Tempo Real

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Foi a vez dos Meninos do Parque: Corinthians, 4 a 2!

E quem foi ao Pacaembu ver um novo show dos Meninos da Vila, viu a consagração dos outros meninos, os do Parque São Jorge: no clássico diante do Santos, qual corintiano não se surpreendeu ou não se entusiasmou com as atuações dos jovens Bruno César, Ralf e Paulinho- cada um deles fez um gol, cabendo a Jorge Henrique a autoria do outro-, garotada que ajudou o Corinthians a ser ainda mais líder do Campeonato Brasileiro.



Foi um belo jogo, quase 30 mil pagantes em época de frio e às vésperas de Copa do Mundo. Por falar em Copa, desde o começo o Corinthians parecia ter á disposição de uma final, arrancando seu primeiro gol logo a um minuto e meio, em arremate de Bruno César que o goleiro santista Felipe defendeu e Jorge Henrique empurrou para as redes.



Depois, bem, depois o Corinthians recuou. Mas o que há com Neymar, que já não mostra os mesmos dribles e nem os às vezes certeiros arremates? Fez-lhe mal a não convocação, tirou-lhe um pouco do entusiasmo a punição recebida há poucos dias ou a fama já subiu um pouquinho à cabeça?



E o que há com Ganso, que nos últimos tempos reclama de tudo: da concentração para solteiros, da punição que também recebeu, da não convocação... Sei que neste domingo, ele pouco produziu, anulado por outro menino do Parque São Jorge, o pouco badalado Ralf, que, além de cumprir seus deveres de marcador, ainda encontrou tempo e disposição para ir ao ataque e marcar um gol de craque.



Quanto aos gols, o amigo já sabe. Além da discutível anulação de um gol de Marquinhos (o mais perigoso jogador do Santos), ainda no primeiro tempo, houve o gol de empate de André, no comecinho do segundo, para, em seguida, com uma canhota mortal, o menino Bruno César colocar o Corinthians outra vez na frente do marcador: depois, o belo gol de Ralf, em seguida o de Paulinho (o quarto) para Marcel, de cabeça, encerrando a contagem marcar o segundo gol do Santos- evitando que a derrota fosse por autêntica goleada.



Deu a impressão, ainda, que o centroavante André não quis ser substituído por Dorival Júnior- a exemplo de Paulo Henrique Ganso na decisão do Paulista contra o Santo André- sobrando para Edu Dracena que, andando lentamente para fora de campo, também não parece ter aprovado nada a atitude do treinador.



Perguntar não ofende: estará o comando do bom Dorival sendo contestado?



Bem, essa é uma outra história, que fica para depois. Nesta história, o protagonista é o Corinthians e de seus surpreendentes meninos.

O problema é a bola ou a pauta?

E, mais uma vez, uma bola pré-início de uma grande competição começa a dar o que falar... "É leve", "É ruim", "É pesada", "É amarela", "É azul". As justificativas podem variar, mas via de regra sempre vai ter alguém falando mal da bola.

E o problema, quase sempre, não é a bola. Mas a pauta. Com o big brother que se transformou a seleção brasileira, são 24h de programação em cima do time nacional. Uma equipe que, particularmente, é fechada a sete chaves pelo técnico Dunga, o que dificulta ainda mais a imprensa para preencher o espaço com notícia. E, aí, é preciso ver se tem alguma novidade.

Como é o primeiro treino da seleção e não há mais polêmicas sobre Kaká e Luís Fabiano, o grupo está fechado, etc., a pauta vira o primeiro contato com a bola. E, aí, sempre sobra para o goleiro ter de falar alguma coisa.

Só que, o que o jornalista raramente deixa claro para o seu leitor, espectador ou ouvinte é o que há por trás da declaração de um atleta.

Não dá para ser isento quando se comenta sobre a bola da Copa. Praticamente todos os jogadores que estão na África do Sul possuem um contrato pessoal com um fabricante de material esportivo. Júlio César é patrocinado pela Reusch, empresa forte no mercado de luvas de goleiro. Depois do salário na Internazionale, é um de seus maiores rendimentos esse acordo de patrocínio. Dificilmente Júlio elogiaria a bola se não fosse patrocinado pela marca que a produz.

O problema não é falta de ética, não. Imagine o prejuízo que ele teria se pudesse falar bem e se indispusesse com seu patrocinador? Isso sempre acontece. Se perguntassem para Kaká, Grafite e Michel Bastos, não veríamos qualquer crítica à redonda. Os três são os astros da Adidas no time brasileiro.

O mesmo Júlio César declarou na entrevista coletiva de hoje: "se igualarmos na pegada, não tem para ninguém". Seria coincidência que esse é o mote da campanha publicitária da Brahma, que tem o goleiro da seleção como garoto-propaganda?

É, mais ou menos, empresário de jogador usado como fonte de informação. Ele nunca vai criticar um clube para o qual seu atleta pode se transferir e sempre vai valorizar o interesse de qualquer clube, especialmente quando se falam em grandes clubes do exterior. Ou seja, é aquela opinião que, se não for contextualizada, perde o sentido.

A bola é o de menos. A pauta é que precisa mudar. Ou, então, pelo menos deixar clara qual é a relação atleta-patrocínio que está atrelada ao comentário sobre a bola. A favor ou contra.

Corinthians deu um “chocolate” no Santos.

O Corinthians fez uma partida excelente e goleou o Santos por 4 x 2 . Disse aqui que acreditava na vitória corinthiana, mas não imaginava que fosse um “chocolate”. O time sem uma referência lá na frente, e com Roberto Carlos e Bruno César jogando muito, mereceu a vitória de forma incontestável. Os garotos do Santos precisam colocar o pé no chão, e voltar a jogar com força, qualidade e muita aplicação. Paulo Ganso não jogou nada e Neymar jogou muito pouco. A equipe do Santos é a melhor do Brasil, mas tem que voltar a jogar com humildade para brigar pelo título. Se achar que é gênio em qualquer profissão a tendência é dançar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Afinal, é um Choque-Rei . Quem Ganha?

Não sei se por estar no começo ou talvez pela proximidade da Copa, sei lá, mas este Campeonato Brasileiro ainda não pegou. Tivemos um belo público para Corinthians e Fluminense, vá lá, mas é para se jogar um São Paulo e Palmeiras- o tradicional Choque-Rei- numa quarta-feira, ainda mais às oito e meia da noite? É missão complicada chegar no Morumbi neste horário de trânsito congestionado. E também um Fla- Flu é clássico para o final de semana, como manda a tradição. Tempos estranhos...



De qualquer maneira, São Paulo e Palmeiras se enfrentam e a rivalidade sempre estará em campo. O tricolor vem de boa vitória em Porto Alegre, diante do Inter, anda bem desde a entrada de Fernandão no comando do ataque, mas estará desfalcado de dois jogadores importantes: Miranda e Rodrigo Souto. Por sua vez, o Palmeiras também vem de bela vitória, diante de outro gaúcho, o Grêmio e parece ter dado uma trégua à crise dentro de campo, embora os bastidores continuem fervendo.


Por jogar em casa, pode-se dizer que o São Paulo tem um ligeiro favoritismo, embora não se deva brincar com a reação do Palmeiras- que, por sinal, com todo o barulho, ainda está invicto neste Campeonato. Palpite é missão para o amigo torcedor, pois, com a devida licença, por acreditar na história de que “clássico é clássico”, aqui não me arrisco a palpitar.


URGENTE, UM MEIA – ARMADOR !


O corintiano Tomás Lico Martins, vice-presidente do Timão na época de Vicente Matheus, telefona-me para comentar alguns assuntos: sobre o Piritubão (que segundo o Juca Kfouri será o palco da abertura da Copa de 2014); achando que esta Arena excluirá o Morumbi do Mundial no Brasil; para falar do novo estádio corintiano, cujo projeto tem prazo até o dia 10 de agosto para ser aprovado ou não; e, especialmente, para reclamar de um meia-armador para o seu Corinthians.



Ora, caro Lico, então foram contratados para nada jogadores como Tcheco e Danilo? Desde a venda de Douglas, indicados pelo treinador Mano Menezes, eles vieram para suprir essa carência, embora Danilo, em seus tempos de São Paulo, fosse muito mais um terceiro atacante do que um armador. Na verdade, a figura do verdadeiro meia-armador é uma espécie extinção, pelo menos no Brasil: eles eram Gérson. Jair Rosa Pinto, Zizinho, Mestre Ademir da Guia, Rivellino, craques desse nível.



Hoje, produzimos mais atletas e menos craques e, muitas vezes, o que víamos por aqui, vemos na Europa ou, por justiça, na Argentina, aonde tem um Riquelme ou um Verón.


Logo, caro Lico, não é só o Corinthians que sofre de tal nostalgia: o futebol brasileiro também!


BEM COLOCADO.


Gostei muito do post (artigo) do Eric Betting: "Marketing não é vender patrocínio", sobre a nenhuma eficiência do marketing do Palmeiras no jogo do adeus ao Parque Antártica. Ele revelou a sensibilidade que faltou a quem dirige tal departamento.

Ronaldo, as Sobras do Mercado e “Los Hermanos”

Parece que o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi lá para a chefia da Seleção para criar certas polêmicas: andou dizendo que não está nem aí para controlar baladas dos jogadores (liberou geral?), admitiu ser pé frio, em especial, que se “Ronaldo fosse bonitão, pesasse 70 quilos e estivesse em bela forma estaria na Europa, não no Corinthians”.



Para não ser maldoso, prefiro interpretar as palavras de Sanchez com quem, aliás, sempre me dei bem: embora não seja nenhum exemplo de cultura, trata-se de homem astuto e que se deu bem no Corinthians, pretendendo dizer sobre Ronaldo que já está satisfeito com aquilo que o Ex- Fenômeno já ofereceu ao clube: afinal de contas, foi campeão paulista de 2009, campeão da Copa do Brasil do mesmo ano, fez alguns gols espetaculares, deu status ao time e ajudou o clube a fechar patrocínios mais do que interessantes.



Já está bom, não? É que aí surgiu o velho sonho de ganhar a Libertadores, título inédito, ainda mais no ano do Centenário, mas o conto de fadas acabou: Ronaldo perdeu a forma, perdeu o encanto, perdeu o fio da meada.



E como dizia minha santa vovó Ida “o que era doce se acabou”.







O FIM DO IMPÉRIO DO AMOR?



A Roma, que quase beliscou o caneco do Campeonato Italiano, já deve estar chegando para pagar uma grana considerável para levar o Imperador Adriano de volta à Europa. Por sua vez, o russo CSKA nem pensa em prorrogar o empréstimo de Vagner Love, que termina em julho, com o Flamengo, Assim, como não teremos partidas oficiais, durante a Copa do Mundo, estamos assistindo aos últimos capítulos da novela “O Império do Amor”, cuja audiência começou animadora e, depois, revelou-se instável, alternando bons e maus momentos no Ibope.



De qualquer forma, antecipadamente, adeus.





“LOS HERMANOS”: CUIDADO !



A Argentina goleou o Canadá por 5 a 0, preparando-se para a Copa do Mundo, e nem jogou com força total. A esperança brasileira é a de que, embora fenomenal enquanto jogador, Dieguito Maradona ainda não convenceu como técnico. Pois que, individualmente, se bem treinados e entrosados, difícil será segurar jogadores como Messi, Milito, Verón, Aguero, Di Maria e tantos outros.

Do circo ao cerco

Dunga não gostou da festa em Weggis, que despreparou a seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2006. O circo era tamanho que tirou o foco dos atletas daquilo que era mais importante. Dunga era, então, comentarista da Copa pelo BandSports.

Agora, como técnico da seleção, Dunga transformou o circo de 2006 num estado de cerco. Nada pode acontecer sem passar sob o seu olhar. E isso tem as suas consequências.

Para os patrocinadores, a oportunidade perdida de usar a concentração brasileira para fazer ações de relacionamento é ruim. Sem acesso ao local de treino da seleção, perde-se a chance de fazer um agrado a um cliente, a tirar um melhor proveito de um evento como a Copa do Mundo.

Para os torcedores, o distanciamento da seleção serve para dar mais um motivo para a mídia descer a lenha no isolamento do time nacional.

No final das contas, só aumenta o stress no relacionamento entre seleção, mídia, torcida e patrocinadores.

Marketing não é vender patrocínio*

Sábado, no Palestra Itália, mais de 18 mil torcedores foram torcer pelo Palmeiras contra o Grêmio. Mais do que a empolgação pelo time, o que moveu essa massa ao estádio foi a notícia de que aquele seria o último jogo oficial do Palmeiras em sua antiga casa, construída há mais de meio século.

Mas parece que só a imprensa e a torcida deram bola para a informação. Em meio a uma guerra de bastidores, a diretoria alviverde preferiu dissolver a estratégia previamente programada para o “jogo final”.

Em campo, a festa foi só dos jogadores. Vitória por 4 a 2, com direito a susto e até um grito de “olé” nos minutos finais. Só por precaução, já que poderia ser o último grito de “olé” no antigo Palestra Itália...

E onde estava o trabalho de marketing do clube? Nenhuma placa alusiva ao jogo, nenhum foguetório programado, nenhuma lembrança para ser comprada na loja oficial depois da partida. Aliás, loja que foi fechada logo que a partida começou, como se uma vitória não fosse incentivar o consumo.

Se o jogo foi de despedida, não há o que comemorar. A diretoria palmeirense se preocupou mais com o momento do time dentro de campo, esquecendo-se do básico: torcedor não é movido pela vitória, mas pela história.

Nem mesmo o ingresso para a partida derradeira continha uma lembrança, algo que fizesse daquele canhoto mais especial do que da até hoje mais feliz das vitórias no Palestra Itália, a final da Libertadores de 1999.

Não ficou nada para registro histórico, a não ser mais um canhoto de ingresso. Que precisará de uma placa ao lado, explicando porque ele é tão especial que merece uma moldura no quarto, na sala, no banheiro, onde quer que seja.

É mais uma chance perdida. E outra mostra da miopia do dirigente esportivo, que confunde marketing com captação de patrocínio, que não vê que a verdadeira função do departamento não é apenas trazer parceiros comerciais, mas mobilizar o torcedor em volta da marca do clube.

Muitas vezes a vida do torcedor foi construída dentro de um estádio de futebol. Foi ali que ele aprendeu a ter algo em comum com o seu pai, foi ali que ele formou o primeiro grupo de amigos, foi ali que ele conheceu namoradas (os) e, quem sabe, a mulher/o homem da vida. Um dos primeiros hábitos da infância de um apaixonado pela bola se constrói dentro de um estádio.

Quando você tem a sensação de que será a última vez que você verá aquele lugar daquele jeito, não dá para não comparecer, não festejar, não se emocionar. O time é o de menos, a fase não importa.

O que não dá para acreditar é que nada foi feito para o torcedor num dia tão especial...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Felipão pode Voltar ao Palmeiras!

Quem acompanha este blog leu no post do último sábado, entre as linhas que comentavam a vitória do Palmeiras sobre o Vitória- gol de Lincoln- que, um dia antes, um dirigente palestrino (no caso uma fonte segura me informara tratar-se de Gilberto Cipullo) telefonara para Felipão, na intenção de contratá-lo. A resposta de Scolari, porém, foi a de que as conversas só poderiam ser iniciadas em janeiro, depois do fim de seu contrato.



Agora, porém, a situação mudou: Felipão rescindiu seu contrato no Usbequistão e está livre para, negociar , deixando em aberto qualquer possibilidade para depois da Copa do Mundo.



Há algum tempo, embora diga que ”se não surgir nenhuma proposta da Europa”, Felipão dizia que, ao final de seu contrato, seu desejo era o de voltar ao Brasil e por aqui treinar um time. Ora, o Palmeiras que não esquece que foi campeão da Libertadores, em 99, com Scolari, está de braços abertos para recebê-lo.



E a torcida também.

E eis a Seleção de Dunga. Sem Ousadia.

Neymar? Não. Paulo Henrique Ganso? Não. O que importa eles serem craques se, conservador e em sua própria opinião leal, Dunga prefere priorizar quem esteve com ele em outros torneios e outros carnavais?



Teimoso, turrão e burocrático, Dunga preferiu deixar de fora em sua convocação, os melhores jogadores do Brasil em atividade, Neymar e Ganso. No resto, poucas surpresas e, pelo menos, uma justiça: a justiça é a ausência de Adriano, dito Imperador, que tem feito do Flamengo a casa da mãe Joana, treinando quando bem entende, sem se importar com a forma física e os quilinhos a mais.



Nada contra os goleiros, pois Júlio César ostenta grande forma, Gomes tem qualidades e Doni, na Roma, deixou de ser aquele goleiro inseguro dos tempos de Corinthians e Santos.



Nas laterais, pela direita é óbvio que deveriam ser chamados Maicon e Daniel Alves, enquanto pela esquerda, em função da carência de talentos, foi razoável chamar o veterano Gilberto e Michel Bastos (Roberto Carlos nem pensar!).



No meio- campo não gosto de Gilberto Silva e nem de Josué. Mas o técnico é Dunga, o que fazer?



E lá vamos nós de Felipe Melo, Júlio Batista e coisa e tal, quando temos por aqui um Paulo Henrique Ganso. Kaká, ah Kaká é Kaká e lá vai ele para a África do Sul com pubalgia e sem reserva à altura. O que fazer, repito, se o técnico é o conservador Dunga?



No ataque, justa a convocação de Luís Fabiano, razoável a de Robinho (tem mais fama do que futebol), boa a de Nilmar e justa a de Grafite, que vem arrebentando no futebol alemão.



Como há quem diga que Deus é brasileiro, quem sabe mesmo assim, a Seleção possa levantar o caneco e Dunga transformar-se no herói do chimarrão e das bombachas?



No futebol, qualquer leigo sabe, tudo é possível.



OS SETE DA FILA DE ESPERA



Como prêmio de consolação, Paulo Henrique Ganso- que deveria estar entre os oficialmente convocados para a Copa- figura na lista de espera da Seleção elaborada por Dunga. Quer dizer... se alguém se machucar, pegar um resfriado forte ou coisa do gênero, o jovem craque terá sua oportunidade. Neymar, nem isso.



Quanto os outros pacientes candidatos da fila, poucas restrições: Ronaldinho Gaúcho, creio, perdeu a explosão e hoje é muito mais uma fantasia do que uma realidade; Alex, do Chelsea, quarto zagueiro que já foi do Santos, tem lá as suas qualidades e chuta forte, Sandro do Inter de Porto Alegre, na minha opinião é melhor do que Gilberto Silva, além de ser mais jovem; Diego Tardelli vem fazendo belos gols pelo Atlético Mineiro e merece ficar esperando: Marcelo, do Real Madrid, é um lateral – esquerdo irregular e até andou jogando na meia, algumas vezes- eu preferiria André Santos, ex- Corinthians; e, finalmente, Carlos Eduardo, que surgiu como grata revelação no Grêmio, faz o que pode pelo alemão Hoffein.



De qualquer maneira, é só uma lista de espera. Como num aeroporto, esperando a desistência de alguém para poder embarcar. E nada mais.

Uma aposta fenomenal

A notícia é de segunda-feira, mas os reflexos da ação são interessantes. A Claro anunciou ontem o patrocínio a Ronaldo. As ações que serão feitas com o jogador do Corinthians ainda estão em fase de planejamento, mas a primeira delas já dá uma ideia de como Ronaldo pode render para uma empresa.

No dia do anúncio do patrocínio, o perfil da Claro no Twitter tinha cerca de 34 mil seguidores. Depois que a notícia se espalhou, o marketing viral entrou em ação e, agora, às 18h08 desta quarta-feira, o perfil da empresa contabiliza 85.997 pessoas acompanhando as twittadas de Ronaldo e, também, da própria operadora.

Aí é que entra o grande barato da história. Com a ferramenta das mídias sociais, é possível mensurar diretamente o impacto que uma ação tem para uma marca. No caso de Ronaldo, em cerca de dois dias ele fez com que a Claro tivesse contato com mais de 50 mil pessoas.

É uma resposta imediata e palpável da aposta feita pela empresa. Para melhorar, Ronaldo é quem, realmente, tem atualizado o Twitter, o que dá força suficiente para que o séquito aumente ainda mais.

A aposta em Ronaldo foi fenomenal, com todos os trocadilhos possíveis. Prova de que, quando existe inteligência no investimento dentro do esporte, a chance de obter resultado torna-se maior. No caso de Claro e Ronaldo, trabalho em conjunto da diretoria de marketing da empresa e da agência de publicidade Ogilvy. Sem presença de uma agência de marketing esportivo, o que reforça, mais uma vez, aquilo que dissemos a tempos por aqui.

As agências de publicidade, realmente, acordaram para o esporte.

Uma boa campanha na Copa do Mundo

Todo mês que antecede a uma edição de Copa do Mundo é assim. As empresas, principalmente as de varejo, decidem apostar na publicidade temática do futebol como forma de se "destacar" da concorrência. Os publicitários partem do princípio de que todos só pensam em futebol durante todo esse tempo, o que é uma quase verdade. Dentro da família tenho exemplo de alguns ETs que não suportam futebol, especialmente no mês de Copa.

Mas isso nem vem tanto ao caso. Pelo menos não no que diz respeito à overdose de propaganda futebolística na TV. É assim a cada quatro anos. O que poderia ser criado é um ranking de bom senso para os anunciantes em época de Copa. Só entra no ar campanha que for minimamente decente!

Uma boa campanha na Copa do Mundo, pelo bom gosto e direito à boa publicidade para os torcedores. Como forma de incentivar essa prática, coloco abaixo um dos vídeos que até agora considero mais divertido com a temática futebol. Ainda cheio de preconceitos, como considerar que Copa do Mundo é sinônimo de ódio à Argentina, mas como uma grande sacada das diferenças entre brasileiros e argentinos.

Dando o pontapé a um mês da Copa, vamos à campanha da Skol. Amanhã coloco outra que considero diferenciada. E aceito sugestões! Vamos fazer uma boa campanha na Copa do Mundo!

São Paulo reencontra um velho carrasco

Se no confronto histórico de jogos com o Cruzeiro, o tricolor leva vantagem (26 vitórias contra 16), mas o mesmo não acontece quando enfrenta os mineiros em duelos mata-mata.

Em cinco encontros, o time do Morumbi levou a melhor apenas uma vez: em 93, na Recopa Sulamericana.

Nas outras vezes, o Cruzeiro construiu uma bela vantagem. Os cruzeirenses tiveram sucesso contra os paulistas na Copa do Brasil (93), Supercopa (95), Copa do Brasil (2000) e Libertadores (2009).

Velho carrasco que cruza novamente o caminho da equipe de Ricardo Gomes.

No jogo desta noite aqui em Belo Horizonte, o time da toca da raposa se sustenta no retrospecto de ter vencido as cinco partidas que disputou no Mineirão na atual Libertadores.

Espero uma grande partida em BH, com Ceni e Fernandão do lado do tricolor. E o convocado Gilberto, além dos ex-são-paulinos Kléber e Thiago Ribeiro, pelo Cruzeiro.

Bom-mocismo embala ¨Família Dunga¨

Dunga manteve o discurso e não trouxe nenhuma surpresa na convocação dos 23 jogadores. O técnico reforçou que o bom comportamento dos atletas foi fundamental na hora da escolha. Um recado direto para Adriano, por exemplo, a maior ausência na lista.

As noitadas, os encontros no morro com traficantes e as faltas aos treinos do Flamengo tiraram o imperador da Copa. A porta se abriu para Grafite, do Wolfsburg, da Alemanha, a maior surpresa de Dunga.

Dunga contrariou a opinião pública e não deu bola para o clamor popular. Certamente deixou muita gente insatisfeita mas teve a dignidade de não mudar os conceitos que sempre defendeu nestes três anos de seleção brasileira.

Neymar, Roberto Carlos e Fred estão fora do mundial. Na lista de espera, no entanto, o técnico alimenta uma última esperança para Ronaldinho Gaúcho e PH Ganso.

O bom-mocismo emplaca definitivamente o conceito de grupo criado por Dunga e Jorginho.

Zagallo não levaria Ronaldos, RC e meninos da Vila

O mito Mário Jorge Lobbo Zagallo em entrevista à rádio Bandeirantes defendeu o trabalho feito pelo colega Dunga.

Zagallo não acredita em novidades na convocação final para a Copa da África do Sul.

Nomes cotados como Neymar e PH Ganso não seriam convocados pelo velho lobo por causa da ¨pouca idade e pelo fato de não terem sido chamados nenhuma vez¨ até aqui para defender o time principal do Brasil.

Ronaldinho Gaúcho estaria fora por ¨não ter condições orgânicas¨ para armar as jogadas.

O corinthiano Roberto Carlos ¨pela idade avançada¨ é outro que não disputaria a Copa se Zagallo fosse o treinador.

Por fim, Ronaldo fenômeno nem mesmo pelo primeiro semestre que teve em 2009 teria espaço na seleção. ¨Eu sempre fiquei na torcida pelo Ronaldo na seleção brasileira, mas ele não tem mais condições físicas ideais para um atleta¨, encerra Zagallo.

domingo, 2 de maio de 2010

Em Final dramática, o Santos Perdeu. Mas é o campeão! E o Palmeiras está fervendo...

Bem, comecemos pela dramática final, em que o azarão Santo André venceu o Santos, por 3 a 2 e fez muita gente passar mal. O Santos, campeão, teve sim a conquista premiada por sua campanha e por possuir, também, dois talentos que o técnico da Seleção Brasileira só não levará para a Copa por incrível teimosia ou turrice: o menino Neymar, 18 anos, e o quase outro menino, também craque de primeira qualidade, Paulo Henrique Ganso, que completará 21 anos em outubro.



No popular, qual é a sua, Dunga?!



E antes de falarmos do turbulento jogo desde domingo em um Pacaembu lotado por mais 36 mil pessoas, com quatro expulsões- três do Santos (Léo, Marquinhos e Roberto Brum e uma do Santo André- Nunes), quero destacar a personalidade de Paulo Henrique Ganso e a submissão do técnico Dorival Júnior- sendo que esta pode custar-lhe a perda do comando do grupo daqui para a frente.



A cena foi assim: desesperado com a inferioridade numérica do Santos e o iminente gol do Santo André que lhe daria o título, Dorival Júnior, que já havia tirado Neymar, quis substituir seu outro melhor jogador Ganso. E pelos gestos que fez nem é preciso ser especialista em leitura labial, para se entender o que disse Ganso ao seu chefe Dorival

“Eu vou sair? Eu não, eu não, eu não”.



E diante de tal veemência, contrariando a hierarquia, o chefe Dorival rendeu-se aos apelos do craque Ganso. E quem saiu de campo foi André, que não tem tanto futebol e nem prestígio.



No jogo deste domingo, em si, o Santo André foi melhor, muito bem dirigido por seu técnico revelação, Sergio Soares, só não chegando à consagração do título porque a trave direita de Felipe impediu uma finalização perfeita de Rodriguinho, bem no final da partida.



Na minha opinião, houve um gol legítimo do Santo André, mal anulado pela arbitragem: em compensação, também houve um pênalti claro sobre Arouca, do Santos, que a arbitragem deixou passar.



Mas tudo isso, logo será esquecido, pois o que vale é o título: Santos, Campeão Paulista! E pela décima - oitava vez de sua gloriosa história.



O PALMEIRAS ESTÁ FERVENDO



As eleições estão marcadas para dezembro, mas lutas internas já começaram: como este espaço já antecipara, as contas do mês da gestão Belluzzo, foram rejeitadas pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), por 10 a 7. Várias chapas se articulam para a candidatura, já que Belluzzo não deve mesmo tentar a reeleição, e aquela tal idéia de união, de seleção de dirigentes, sejam eles da situação ou oposição, passa ser uma utopia tão grande quanto acreditar em Papai Noel.



Enquanto isso, acena-se com um contrato bem maior de publicidade- nas que, segundo uma fonte segura, é ainda uma boa possibilidade, mas não realidade- tentando compensar o fracasso nas vendas do Avanti (programa de sócio torcedor), que daria mais equilíbrio às contas do clube.



E os jogadores? Bem, aí, o departamento de futebol tem boas novas: existe mesmo a chance da volta de Valdívia e também há o pacote oferecido pelo Olimpyacos, da Grécia: as vindas de Diogo e Leonardo, ambos ex- Portuguesa, sendo que Diogo, segundo atacante, revelou-se ótimo com a camisa da Lusa e o lateral-esquerdo, Leonardo, era chamado até de novo Roberto Carlos quando por aqui jogava.



Quanto ao centroavante, informo que Ernesto Farias, o argentino rejeitado por Antonio Carlos Zago, por supostamente estar fora de jogo por muito tempo, tem sido titular no Porto- neste domingo, o Porto venceu o poderoso Benfica por 3 a 1. Terá sido mais uma mancada do aprendiz?



Enfim, por enquanto, é isso aí.





LUXEMBURGO CAMPEÃO



Depois de vários insucessos, pelo Santos e pelo Palmeiras, eis que o velho Luxa ressurge com um título de campeão. Está certo que o Cruzeiro pouco ligou para este campeonato regional, mas seja como for, o Atlético Mineiro é campeão. Neste domingo, venceu o Ipatinga por 2 a 0, gols do implacável Diego Tardellie do velho Marques.



O GRÊMIO PERDE, MAS LEVA A TAÇA



Engraçado, o Grêmio venceu o Inter por 2 a 0, no Beira- Rio. E Neste domingo, jogando em casa, onde é tido como quase imbatível, perdeu pelo gol do colorado Juliano. De qualquer maneira, é Campeão!

sábado, 1 de maio de 2010

Corinthians e Flamengo: Para Fiel o Jogo já Começou!

Como antecipei neste espaço, a Fiel promete lotar as arquibancadas do Parque São Jorge, todos os dias, em todos os treinos, até o momento decisivo quando o Corinthians jogará todos os seus sonhos de ganhar a sua primeira Libertadores- mas, desta vez no Pacaembu, diante do Flamengo que o venceu no Maracanã.



Segundo o relato de quem esteve no velho Parque, as manifestações foram de apoio, pacíficas, mas com uma sutil advertência- até pelo comunicado da Gaviões- ao se referirem, num resumo, de que “nos últimos jogos, o time não tem rendido o que pode”, e que é preciso raça, coração e coisa e tal.



Até aí nada demais. E seria absolutamente normal se não estivesse em jogo a Libertadores, grande obsessão corintiana.



Creio que todos estão lembrados da confusão que aconteceu neste velho e romântico Pacaembu, palco da próxima quarta-feira, quando um Corinthians recheado de astros-entre eles Carlitos Tevez e Nilmar- foi eliminado, em casa, perdendo por 3 a 1.





Lá atrás, eliminado pelo mesmo River, o Corinthians entrou em parafuso, demorando para se recuperar. E ainda mais lá atrás, no ano 2000, o Corinthians tinha sido até campeão do mundo, diante do Vasco, no Maracanã; mesmo assim, não suportou ser eliminado da Libertadores pelo arquirrival Palmeiras, numa noite em que, ao defender o pênalti cobrado por Marcelinho, o goleiro do Palmeiras foi canonizado como São Marcos.



E no dia seguinte, no Parque São Jorge, o capetinha Edílson foi submetido ao corredor polonês, levando os tapas que o fizeram jamais voltar a vestir a camisa corintiana.



Logo, não sei se é um bem ou se é um mal toda essa cobrança- e o apoio ansioso- antecipada. Isso tudo pode inflamar os jogadores ou, então, como numa roleta russa, deixá-los trêmulos, sem a condição necessária para a vitória que necessita.











SANTOS: ALGUMA DÚVIDA?



Em termos de Campeonato Paulista, que me perdoe o Santo André que, no último domingo até fez bela partida e endureceu o jogo para o Santos. Mas pelo futebol que tem, pela campanha que realizou, pelos gols que mercou... Por tudo, não vejo outro campeão paulista se não o Santos de Neymar, de Paulo Henrique Ganso, de Robinho, de Marquinhos- e até de Giovanni, convocado para ficar entre os companheiros e até jogar por alguns minutos. Só para gritar o velho: “É Campeão”.





THIAGO RIBEIRO, MURICY...



Thiago Ribeiro, autor de três gols, foi o herói na vitória do Cruzeiro sobre o Nacional Uruguaio, por 3 a 1. Sempre gostei do futebol desse jogador, desde os tempos do São Paulo, quando explodiu como craque de Seleção e, depois, foi sumindo, sumindo... Eis que ressurge no Cruzeiro dono de drible seco e chute forte. Que assim seja.



Por sua vez, no Fluminense, em jogo da Copa do Brasil, o técnico Muricy Ramalho viu seu time derrotado pelo Grêmio, por 3 a2, no Maracanã. Jonas foi o destaque gremista (está jogando muita bola), enquanto Muricy vive as voltas com sua habitual falta de sorte dos últimos tempos: estava desfalcado de seus principais jogadores: Conca (suspenso) e o goleador Fred, com indisposição estomacal.



Assim. Não há estratégia que resista.





NO PIQUE



E espero por todos os amigos neste domingo, nove e meia da noite, pela CNT (canais 12 da NET e 26), para o programa : “No Pique”. Teremos convidados especiais, tudo sobre a final do Campeonato Paulista e muitos bastidores. Até lá ...

Uma "praga" chamada futebol

A paixão pelo futebol no Brasil é um mal aos demais esportes. Não, longe de fazer qualquer crítica ao futebol, mas o fato é que o esporte, por ser o mais popular e consumido do país, acaba tirando uma grande parte da exposição, da visibilidade e, especialmente, da grana que poderiam ser destinadas a outras modalidades.

Não me refiro aqui ao abismo de cifras, audiência e público presentes nos eventos de futebol em relação aos demais. Mas ao pensamento das empresas na hora de planejar o investimento no esporte. O futebol acaba sugando boa parte da verba que seria destinada ao marketing esportivo.

Um exemplo recente disso é a Panasonic, que anunciou nesta semana um patrocínio a Neymar. Nas palavras de Alessandro Batista, analista de produto da multinacional, a escolha pelo futebol foi motivada pela Copa do Mundo.

"Foi uma escolha estratégica. Optamos por concentrar o investimento nessa campanha, nessa iniciativa e na contratação de um atleta com o peso do Neymar", afirmou em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.

Em tempo: a Panasonic encerrou o investimento num time da Copa Caixa Stock Car para poder centrar o fogo no futebol. E, no esporte, sua participação é tímida, com o patrocínio a um atleta e compra de espaço na mídia.

Sorte dos demais esportes que a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, ao que parece, vai abrir os olhos das empresas para outras modalidades.