Era para o Santos ter liquidado o jogo no primeiro tempo, tantas foram as chances desperdiçadas. O Corinthians parecia entregue e desarrumado após o gol de Arouca e, dominado, via o adversário perder gols, inclusive numa jogada de Neymar, cara a cara com Júlio César, e um chute maravilhoso de Arouca, cheia de veneno, que bateu na trave esquerda do goleiro corintiano.
No segundo tempo, o Corinthians foi mais para à frente e a tradicional mudança de Tite- Willian no lugar de Dentinho- até que surtiu algum efeito, Mas esse Santos de Muricy aprendeu a se defender e ficou nessa atitude, explorando os contra-ataque. Num deles, Neymar, quase sem ângulo, pela esquerda, chutou fraco. Mas Júlio César não conseguiu segurar.
Parecia tudo terminado. Só que em outra falha do goleiro, desta vez Rafael, do Santos, Morais diminuiu com um chute fraco e tornou o final emocionante.
Mas não tinha jeito. Estava escrito que ganharia o melhor time. E foi: o Santos, mesmo sem Ganso.
VALDÍVIA TEM JEITO?
O que antes se comentava apenas nos bastidores, agora veio à tona. E com força: o próprio presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, declarou ao Jornal da Tarde (e ao Estadão), sua insatisfação com o comportamento do jogador, com suas sucessivas contusões, confessando que nem tem vontade de pagar o que ficou acordado com um banco, na aquisição do jogador, embora vá fazê-lo E diz Tirone, com impostos, são quase 20 milhões de reais...
Ficará só na vontade e, depois, Tirone emitiu nota oficial, no site do clube, com palavras mais otimistas, dizendo, entre outras coisas, que espera contar com Valdívia, que ele se recupere e coisa e tal.
O temor de perder Valdíivia causou revolta na torcida do Palmeiras, carente de ídolos e de títulos. Mas, convenhamos: por mais que se goste do futebol de Valdívia- e me incluo nessa grande maioria- a verdade é que, até agora, ele não foi El Mago e sim uma grande decepção! Jamais vi um jogador se machucar tão sucessivamente, já tornando patética a cena de colocar a mão na coxa esquerda e pedir para sair de campo. Pelo menos, não me lembro.
Em todas as partidas decisivas do Palmeiras, até agora, Valdívia ficou fora de combate: na semifinal para o Goiás, perdida no Pacaembu; na eliminação para o Corinthians, quando ele levou a mão à coxa esquerda, depois de um chute no vácuo, aos 20 minutos do primeiro tempo; na humilhante goleada para o Coritiba, por 6 a 0, que tirou o Palmeiras da Copa do Brasil quando Valdívia, mais uma vez, estava se recuperando de uma lesão.
Tirone tem, então, as suas razões de ter reclamado.
E qual seria, então, a solução? Não sou pela dispensa de Valdívia, penso em recuperação do jogador que encantou a torcida em sua primeira passagem pelo Palmeiras. Deve existir um jeito de colocá-lo nos eixos, de trazer de volta o seu futebol, de alegrar um pouco essa sofrida torcida palmeirense nos últimos tempos.
E isso depende da direção. Mas também da vontade de Valdívia em satisfazer os muitos palmeirenses que vibraram com sua volta.
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