Tempo Real

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Santos, bicampeão. E a polêmica Valdívia.

Era para o Santos ter liquidado o jogo no primeiro tempo, tantas foram as chances desperdiçadas. O Corinthians parecia entregue e desarrumado após o gol de Arouca e, dominado, via o adversário perder gols, inclusive numa jogada de Neymar, cara a cara com Júlio César, e um chute maravilhoso de Arouca, cheia de veneno, que bateu na trave esquerda do goleiro corintiano.

No segundo tempo, o Corinthians foi mais para à frente e a tradicional mudança de Tite- Willian no lugar de Dentinho- até que surtiu algum efeito, Mas esse Santos de Muricy aprendeu a se defender e ficou nessa atitude, explorando os contra-ataque. Num deles, Neymar, quase sem ângulo, pela esquerda, chutou fraco. Mas Júlio César não conseguiu segurar.

Parecia tudo terminado. Só que em outra falha do goleiro, desta vez Rafael, do Santos, Morais diminuiu com um chute fraco e tornou o final emocionante.

Mas não tinha jeito. Estava escrito que ganharia o melhor time. E foi: o Santos, mesmo sem Ganso.

VALDÍVIA TEM JEITO?

O que antes se comentava apenas nos bastidores, agora veio à tona. E com força: o próprio presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, declarou ao Jornal da Tarde (e ao Estadão), sua insatisfação com o comportamento do jogador, com suas sucessivas contusões, confessando que nem tem vontade de pagar o que ficou acordado com um banco, na aquisição do jogador, embora vá fazê-lo E diz Tirone, com impostos, são quase 20 milhões de reais...

Ficará só na vontade e, depois, Tirone emitiu nota oficial, no site do clube, com palavras mais otimistas, dizendo, entre outras coisas, que espera contar com Valdívia, que ele se recupere e coisa e tal.

O temor de perder Valdíivia causou revolta na torcida do Palmeiras, carente de ídolos e de títulos. Mas, convenhamos: por mais que se goste do futebol de Valdívia- e me incluo nessa grande maioria- a verdade é que, até agora, ele não foi El Mago e sim uma grande decepção! Jamais vi um jogador se machucar tão sucessivamente, já tornando patética a cena de colocar a mão na coxa esquerda e pedir para sair de campo. Pelo menos, não me lembro.

Em todas as partidas decisivas do Palmeiras, até agora, Valdívia ficou fora de combate: na semifinal para o Goiás, perdida no Pacaembu; na eliminação para o Corinthians, quando ele levou a mão à coxa esquerda, depois de um chute no vácuo, aos 20 minutos do primeiro tempo; na humilhante goleada para o Coritiba, por 6 a 0, que tirou o Palmeiras da Copa do Brasil quando Valdívia, mais uma vez, estava se recuperando de uma lesão.

Tirone tem, então, as suas razões de ter reclamado.

E qual seria, então, a solução? Não sou pela dispensa de Valdívia, penso em recuperação do jogador que encantou a torcida em sua primeira passagem pelo Palmeiras. Deve existir um jeito de colocá-lo nos eixos, de trazer de volta o seu futebol, de alegrar um pouco essa sofrida torcida palmeirense nos últimos tempos.

E isso depende da direção. Mas também da vontade de Valdívia em satisfazer os muitos palmeirenses que vibraram com sua volta.

O Grêmio Itinerante e a gestão esportiva no Brasil

Era Barueri, virou Prudente e agora volta a ser Barueri. A saga do Grêmio que está mais para Itinerante do que para Barueri ou Prudente revela também a essência do que acontece com a gestão esportiva no Brasil. A troca constante de cidade é muito mais uma decisão política do que técnica/comercial. Ela é feita tendo como base favores e interesses de políticos do que o entendimento da gestão de um clube como negócio.

A ideia de migrar um clube de uma cidade para outra parte do modelo americano de olhar o esporte. Até hoje o americano não consegue ver um clube como algo que existe apenas por paixão, mas sim como um negócio que, quando bem administrado, pode gerar lucros milionários. Sendo assim, o dono de um time nos EUA escolhe muitas vezes mudar de região para fazer com que o clube gere lucro para ele. É uma decisão meramente técnica, como modelo de negócio.

O melhor exemplo disso talvez seja o Los Angeles Lakers, um dos mais tradicionais times da NBA, a liga de basquete dos EUA. O nome “Lakers” remonta ao período inicial do time, nos anos 50, quando ele era conhecido como The Lakers, da cidade de Minneapolis, no estado do Minesota. Conhecida como “Região dos 10 mil lagos”, em vez de ganhar o nome da cidade o time ganhou o nome de Lakers, que quer dizer lagos.

Nos anos 60, os donos do time decidiram mudar de cidade. Após um estudo de viabilidade econômica do negócio, transferiram os Lakers para Los Angeles. A história do time atualmente explica o sucesso dessa operação, com o time sendo um dos maiores campeões da NBA e uma das melhores médias de público no ginásios exatamente por conta da carência que a cidade de Los Angeles tinha de uma equipe de basquete.

Não é o caso, porém, do Barueri/Prudente/Itinerante. As mudanças de sede, até agora, foram feitas baseando-se no interesse político de promover uma região. Sem formar vínculos com a cidade em que está localizado, o time não consegue atrair dinheiro. Com isso, o negócio torna-se nômade, já que a única forma de assegurar a existência do clube é tratando de conseguir regalias da esfera pública para que o dinheiro cubra as despesas.

Caso o interesse do time fosse o de dar lucro para os seus donos, sem dúvida que ele apostaria em fixar a sede numa cidade e criar um programa de envolvimento com os moradores locais. Mas, do jeito que está hoje, o negócio não vai para a frente.

É, mal comparando, o que muitas vezes acontece com o vôlei. Em vez de buscar o engajamento da cidade para um clube prosperar, seus executivos correm atrás de um único patrocinador que pague todas as contas. Uma hora esse patrocinador percebe que o custo é muito elevado para um retorno menor do que o esperado, e tira o dinheiro. O clube, sem ter criado qualquer história com a cidade, tem de fechar as portas.

Já passou da hora de o esporte no Brasil olhar para o mercado americano. Enquanto isso, convivemos com os Grêmios Itinerantes da vida.

Djokovic traz a agressividade de volta ao saibro

O que fez Gustavo Kuerten se tornar numa celebridade no mundo do tênis foi o fato de ele ter encerrado longos anos de domínio do estilo regular e paciente sobre o saibro, provando que era possível ganhar os maiores torneios do calendário com um jogo agressivo e ousado.

Isso é exatamente o que assombra e maravilha na nova fase do sérvio Novak Djokovic. O tênis que passou a mostrar no US Open do ano passado, com maior potência no saque e nos golpes de base, determinação de buscar os pontos em detrimento da eterna espera do erro adversário, se firmou até mesmo no piso lento.

Rafael Nadal, o mais perfeito tenista sobre o saibro que se viu desde Bjorn Borg, tinha todas as vantagens na decisão de hoje em Roma. Quadra pesada, clima chuvoso e um adversário teoricamente bem mais cansado, vindo de três horas de batalha física e mental da véspera.

E não ganhou set. De novo, tal qual diante de sua torcida em Madri, Nadal não venceu set de Djokovic em seu habitat natural. Não faltaram pernas, nem o tradicional coração ao sérvio, que foi obviamente mais cauteloso do que uma semana atrás frente a um piso que não permitiria o mesmo grau de risco que taticamente optou à perfeição no saibro espanhol.

Nadal fez seu jogo tão conhecido e não pode alegar que atuou mal. O que faltou acima de tudo foi uma tática diferente. Apostou na regularidade diante do saibro lento e num eventual desgaste do adversário, o que por vezes realmente aconteceu. Mas o espanhol não ousou. O saque funcionou pouco e ele se viu acuado no fundo de quadra, tentando sempre as trocas de bola e o contra-ataque. Correu como louco e lutou muito, mas ficou claro que isso não basta mais para enfrentar o Djokovic de hoje.

Com quatro vitórias consecutivas e em finais de nível Masters sobre Nadal, em duas quadras diferentes, não há mais qualquer discussão sobre quem é o melhor tenista em atividade. Resta o ranking reconhecer isso, o que parece inevitável acontecer em Roland Garros.

Conforme explica o texto de TenisBrasil, Nadal perderá o posto mesmo se for vice em Paris e Nole cair na primeira rodada, por uma questão matemática. Mera formalidade.

Recorde de ultrapassagens na F-1 cria dilema e divide pilotos

Já era previsto que as mudanças de regras na Fórmula 1 aumentariam o número de ultrapassagens na temporada de 2011. Mas se trata de algo sem precedentes. Em quatro corridas, houve 296 trocas de posição, sem contar as movimentações de pit stop. Tanta agitação vem gerando atrito entre os próprios pilotos e pondo em dúvida a estratégia comercial da fabricante de pneus.
AS MAIORES MÉDIAS DE ULTRAPASSAGEM NA F-1
2011 74 por GP
1984 43,2 por GP
1983 41,5 por GP
AS MENORES MÉDIAS
2005 9,9 por GP
2001 9,9 por GP
2009 10,4 por GP
Fonte: Clip the Apex. Dados coletados a partir de 1982.

Afinal, as ultrapassagens dispararam graças aos novos compostos da Pirelli, que, a pedido da categoria, fez pneus menos resistentes para deixar as corridas mais emocionantes. A estratégia deu certo. Mas os detritos de borracha espalhados pelas pistas entregam uma imagem de fragilidade, contrária aos interesses comerciais da fabricante.

Especialmente no GP da Malásia, as bolas de borracha na pista chamaram a atenção, o que levou a Pirelli a se explicar: “Estes detritos de pneus sempre existiram na F-1, mas as características dos novos compostos da Pirelli deixam pedaços maiores e mais macios. Estamos procurando maneiras para diminuir, mas é um produto inevitável da degradação e os detritos não deixam os competidores ou espectadores em perigo”.

Fato é que essa alta degradação ajudou a Fórmula 1 a registrar um novo recorde. No GP da Turquia, as 126 ultrapassagens foram o maior número registrado em uma corrida. Além disso, o número absoluto de manobras das últimas quatro provas já é maior que o da temporada inteira de 1994.

Segundo os dados do site Clip The Apex, a média de 74 ultrapassagens por prova vai fazer a temporada de 2011 superar a de 1984, até então a mais movimentada, com 666 manobras. O levantamento considera todos os campeonatos desde 1982.

Para Fernando Alonso, a asa traseira móvel que pode ser acionada nas zonas de ultrapassagens pode ter ajudado a elevar esses números, mas a principal explicação ainda é outra: “As ultrapassagens que eu vi foram mais pela diferença de desempenho dos pneus”, comentou o espanhol.

Já o alemão Adrian Sutil, da Force India, percebeu a diferença da asa móvel e criticou a banalização das manobras: “É um pouco artificial sim. Tive duas chances de ultrapassar na corrida usando a asa móvel e foi fácil demais, os carros à frente nem se defenderam. Isso não leva a nada”.

O pior é que o aumento das ultrapassagens não só deixou alguns pilotos insatisfeitos, como também atiçou algumas rivalidades, até mesmo internas. Tudo depois das acirradas disputas por posição no GP da Turquia.

Sérgio Perez saiu dizendo que foi uma “vergonha” o que fez Pastor Maldonado na primeira volta na Turquia. As disputas por posições motivaram rusgas até entre companheiros. Heidfeld não gostou de ter sido tocado pela Renault de Petrov e disse: “Não foi legal, isso não devia acontecer”.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma questão de poupança

Ganso não deve jogar durante um mês. A notícia serviu para os alertas de tsunami invadirem a Vila Belmiro nesta segunda-feira. A gritaria geral é com relação à presença não apenas do camisa 10, mas também de outros astros como Neymar e Elano, no primeiro jogo decisivo do Campeonato Paulista, neste último domingo.

Aconteceu com Ganso, como poderia ter sido com Pará, Liedson, Bruno César ou qualquer um dos 28 jogadores que estiveram em campo na primeira final do torneio. Mas tinha que acontecer justamente com um dos dois principais jogadores santistas, time que na quarta-feira tem duelo de quartas-de-final da Copa Libertadores.

É a Lei de Murphy, só pode ser!

Mas é, também, uma questão que vai muito além do que tentam supor a mídia e muitos torcedores. No final das contas, tudo é uma questão de poupança.

A presença do Santos na final do Paulista e nas quartas da Libertadores mostra que o time tem condições de, porque não, tentar os dois títulos. Mais do que isso, tem jogadores capacitados para tal função e, ainda além, tem motivos financeiros para buscar a vitória dupla.

O título estadual pode render, apenas com a premiação da Federação Paulista, mais de R$ 10 milhões para o Santos. Isso sem falar nos bônus dados pelos patrocinadores e na própria arrecadação com outras iniciativas de marketing relacionadas à conquista.

A conquista da Libertadores rende praticamente a metade desse valor em premiação, mas obviamente acrescenta ainda mais bônus de patrocinadores, a chance de iniciativas de marketing serem ainda mais lucrativas e uma receita maior ainda por conta da disputa do Mundial de Clubes ao final da temporada.

Ou seja, não existe decisão fácil que leve à priorização de um campeonato. Simplesmente não dá para um dirigente, um treinador e o próprio atleta abrir mão das premiações de uma competição para dar vazão unicamente a uma delas.

Curiosamente, no ano passado não se discutia a necessidade de o Santos priorizar a Copa do Brasil e abdicar da conquista paulista. No fundo, no fundo, tudo é uma questão de poupança. No caso, de milhões de reais a mais que entram para os cofres dos clubes.

E, pensando friamente, como torcedor, jogador, treinador ou diretor, você também acreditaria que é possível ganhar tudo, não é mesmo?

As Traves deixam Corinthians e Santos sem gol

Neymar carimbou as traves duas vezes, Liedson uma. Não acertar o gol está longe de ser virtude, mas, pelo menos, prova de que houve chance de tirar do zero a zero este primeiro jogo das finais entre Corinthians e Santos, no Pacaembu, deixando totalmente para a Vila Belmiro, no próximo domingo, a decisão do Campeonato Paulista.


Num ponto o Santos levou a pior, ao perder Paulo Henrique Ganso, seu maestro, por problema muscular. Ele, inclusive, já está vetado do jogo do meio da semana, pela Libertadores, contra o Once Caldas- a equipe colombiana que acabou de eliminar o Cruzeiro fora de casa- e dificilmente poderá enfrentar o Corinthians na Vila. E O Santos sem Paulo Henrique Ganso, todos sabem, perde muito em qualidade.


Assim, vamos por partes:


1- O empate do Pacaembu: pareceu-me justo, em partida equilibrada e sem grandes luxos ou firulas. Foi jogo tenso. Só que o zero a zero não refletiu o empenho dos ataques, não só pelas bolas nas traves, como também em outras oportunidades como, por exemplo, a jogada em que Bruno César foi driblando a defesa santista e só pecou na hora do chute, que saiu alto demais. Um clássico, digamos, nota 6,5.


2- O futuro na Vila: Não sei até que ponto jogar na Vila Belmiro, lotada por santista, será vantagem para o Santos: seu futebol é alegre, precisa de espaço para o toque de bola em profundidade, para os dribles largos. E tão importante quanto a possível ausência de Ganso, é essa maratona do Santos, tendo agora pela frente uma longa viagem para a Colômbia e, depois, pouco tempo para recuperar e treinar seus jogadores. Não é confortável a situação da equipe de Muricy Ramalho.


Por sua vez, embora tenha menos talentos do que o adversário e jogue fora de casa, o Corinthians poderá treinar toda a semana, não terá problemas com viagem e, na teoria, estará mais inteiro para a decisão. Na teoria, eu disse, pois que, na prática, o futebol vive de superações e muito do estado de espírito de cada equipe.


Assim, não me arrisco a dar palpite. Tudo está indefinido. E acho que nem o saudoso Polvo Paul escolheria o favorito.

Corinthians e Santos, sem clima de decisão

Eu deixei o Pacaembu com a sensação de não ter visto a disputa de um jogo decisivo. O clima dentro de campo não lembrou em nada o de uma final de campeonato. Não, mesmo. Parece que o Datena passou pelo estádio e ¨congelou¨ todo mundo.

Os dois times apostaram na marcação mais firme, sem complicações defensivas e, consequentemente, criaram poucas emoções no ataque. Três bolas na trave, alguém vai retrucar, mas é daí?! Como diz a canção, bola na trave não altera o placar.

Se taticamente o jogo foi interessante, técnica e plasticamente me decepcionou.

Esperava mais dos dois times, de PH Ganso, Bruno César e Liédson. Dentinho e Jorge Henrique estiveram longe dos bons momentos. Neymar foi o melhor mas não fez o suficiente para mudar a história do confronto.

Esperemos o segundo e decisivo encontro no próximo domingo. Que a Vila inspire os times e técnicos. Corinthians e Santos ficaram em débito com o bom futebol.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Aí vem Luís Fabiano. E o que há com Valdívia?

E eis que o centroavante dos sonhos da torcida do São Paulo, Luís Fabiano, diz que vai fazer a sua estreia (ou reestreia), como queiram. Luís Fabiano, ou “O Fabuloso” segundo os torcedores mais apaixonados, confessa que ainda sente algumas dores e que não está cem por cento, mas que é capaz de suportar boa parte do jogo.

O jogo é contra o Avaí, nesta quarta, pela Copa do Brasil. Mas a presença do centroavante serve, principalmente, para dar um pouco mais de ânimo à torcida tricolor, decepcionada pela eliminação no Campeonato Paulista, diante do Santos. Alguns gols foram desperdiçados pelo São Paulo no primeiro tempo, o que não é nenhuma virtude, ao contrário do que dizem alguns sobre o que “o importante é criar”.

Não, não concordo. Criar é importante, sim, mas aproveitar as chances de gol é fundamental, é coisa de quem tem a manha de ser decisivo. E fazer gols sempre foi a marca de Luís Fabiano, artilheiro de ofício, goleador por vocação.

VALDÍVIA VETADO. OUTRA VEZ

Parece um pesadelo sem fim: vira-e-mexe, quase sempre em lances banais, Valdívia puxa a perna esquerda, sai do jogo e desfalca o Palmeiras. Desta vez, foi contra o Corinthians, após um chute no vácuo- como costuma fazer- aos 20 minutos do primeiro tempo, quando vinha jogando bem e lá vai El Mago ficar fora do time de novo, agora o embalado Coritiba pela Copa do Brasil.

E leio que a ausência de Valdívia, nesta nova etapa, pode ser de, no mínimo, 15 dias- e que, desta vez, a lesão não foi no local da fibrose, e sim no músculo posterior da coxa esquerda, O que faz todos indagarem o que de fato acontece com os músculos de Valdívia- sem nenhuma responsabilidade para os médicos que o cuidam-, pois toda vez que parece que vai entrar em sua forma que o fez ídolo, o chileno tem uma lesão.

Há quem diga que por ter passado dois anos no Al Ain, treinando pouco, Valdívia ainda vai levar um bom tempo para se readaptar ao futebol competitivo e de muitos treinamentos. Pode ser.

Só que, como leigo, já perdi a conta que, em sua volta, Valdívia já desfalcou o Palmeiras em momentos importantes.

Como este, por exemplo.

Força do futebol assusta mercado dos EUA

A força dos clubes de futebol tem assustado o mercado americano. Há uma semana, o “Sport Business Journal”, principal veículo sobre negócios do esporte dos EUA, publicou uma reportagem sobre a presença dos clubes de futebol nas redes sociais. O resultado, segundo a publicação, é alarmante: das cinco marcas ligadas a esporte e que tem o maior número de seguidores, quatro são clubes de futebol. O levantamento tinha como universo a soma de seguidores dos clubes no Facebook e no Twitter.

Na lista apresentada pelo “SBJ”, os cinco primeiros clubes mais populares nas redes sociais são os seguintes:

1. Barcelona (13,5 milhões de seguidores)
2. Real Madrid (13,2 milhões de seguidores)
3. Manchester United (12,1 milhões de seguidores)
4. Los Angeles Lakers (9,5 milhões de seguidores)
5. Arsenal (5,9 milhões de seguidores)

O resultado, na visão americana, mostra uma preocupação para o negócio dos outros esportes. O futebol, segundo eles, tem tomado conta do mercado mundial, ao passo que os times americanos, independentemente de qual esporte represente, continuam com atuação restrita aos Estados Unidos.

Esse é um ponto crucial e um dilema que os americanos terão pela frente nos próximos anos. Com a retração do mercado dos EUA, é fundamental para o crescimento dos times de lá a busca de novos torcedores. Com menos dinheiro para gastar desde a crise, o americano tem cortado os investimentos em esporte. O crescimento da audiência de TV no esporte e a queda da presença de público nos estádios e ginásios são um reflexo disso. Sem tanta verba, o torcedor prefere acompanhar de casa o esporte a ir ao evento.

Com isso, é fundamental que o esporte vá para outras regiões do planeta, em busca de dinheiro novo, especialmente dos mercados da China, da Índia e do Brasil, os três mais cobiçados na atualidade. Mas, aí, o problema para o americano é que em sua maioria esses países já estão tomado pelos clubes de futebol, especialmente os da Europa.

“Se tem algo que temos de aprender com o que tem acontecido lá fora, é que esses times de futebol são hoje marcas globais”, resumiu o vice-presidente da área digital da NBA, Bryan Perez, na reportagem do SBJ.

Sim, dentre a mais de uma centena de funcionários que a liga de basquete dos EUA têm, um é responsável por olhar a área de ações digitais. Prova de que o modelo americano de gerenciar o esporte está anos-luz à frente do restante do planeta. Mas, agora, o americano percebeu que não adianta mais olhar apenas para o próprio umbigo.

Enquanto isso, no Brasil, os clubes, salvo raríssimas exceções, seguem considerando que globalização significa, simplesmente, jogar o Mundial de Clubes no final do ano…

Por abertura, Prefeitura pode bancar ampliação provisória do Itaquerão

A Fifa já aprovou a ampliação provisória do futuro estádio do Corinthians visando a abertura da Copa de 2014. Falta definir quem pagará a conta. E a prefeitura de São Paulo estuda arcar com os gastos.

Na administração municipal, a operação é vista como um investimento para a cidade. E não como um aporte de verba num bem privado. Isso porque a abertura geraria mais receitas para São Paulo. Ao mesmo tempo, a arquibancada provisória seria retirada depois da Copa.

A prefeitura ainda não sabe quanto gastaria. Mas, se assumir a responsabilidade terá também que cuidar da estrutura na área provisória. Serão necessários banheiros e lanchonetes temporários. Estudos sobre as opções de arquibancadas disponíveis no mercado estão sendo feitos pela prefeitura.

Para atender à Fifa, a estrutura não pode ser tubular. Deve ser usado um modelo metálico. Outra exigência é que seja imperceptível a diferença entre a área temporária e a definitiva.

Uma estrutura provisória também foi sugerida pelo São Paulo para transformar o Morumbi em abertura da Copa. Ela levaria o anel intermediário do estádio até perto do gramado. A área inferior, repleta de camarotes, seria anulada durante a Copa.

Na ocasião, porém, a Fifa não aprovou a solução. Alegou que teve experiências negativas com esse tipo de estrutura. Mas na Cidade do Cabo, na Copa da África, uma arquibancada removível foi usada sem problemas. A federação elogiou a iniciativa corintiana. Disse ser melhor do que construir uma arena maior do que o necessário para atender à demanda da cidade.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Na polêmica do jogo e na Angústia dos pênaltis, o Corinthians é finalista.

O que vai contar é o seguinte: o Corinthians vai enfrentar o Santos em duas partidas na decisão do título de campeão paulista.

Os detalhes, as nuances e a polêmica do clássico diante do Palmeiras ficam no passado, como retratos na parede ou jornais velhos, cabendo ao Palmeiras os lamentos de ter enfrentado o rival no mínimo de igual para igual, mesmo com dez jogadores, depois da expulsão de Danilo, e com tudo o que de mais lhe aconteceu: a contusão de Valdívia, logo aos 20 minutos do primeiro tempo, por ironia após um chute no vácuo: a expulsão de Felipão; a contusão do lateral- direito Cicinho... É muita coisa.

Bem, no entanto, mesmo sem jogar bem e sem aproveitar a vantagem e um jogador a mais, quem venceu foi o Corinthians. Venceu na decisão por pênaltis (6 a 5), é verdade, na defesa de Júlio César na cobrança ruim de João Vítor (que entrara no lugar de Cicinho) para o peruano Ramirez, em seguida, consumar a vitória, já na série de cobranças alternadas. Foi raro, na série normal, de cinco pênaltis cada, todos os cobradores acertaram.

Foi justo? Neste caso foi, pois Júlio César defendeu um pênalti e Deola, nenhum.

Quanto ao jogo em si, empate de 1 a 1, dois gols vindos de cobranças de escanteios- Leandro Amaro para o Palmeiras, Willian para o Corinthians-, a partida foi truncada, com muitas faltas e discussões. Os nervos tomaram o lugar da arte. O Palmeiras pareceu ligeiramente melhor, só que a culpa de jogar com um homem a menos, cabe muito mais a Danilo do que ao árbitro Paulo César de Oliveira: o carrinho do zagueiro em Liedson foi desnecessário, imprudente, violento.

A polêmica está se o árbitro deveria também ter dado o cartão vermelho para Liedson, que entrou com o pé alto nessa jogada. Mas Danilo estava no chão e não quis Liedson apenas se proteger do carrinho perigosíssimo do jogador do Palmeiras?

São polêmicas. Que já ficam no passado. O Palmeiras foi valente, o Corinthians se classificou.

E é a classificação que vai contar quando o Corinthians enfrentar o Santos pelo título de campeão. Assim é o futebol.

O melhor gol colorado

O melhor gol anotado pelo Inter fora de casa na partida contra o Peñarol foi antes do jogo. Um anúncio no diário “El País”, do Uruguai, exaltava o jogo que seria realizado nesta quinta-feira e que terminou empatado em 1 a 1.

No anúncio (a foto abaixo, publicada no site do Inter, mostra a peça veiculada no jornal uruguaio), o Inter parabenizava o adversário e lembrava da grande história de ambos. Dizia, ainda, que aguardava o time do Peñarol com todo o respeito na partida de volta, na quarta-feira que vem.

A ação ajuda a colocar a marca do Inter no mercado uruguaio, além de criar uma empatia com o torcedor do Peñarol. A peça, criada pela agência de publicidade que atende o clube gaúcho, tem tudo para virar case para o futebol. Rivalidade boa é aquela em que há respeito entre os torcedores.

Quem aproveitou e pegou carona na ação foi a Reebok, fornecedora de material esportivo do Inter. A empresa, também de olho no mercado do Cone Sul, deu a sua “assinatura” para a publicidade.

Algo mudará na F1 ?

Passei alguns dias em Maranello falando com muita gente, técnicos, críticos e jornalistas, até mesmo alguns torcedores e conseguí tirar algumas conclusões. Umas contingentes, outras definitivas, todas, para minha forma de pensar, muito interessantes. Embora algumas queira mante-las para mim, já que não desejo provocar polêmicas que possam envolver profundos conhecimentos tecnológicos, especialmente no setor da fluidodinâmica. Assim, por exemplo, não vou entrar no merito da qualidade de um tunel de vento, após ter lido, por parte de alguns críticos, julgamentos que beiram o ridículo.
Isto posto, ficou-me a idéia de que o projeto da atual Ferrari tem pontos positivos e pontos negativos. Nos negativos a idéia, oriunda dos resultados do tunel de vento, de que o carro tinha uma downforce superior à real. O que originou, entre outras coisas, uma tendência à saida de frente que diminui a velocidade em curva, sobretudo na fase de saida, e determina um gasto de pneus mais elevado. Nos pontos positivos uma elevada confiabilidade e a possibilidade de introduzir interessantes modificações no projeto original sem ter que refazer todo o carro.
A isto tudo se soma a tática da mureta de box, que torna os responsáveis geniais quando acertam e bestiais quando erram…isto, naturalmente com a definição, como se diz aqui na Italia, com o “senno di poi”, isto é sabendo já o que aconteceu.
O GP da Turquia, como senti conversando com Alonso 4.a feira passada no restaurante “Montana”, apos te-lo encontrado pela manhã na fábrica, vai, de toda forma, fornecer interessantes indicações em relação ao futuro deste campeonato. Um futuro em que, em minha opinião, o melhor carro pode continuar sendo a Red Bull de Newey, muito mais do que a Red Bull de Vettel e Webber. Isto no sentido de que na equação carro/piloto, o carro ainda vale bem mais…