Neymar? Não. Paulo Henrique Ganso? Não. O que importa eles serem craques se, conservador e em sua própria opinião leal, Dunga prefere priorizar quem esteve com ele em outros torneios e outros carnavais?
Teimoso, turrão e burocrático, Dunga preferiu deixar de fora em sua convocação, os melhores jogadores do Brasil em atividade, Neymar e Ganso. No resto, poucas surpresas e, pelo menos, uma justiça: a justiça é a ausência de Adriano, dito Imperador, que tem feito do Flamengo a casa da mãe Joana, treinando quando bem entende, sem se importar com a forma física e os quilinhos a mais.
Nada contra os goleiros, pois Júlio César ostenta grande forma, Gomes tem qualidades e Doni, na Roma, deixou de ser aquele goleiro inseguro dos tempos de Corinthians e Santos.
Nas laterais, pela direita é óbvio que deveriam ser chamados Maicon e Daniel Alves, enquanto pela esquerda, em função da carência de talentos, foi razoável chamar o veterano Gilberto e Michel Bastos (Roberto Carlos nem pensar!).
No meio- campo não gosto de Gilberto Silva e nem de Josué. Mas o técnico é Dunga, o que fazer?
E lá vamos nós de Felipe Melo, Júlio Batista e coisa e tal, quando temos por aqui um Paulo Henrique Ganso. Kaká, ah Kaká é Kaká e lá vai ele para a África do Sul com pubalgia e sem reserva à altura. O que fazer, repito, se o técnico é o conservador Dunga?
No ataque, justa a convocação de Luís Fabiano, razoável a de Robinho (tem mais fama do que futebol), boa a de Nilmar e justa a de Grafite, que vem arrebentando no futebol alemão.
Como há quem diga que Deus é brasileiro, quem sabe mesmo assim, a Seleção possa levantar o caneco e Dunga transformar-se no herói do chimarrão e das bombachas?
No futebol, qualquer leigo sabe, tudo é possível.
OS SETE DA FILA DE ESPERA
Como prêmio de consolação, Paulo Henrique Ganso- que deveria estar entre os oficialmente convocados para a Copa- figura na lista de espera da Seleção elaborada por Dunga. Quer dizer... se alguém se machucar, pegar um resfriado forte ou coisa do gênero, o jovem craque terá sua oportunidade. Neymar, nem isso.
Quanto os outros pacientes candidatos da fila, poucas restrições: Ronaldinho Gaúcho, creio, perdeu a explosão e hoje é muito mais uma fantasia do que uma realidade; Alex, do Chelsea, quarto zagueiro que já foi do Santos, tem lá as suas qualidades e chuta forte, Sandro do Inter de Porto Alegre, na minha opinião é melhor do que Gilberto Silva, além de ser mais jovem; Diego Tardelli vem fazendo belos gols pelo Atlético Mineiro e merece ficar esperando: Marcelo, do Real Madrid, é um lateral – esquerdo irregular e até andou jogando na meia, algumas vezes- eu preferiria André Santos, ex- Corinthians; e, finalmente, Carlos Eduardo, que surgiu como grata revelação no Grêmio, faz o que pode pelo alemão Hoffein.
De qualquer maneira, é só uma lista de espera. Como num aeroporto, esperando a desistência de alguém para poder embarcar. E nada mais.
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