que vai tomar conta do futebol brasileiro nas próximas semanas, enquanto essas negociações continuarem.

Uma coisa é certa. A Globo tem balizado suas negociações conforme uma realidade de mercado. O Grêmio não vai conseguir triplicar suas receitas com TV neste momento, uma vez que a Globo tem trabalhado com ofertas próximas do dobro do que era ganho pelos clubes, o que seria o cenário ideal imaginado pelo C13 quando abriu a licitação pelos direitos.

A implosão do C13 está mais do que certa. O problema é conseguir reunir todo mundo e juntar os cacos de negociações frustradas e pouco transparentes depois disso. Apesar de todos os absurdos de princípio da entidade que representava até pouco tempo os 20 clubes de maior torcida do Brasil (o que já era, de partida, um erro, por não ser representativo dos 20 clubes da Série A do Brasileiro), fatalmente o futebol brasileiro dá um passo para trás.

Tal qual o mercado de patrocínio dos clubes, que é dominado pela total falta de transparência e amadorismo na relação dos valores envolvidos, agora a televisão também caminha para esse processo. Para o torcedor comum, talvez isso pareça não significar qualquer problema, já que, iludido pelas declarações pouco responsáveis dos dirigentes, cifras mágicas parecerão a mais pura verdade.

Só que o mercado tem cada vez mais deixado de ser amador. Não existe empresa que acredite em declarações efusivas de valores totalmente fora do padrão.

A discussão da TV se perde, mais uma vez, nos valores que A, B ou C ganham, dizem que ganham ou acham que deveriam ganhar. O torcedor quer contar vantagem do rival na conversa de bar, dizendo que seu clube vale mais que o do outro. Mas ele não consegue entender que, quando não existe união entre os clubes em negociações, quem perde são os próprios clubes. Principalmente porque, a partir de agora, quase nada do que se falar em termos de valores de contratos de TV é verdade.

E, nesse sentido, complica-se cada vez mais o cenário para que tenhamos uma definição de qual emissora exibirá a competição no ano que vem. E aí será complicado para o torcedor entender que o orgulho de ver o time ganhar mais poderá significar que ele simplesmente não conseguirá acompanhar seu time pela TV a partir de 2012.

O cenário continua absolutamente enevoado. Era tudo o que as TVs precisavam para não gastar tanto com o produto futebol e, mais do que isso, perpetuar a desunião entre os clubes, o que só enfraquece o poder de negociação dos times, fazendo com que o melhor produto para a televisão brasileira valha muito menos do que poderia.

Palmeiras tenta mudar oferta da Globo para naming right valer

No último sábado, dirigentes e advogados do Palmeiras se reuniram por cerca de quatro horas para analisar a minuta do contrato oferecido pela Globo. A conclusão foi a de que algumas mudanças precisam ser feitas.

Uma das principais alterações seria na cláusula que trata da divulgação do nome de patrocinadores de estádios com naming rights negociados. A emissora diz que o nome será falado quando possível.

O Palmeiras irá propor uma nova redação que obrigue a Globo a divulgar sempre o nome do patrocinador do estádio. A venda dos naming rights é um dos pontos mais importantes do projeto da Arena Palestra.

Outra mudança sugerida visa deixar mais clara a garantia de que as marcas dos patrocinadores do clube serão mostradas durante entrevistas coletivas.

O documento apresentado no sábado não trazia o mais importante: o valor a ser pago pela Globo. A quantia foi passada verbalmente para o presidente Arnaldo Tirone.

A minuta esclarece apenas que o Palmeiras vai ficar com 6,38% do total arrecadado pela emissora com a venda de placas de publicidade. Essa é a porcentagem que o grupo que mais recebe ganha atualmente. Porém, não há garantia de que Corinthians e Flamengo permanecem nessa faixa. Eles podem ter um aumento se as fatias de outros times diminuírem.

Segundo o presidente do Grêmio, Paulo Odone, os dois clubes vão ganhar mais do que os outros, situação que o Palmeiras não aceita.

O contrato de quatro anos oferecido aos palmeirenses também prevê que o alviverde fique com 10% da receita gerada pelo pay-per-view. Fatia idêntica à atual.

O acordo engloba os direitos de TV fechada, telefonia e internet. É justamente o que o Cade não queria. Pelo acordo firmado entre o órgão e o C13 os produtos seriam vendidos separadamente.

O Palmeiras ainda não bateu o martelo com a Globo. Deve ouvir uma proposta da Record nesta terça à tarde. Se uma oferta for apresentada, ela será debatida à noite no Conselho de Orientação e Fiscalização, que também discutirá o “lance” da Globo.

Red Bull e Vettel são favoritos no mundial

Neste domingo começa o Campeonato Mundial de F-1. Algumas impressões recolhidas ao longo do período de testes poderão, ou não, encontrar a sua confirmação. Eu aposto em um favoritismo da Red Bull, que parece ter o melhor carro. Isso faz com que Sebastian Vettel seja um forte candidato ao bicampeonato.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Negócios do Mercado da Bola

O futebol está vivendo uma quarta-feira de novidades e possibilidades. Por exemplo:

1- Juan no Corinthians? Trata-se de um senhor zagueiro, titular da Seleção Brasileira na Copa da África do Sul e que logo deve sair da Roma. É uma notícia que tomou força nos últimos dias- inclusive, publicada pelo Estadão nesta quarta- e que seria capaz, sim, de tornar segura e estável a defesa corintiana, que se ressente de um líder no setor. Willian, aposentado, até tinha falhas. Mas comandava os companheiros. Chico é bom jogador, mas, no entanto não chega a ser um comandante da defesa.

Juan seria um belo reforço.



2- Fernandão no Palmeiras? É a especulação da hora: sem alternativas para o centroavante tão esperado, o Palmeiras teria tentado Fernandão na base de troca. Por quem? A troca não teria interessado o São Paulo, mas, com o tempo, chegando Luís Fabiano e ainda tendo o jovem Willian para a reserva, interessaria ao tricolor manter um jogador com alto salário como Fernandão?



Pode dar negócio, pois Felipão já disse que gosta de Fernandão desde os tempos do Goiás e é sabido o histórico do técnico com centroavantes altos (Jardel foi o exemplo maior), que saibam cabecear e jogar dentro da área.

A conferir.



3- Adriano, Corinthians ou Santos? O empresário do jogador, Gilmar Rinaldi disse que não vai falar das propostas dos clubes brasileiros. Pelo menos, por enquanto. Nos bastidores, porém, enquanto o Corinthians não descarta o centroavante- embora ainda não tenha oficializado o interesse- fala-se que o Santos poderia entrar no negócio, com o centroavante completando as jogadas de Neymar, Ganso e Elano. Como se sabe Zé Eduardo irá embora no meio do ano e Keirrison não agradou.



4- Wagner Love no Flamengo? Depois de descartar a contratação de Adriano- e ouvir manifestações da torcida pela volta do Imperador-, o Fla dá sinais de querer mesmo a volta de Vagner Love, o “Artilheiro do Amor”. Negócio difícil. Mas que pode acontecer.

Viva o futebol brasileiro. Viva mesmo?

Não posso e não quero acreditar que, a pedido do próprio Ricardo Teixeira, a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011 terá oito clássicos regionais numa forma de impedir que alguns clubes armem resultados.

Se a medida foi adotada com esta finalidade, a que ponto chegaram alguns clubes do futebol pentacampeão do Mundo.

Não… a razão certamente foi outra. Será?

Pelo menos, assim espero.

Dissidentes do C13 dizem que Globo já tem 12 clubes; Inter pode ser o próximo

Pelas contas de cartolas dissidentes do Clube dos 13, a Globo já assegurou o direito de transmitir jogos de 12 times nas próximas edições do Campeonato Brasileiro. Segundo os mesmos dirigentes, a maioria acertou verbalmente e deve assinar contrato até segunda. O Inter, da base aliada da entidade, pode ser o 13º.

Veja a situação de cada um em relação ao contrato com a Globo:

Grêmio - Foi o primeiro a anunciar que assinou contrato. Afirmou ter fechado por quatro anos. Tradicionalmente, os acordos eram negociados por três temporadas.

Corinthians – Já está praticamente fechado com a emissora. Está acertando os últimos detalhes. Deve alcançar a meta de arrecadar mais do que R$ 100 milhões.

Flamengo - Os presidentes dos conselhos do clube se reuniram nesta quarta e deram aval para a diretoria avançar na negociação com a Globo. Verbalmente, já está tudo definido. Vai receber tanto quanto o Corinthians.

Botafogo, Vasco e Fluminense - Junto com o Flamengo, negociaram a estrutura do contrato com a Globo. Individualmente, cada um cuidou de sua parte financeira. Todos já acertaram de boca com a emissora.

Palmeiras - Ouviu a proposta e gostou. Por uma questão formal, o presidente Arnaldo Tirone vai ouvir o seu Conselho de Orientação e Fiscalização. Deve assinar em seguida.

Santos e Cruzeiro - Segundo os líderes da dissidência, os dois clubes também já entraram em acordo com a Globo.

Coritiba – Foi fortemente pressionado por dirigentes do C13 para não deixar a negociação comandada pela entidade. Mas também já tem um acordo com a Globo, segundo os líderes do movimento. Assim como Vitória e Goiás.

Inter - Teve uma reunião nesta quarta com a Globo. A expectativa dos dissidentes é a de que ele se junte à turma até segunda.

domingo, 13 de março de 2011

Clubes e TVs no cenário das incertezas

O futebol brasileiro está envolvido no maior imbróglio de todos os tempos. Um imbróglio futebolístico-televisivo sem precedentes. Fato que gera incertezas, muitas dúvidas e inseguranças. Quem transmitirá o Brasileirão no triênio 12/13/14? Eis a questão…

A Rede TV! foi a única a apresentar a proposta pelas três temporadas (516 milhões de reais por cada ano) e desta forma ganhou a licitação. Ganhou mas não levou pois, por decisão da própria emissora, o valor estipulado somente terá validade, desde que os vinte times do Clube dos 13 concordem por escrito com o documento, dentro do prazo de 60 dias.

Se partimos do pressuposto de que alguns clubes negociam de forma separada com outras emissoras de tv que não participaram da licitação, podemos concluir que a Rede TV! não terá como acertar com todos os times, consequentemente desistirá do processo.

Ao mesmo tempo Globo e Record conversam com os presidentes de clubes e uma vez confirmada a divisão, apenas um improvável acordo entre elas permitiria a transmissão de todos os jogos, sem o prejuízo para os torcedores dos confortáveis sofás.

Imaginemos que a Globo tenha Corinthians e Flamengo, por exemplo, e a Record fique com São Paulo e Atlético-MG. As duas emissoras deveriam chegar a um acordo para transmitir os duelos entre os times quando eles se cruzarem pelo Brasileirão. Um acordo Globo e Record? Será?

São Paulo, Atlético-MG, Internacional, Atlético-PR e Portuguesa, por enquanto seguem no Clube dos 13. Bahia, Sport, Goiás já admitem conversar com as emissoras. Guarani e Vitória estão indecisos.

Os outros dez clubes já negociam contratos separados com a Globo e a Record: Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Grêmio e Coritiba.

Os conflitos de interesses provocam muitas inseguranças dentro das emissoras nos campos publicitário e jurídico. Os executivos deste setores quebram a cabeça para traçar a melhor estratégia em meio ao cenário de incredulidade.

Outra confusão à vista vem aí. O Clube dos 13, além dos direitos de TV aberta, abriu licitação também dos direitos para TV fechada, pay-per view, internet e celular. Os resultados serão divulgados nos dias 23 e 24 de março.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos

sexta-feira, 11 de março de 2011

O São Paulo é o novo Líder. E ainda quer Luís Fabiano

Neste Campeonato Paulista embolado, foi possível ao São Paulo pular da sexta posição para a liderança do torneio. Ao vencer o Ituano por 2 a 0 (gols de Jean e Dagoberto), nesta quinta à noite, no Morumbi, o tricolor se iguala em pontos ganhos a Corinthians, Santos e Palmeiras. Mas está na frente porque tem 8 vitórias contra 7 dos rivais.

E o tricolor nem precisou jogar tão bem para alcançar o topo. Senhor de um discretíssimo primeiro tempo, foi salvo pelo belo chute de Jean, que estufou as redes. E, no segundo tempo, outro belo gol, que começou com jogada individual de Lucas, passou pelo passe perfeito de Willian e terminou com o chute de Dagoberto. E a câmera da tevê mostrou de Dagoberto estava em posição legal.

Nada a contestar.

E não bastasse o feito de estar em primeiro lugar, nos bastidores o São Paulo sonha em repatriar Luís Fabiano. O primeiro passo já foi dado: o próprio jogador, que está machucado, declarou que pretende se recuperar no Reffis tricolor. Foi assim que, em outros tempos, o São Paulo cativou a confiança de jogadores tidos como inegociáveis- Ricardo Oliveira e Adriano, por exemplo-, ainda que por empréstimo.

E é por empréstimo, creio que Luís Fabiano tem chance de ficar no Morumbi. Eu disse chance, não certeza, pois o Sevilla não comprou há pouco tempo todos os seus direitos? É uma negociação difícil, pois há meses uma boa proposta do Corinthians nem chegou a balançar o clube espanhol.

Em todo o caso, como já se d

Caos no C13 já preocupa venda internacional do Brasileiro

O caos em que se transformou a negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro já respinga na venda de direitos internacionais do Brasileirão. Com o impasse, o Clube dos 13 não tem atendido às solicitações de empresas interessadas na aquisição dos direitos para países do exterior. Algumas já estão temerárias em conseguir negociar e, além disso, receber o sinal para a transmissão internacional.

Esse é apenas um dos reflexos do fim da negociação em conjunto dos direitos de transmissão do campeonato. Da mesma forma, a vitória da RedeTV! na licitação de hoje deve acabar tão logo termine a implosão do C13. Hoje, a entidade representa apenas 5 dos 20 times que jogam a Série A do Campeonato Brasileiro.

A desunião é ruim para todos. Até mesmo para quem vence uma concorrência sem representatividade.

sábado, 5 de março de 2011

“Eu sou o Melhor do Mundo” (Ibraimovic)

Nada modesto, nem um pouquinho. Mas segundo o jornal italiano La Gazzetta Dello Sport, foi assim, falando que “eu sou o melhor do mundo. É assim que me sinto”, que Zlatan Ibraimovic referiu-se a si próprio.

O amigo concorda?

Não sei o quanto há de exagero nas palavras de Ibra. Não o vejo, por exemplo, com as condições de um Messi, verdadeira máquina de jogar futebol e fazer gols. Mas também não desmereço a capacidade desse centroavante extraordinário, Ibraimovic, autor de 14 gols no Campeonato Italiano.

Trata-se um centroavante que todo clube gostaria de ter: alto, habilidoso, goleador, sem se limitar ou ficar restrito à grande área, Ibraimovic, aos 30 anos, pode levar o Milan ao título sonhado já há algum tempo.

Pode ser imodesto e nem ser o melhor do mundo. Mas Ibraimovic não está muito longe da verdade.

Escrito por Roberto Avallone às 17h23
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As novidades da Seleção. E a polêmica.

Já há quem queira Ronaldinho Gaúcho de volta à Seleção. Ora, e o título conquistado pelo Flamengo? E a cobrança perfeita de falta de Ronaldinho, no gol que deu as faixas ao Fla?

Mas estou com Mano Menezes, o técnico que, nesta quinta-feira, convocou a Seleção Brasileira para o amistoso diante da Escócia. Convém esperar por um Ronaldinho Gaúcho mais próximo daquele que já encantou o mundo, pois até agora suas exibições não têm sido nada especiais. Devagar.

Também não teria sentido convocar Kaká, que não anda em grande fase no Real Madrid (sem ele, nesta quinta, o time ganhou de 7), embora, em minha opinião, ele ainda vá voltar a jogar o que sabe. Mas também concordo com Mano em não leva-lo agora.

E Robinho, por que não vai? Também tenho minhas dúvidas. Mas se ele está indo bem no Milan, não faz o que dele se espera na Seleção. Talvez seja bom um descanso. Até para novas experiências.

Quanto às novidades, é bom dividi-las em duas partes. Os que estão indo pela primeira vez e os que voltam à Seleção depois da Copa do Mundo. Dos calouros- Lucas, Henrique e Jonas-, total justiça para Lucas, um dos heróis da conquista do Campeonato Sul- Americano sub-20, jogador que tem técnica, raça e personalidade. Henrique, volante do Cruzeiro, sabe chegar à área inimiga de surpresa, como Mano gosta. E Jonas, ex- Grêmio e agora no Valência, tem-se mostrado merecedor de uma chance maior. Que é estar na Seleção.

E entre os que voltam após a Copa do Mundo- Maikon, Lúcio e Elano- creio que houve merecimento. Eles foram dos poucos que salvaram na Copa da África do Sul jogando pela nossa Seleção e continuam bem nos clubes que defendem. Elano está até liderando a artilharia...

Seleção sempre dá discussão, tipo que “faltou este, deveria ir aquele”. Esta convocação de Mano, no entanto, pareceu-me bem razoável.

Copa monopoliza receitas da Fifa

A Fifa divulgou nesta quinta-feira o seu balanço financeiro do último ciclo da Copa do Mundo. Em resumo, a competição é responsável pela geração de quase 90% das receitas da entidade. Dos US$ 4,2 bilhões arrecadados nos últimos quatro anos, US$ 3,7 vieram da competição.

A força da Copa é impressionante. Apesar de realizar diversos outros campeonatos, a Fifa se sustenta graças ao torneio entre seleções. E, dentro das receitas da Copa do Mundo, o que mais faz a diferença é a TV. Mais de US$ 2 bilhões vem da venda de transmissão para todo o mundo do campeonato, sendo que a Europa banca metade dessa conta.

Porém, de tudo isso que a Fifa arrecadou, apenas US$ 348 milhões foram distribuídos para as 32 seleções participantes do Mundial. Se a moda brasileira pega, imagine o impasse que haveria pela venda de direitos de TV da Copa de 2014?