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terça-feira, 27 de abril de 2010

Perigo para o Corinthians: o Fla reage. E salvem o Palmeiras!

Estou gostando da maneira firme e correta da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. Embora apaixonada pelo clube, não admite que a instituição Flamengo se submeta aos caprichos de jogador algum, seja Adriano ou Vagner Love, adotando como norma a disciplina que sempre teve nos tempos em que era nadadora campeã.

Ora, além da omissão do técnico Andrade, lá vinha o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, a declarar aos quatro ventos que “no Flamengo só tinha dois jogadores com regalias: Adriano e Vagner Love”. Santa ingenuidade. Como é que se sentiriam os outros? Braz, provavelmente, jamais ouviu falar em sinergia. Só pode.

Bem, movido talvez pelo alerta de Patrícia Amorim, Love, que faltara a um treino, foi treinar sozinho para descontar a ausência. Não fez nada mais do que a obrigação. O Flamengo é grande, já foi campeão do mundo e jamais teve vocação para bagunça ou para ser a casa da Mãe Joana.

E graças ao pulso firme da presidente, o Fla voltou a treinar sério, não houve mais a batucada do amor e transformou-se em adversário temível para o Corinthians no grande jogo desta quarta-feira.

Aliás, até a noite desta segunda-feira, quase 50 mil ingressos já tinham sido vendidos. O que significa casa cheia para o duelo dos times que possuem as maiores torcidas do Brasil.


SALVEM O PALMEIRAS!

Já que o departamento de marketing do Palmeiras não funciona mesmo - e o diário de esportes Lance - traduz, em números, o que eu, por coincidência disse no programa No Pique, o que fazer? Deixar morrer um gigante por falta de avantis vendidos ou por falta de público nos estádios?

Os números são alarmantes: foram vendidos 1.937 programas de sócio torcedor, em seis meses. Meu Deus, que fracasso! A média de público caiu para cerca de 8 mil pessoas, inferior ao público que, em 1949, quando a cidade não chegava a 3 milhões de habitantes, Jair Rosa Pinto fez seu primeiro treino no Pameiras.

Quanto ao marketing, já dei minha opinião, e como sei lá que providencias o presidente Beluzzo está tomando (se é que está), chamo a atenção da torcida para um detalhe: o Palmeiras contratou Vítor, Léo, Marcos Assunção, Lincoln - entre outros - e está, eu sei, interessado em Valdívia, Deivid ou Ernesto Farias (pessoalmente prefiro Farias, argentino, de arremate sutil e, embora dono de outro estilo, puxa a minha memória para Artime - grande goleador palestrino).

Assim, creio que a torcida está sendo injusta com o Palmeiras. No domingo a noite, conversando com Luís Paulo Rosemberg, que conseguiu para o Corinthians o quarto maior patrocínio do mundo, ele me disse que “A Fiel é que tem os méritos”.

Foi elegante, mas pergunto: é preciso ter os craques de um Real Madri para a torcida mostrar seu amor pelo clube, salvando-o das dificuldades financeiras? Isso é ser palestrino? Sinto muito, não é só o clube que corre perigo; o que é mais delicado, está se perdendo o espírito de ser palestrino, o que é mais grave do que as deficiências do markerting ou as falhas de uma parceria que está longe do ideal.

Tomara que eu esteja enganado. Mas não sei, não.

Afinal, é jornalismo ou entretenimento?

A pergunta é, a cada dia, mais recorrente nas redações esportivas do país. Afinal, quando se fala sobre esporte tratamos de jornalismo na essência ou de um entretenimento? Qual é a função do jornalista que hoje trabalha com o esporte?

Ao longo dos anos, o futebol foi tratado tão a sério nas mesas-redondas e redações que, ao que tudo indica, a fórmula se esgotou. Ninguém mais aguenta o excesso de informações que permeiam o meio futebolístico. Sabemos, pelos mais diferentes meios, absolutamente tudo o que acontece dentro de um clube, uma competição, na casa de um jogador...

Nesse contexto, o comentarista “sério”, que tenta informar e comentar a informação, tem caído cada vez mais em descrédito, especialmente entre os jovens. De que adianta ele fazer essa pose toda séria se já sabemos o que vai falar? Se a opinião dele não deixa de ser uma mera opinião, sem embasamento teórico, sem conhecimento técnico, sem nada além do que aquilo que o torcedor já sabe, ou pelo menos está acostumado a saber...

Dentro dessa realidade, o ano de 2010 pode significar uma pequena quebra de paradigma em relação à importância do jornalista de esporte enquanto jornalista de informação, de apuração de notícias. O espaço para uma “bomba” é cada vez menor. Mais do que isso, o que o torcedor quer é ver o atleta como centro do espetáculo, seja dentro de campo, seja depois, na hora do programa de TV.

Acabou essa história de que a informação do jornalista é preciosa. O que se quer consumir é uma maneira diferente de jornalismo, muito mais voltado para o espetáculo do que para a seriedade.

Para ajudar aqueles que já começam a despontar com esse tipo de jornalismo (o Globo Esporte, com Thiago Leifert no comando, evidenciou essa nova alternativa para se falar de esportes no Brasil), está aí um time como o do Santos, em que a prioridade é o gracejo em vez do futebol de resultados.

O ano de 2010 poderá ser emblemático em relação à transformação do jornalismo de esporte, na sua essência, num espetáculo de entretenimento, muito mais do que na sisuda mesa-redonda. E o time do Santos é a válvula de escape para que essa fórmula funcione.

Como mudar a gestão do futebol

A pergunta, muitas vezes, é feita durante cursos, palestras e aulas que participo. Não tem resposta fechada, é claro. Afinal, hoje o Real Madrid talvez seja o clube mais bem gerenciado fora das quatro linhas e um desastre dentro delas. Já o Barcelona e o Manchester United, apontados como modelo de gestão dentro e fora do campo, possuem modelos completamente diferentes de gestão.

Um passo que vejo como essencial para a mudança de rumos na gestão do futebol é a profissionalização de quem trabalha dentro dos clubes. Não é preciso criar uma empresa para gerenciar um clube, desde que se implemente uma visão empresarial dentro dele, com o estabelecimento e cumprimento de metas.

Isso implica, necessariamente, na contratação de pessoas que estejam no mercado. Um exemplo recente é o do Figueirense, que contratou Nelson Galvão Junior para comandar seu departamento de marketing. Galvão era do marketing da Cimed, empresa farmacêutica. A visão de um profissional como ele é totalmente distinta daquela que permeia a maioria dos executivos de marketing dos clubes brasileiros.

Para entender um pouco mais do que se trata, leia a entrevista com Galvão Junior, publicada sexta-feira na Máquina do Esporte.

domingo, 25 de abril de 2010

O Palmeiras quer Deivid. E o Flamengo, a batucada do amor.

São assuntos totalmente distintos, eu sei. Mas futebol é futebol e notícia é notícia - esta, aprendi, não se segura de jeito nenhum. Assim, começando pelo Palmeiras, pois foram muitas as perguntas que estou a receber com a preocupação palestrina em ter um novo centroavante para o Campeonato Brasileiro, respondo, baseado em fonte seguríssima: o alvo do Palmeiras para o segundo semestre se chama Deivid, do Fenerbace, o mesmo que já atuou pelo Corinthians e pelo Santos.

Mas como o negócio ainda não está fechado, encontrando-se em estágio de sondagens e de boa possibilidade, existe um Plano B - e até outros planos, numa posição difícil de se encontrar o homem certo - ah, neste segundo plano, surge novamente com força o nome do argentino Ernesto Farias. Segundo a informação um amigo português, Ernesto Faria foi o grande jogador do Porto na vitória de domingo passado. Logo, está em atividade.

Ainda falando de Palmeiras, exalta-se nos bastidores a atuação de Lincoln, assim como causa preocupação tanto a atual fase de Diego Souza - que será negociado em agosto - como a de Pierre, guerreiro sim, idolatrado por parte da torcida, mas que nos últimos tempos comete muitas faltas, além de sua tradicional deficiência de sair jogando, de dar um drible ou um passe certeiro.

Meu bom Pierre, depois da Copa do Brasil, não sei não.


A BATUCADA DO AMOR

Acostumada à disciplina de seus tempos de exímia nadadora, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, não está pra brincadeiras. Fez uma limpeza na Comissão Técnica, convidou Zico para dirigir o futebol do Flamengo (o Galinho não aceitou) com poderes até para escolher o novo técnico (que não será Joel Santana, que recusou o convite). Quem não gostou nada do que aconteceu foi o grupo de jogadores do Fla: houve até batucada de protesto. Não pense o amigo que é por puro amor a Andrade, o boa-praça demitido. Não. É que agora quem chegar, vai querer mostrar serviço, terá de ser mais enérgico e não admitirá falta aos treinos por qualquer motivo. Alguns até sem motivo nenhum.

E isso, para o que protestam com a batucada do amor, é chato. Muito chato...



ZEBRAS ACONTECEM. MAS NÃO COM ESTE SANTOS

Em futebol, não se canta vitória antes da hora. Registram-se na história desse esporte grandes zebras. Aliás, muitas zebras. Para não ir muito longe, vou recordar apenas uma delas, pelo Paulistão. Depois de vencer o Corinthians por 3 a 0, o Palmeiras enfrentou a Inter de Limeira, confronto de dois jogos: empatou a primeira partida, zero a zero diante de mais de 100 mil pessoas. Ah, mas na quarta-feira, à noite, o time que tinha Jorginho, Éder, Mirandinha, Edmar, Edu Manga, etc, iria arrasar, pois não?

Arrasou uma ova! Perdeu o jogo (2 a1) e o título: Inter de Limeira, campeã paulista. E jogando com Silas, João Luís, Juarez, Bolívar e Pecos; Gilberto Costa, Manguinha, João Batista e Lê; Tato e Kita - nenhum grande craque, todos jogadores médios, se bem que não tinha a Inter nenhum Denis, lateral-esquerdo do Palmeiras de triste memória.

Esse jogo comentei normalmente pela Gazeta. Mas, ao chegar em casa, vi meu filho chorando, a perguntar: “Pai, o que aconteceu?

-“Não sei filho, não sei. Futebol é assim”.

Mas não será assim com o Santos, mais do que favorito diante do Santo André e nas duas partidas a serem realizadas no Pacaembu. Não há zebra que contenha Neymar, Paulo Henrique Ganso, Robinho, Marquinhos e toda a massa santista que, na Capital, é enorme.

Dá Santos. Na cabeça!



NO PIQUE

E convido todos os amigos a acompanharem neste domingo, às 21h30, pela CNT (canais 12 da Net e 26 UHF), o programa “No Pique”, que tenho o prazer de apresentar. Neste domigo, presenças já confirmadas de Luís Paulo Rosemberg (o homem que conseguiu para o Corinthians um dos maiores patrocínios do Mundo), Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, talvez Juca Chaves - o Menestrel Maldito, (tricolor desde criancinha) e outros importantes personagens. Além, é claro, de tudo sobre Santos e Santo André e de revelações de bastidores.

Um abração. E até lá.

A "incrível" repercussão das figurinhas da Copa

Sim, estou com certa defasagem nos comentários aqui no blog. Correria pré-Copa, mas ainda dá tempo de falar de algo curioso que aconteceu com relação ao estrondoso sucesso do álbum de figurinhas da Copa do Mundo. O reflexo mais evidente disso esteve na tarde desta quinta-feira na capa do UOL. Uma matéria sobre o roubo de um carregamento de pacotes de figurinhas do Mundial!!!

Pode parecer o cúmulo da inutilidade roubar figurinhas. Só que isso revela uma realidade ainda mais evidente de como existe mercado para o futebol no Brasil.

Antes do roubo dos pacotes, as notícias eram sobre a escassez tanto do álbum quanto dos pacotinhos para serem comercializados em bancas e livrarias. Falta de planejamento da Panini em relação às vendas ou, de fato, uma outra realidade no consumo de futebol no país?

Cada vez mais é evidente que o público brasileiro tem se acostumado a consumir futebol. O torcedor entende, a cada dia, que ele é parte importante da indústria. E, mais do que isso, a indústria percebe que é possível ganhar dinheiro com a venda de produtos ligados ao esporte número 1 na preferência do público.

Um dos reflexos disso é o crescimento do mercado de produtos licenciados. Antes, eles se resumiam a "chaveiros, bolas, bonés". Hoje, até arroz licenciado do clube existe. E vende!

Com a Copa do Mundo de 2014 no horizonte, é possível que tenhamos um aumento substancial na criação de produtos com a temática do futebol. O movimento será gigantesco em torno do esporte. Muitos vão quebrar a cara e, provavelmente, a empresa. Só que muitos outros conseguirão receitas consideráveis ao custo de muito trabalho e, principalmente, de uma estratégia eficiente de lançamento de produtos.

Essa foi a falha, se é assim que podemos dizer, da Panini. Ela se baseou nas Copas anteriores para fazer o lançamento do álbum de 2010. Até o Mundial da Alemanha, a economia nacional estava num patamar abaixo do atual e, mais do que isso, o histórico de venda de produtos ligados ao futebol era praticamente insignificante. Há décadas como produtora do álbum oficial de Copas do Mundo, a empresa se esqueceu de olhar mais para dentro.

Mas o sucesso absurdo do álbum é um belo sinal de luz verde para quem deseja trabalhar no mercado de licenciamento esportivo no Brasil. Só que toda euforia deve ser contida. Do contrário, será uma roubada investir em futebol no país.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mano Menezes pode estar com os dias contados no Corinthians

A fonte dessa informação não é anônima: tem nome e sobrenome, curte o Corinthians com fanatismo e tem ótimas informações colhidas nos bastidores do clube. Trata-se de José Gonçalves, advogado, ex-dono de um dos points mais badalados da cidade nos anos 90, o Baluarte, que reunia jogadores de futebol, cantores, jornalistas, muita gente e muita alegria.Eu o freqüentava quase todas as noites.



José Gonçalves, o meu amigo Zé, era capaz de ficar rouco pelo Timão. E, no domingo à noite, no ar, ao vivo, no programa “No Pique” da CNT, foi bem claro: “Se o time não começar andar, já quinta-feira, Mano Menezes será demitido”.



Só quero informar para quem possa estar surpreso com essa informação que, vinte dias antes de Ronaldo ser contratado, Zé Gonçalves, hoje Doutor José Gonçalves, me disse que o Fenômeno seria contratado. Duvidei. E me enganei. Mesmo assim, na manhã do dia em que o Fenômeno aceitou o convite do Corinthians, Zé me ligou confirmando a contratação de Ronaldo- e eu poderia ter dado o furo se meu programa de rádio fosse mais cedo- mas só começava às seis da tarde e, ao meio-dia, todas as emissoras já estavam de posse da notícia bombástica.



Mas estamos falando de Mano Menezes. Por acaso o Corinthians não é o líder se seu grupo na Libertadores , perto de ser o primeiro entre os classificados? Bem, futebol é resultado, e o que está certo hoje, pode não estar amanhã. É a tal história hoje herói, amanhã vilão.



Só que, em se tratando do momento, consultando outras fontes, o negócio é o seguinte: o futebol corintiano não vem agradando a cúpula do clube, que fez altos investimentos para pouca bola: a história do rodízio, a má performance no Campeonato Brasileiro do ano passado, a não classificação para o Campeonato Paulista deste ano, ah, tudo isso fez esquecer as glórias do passado (campeão da Série B, campeão paulista- invicto-, a conquista da Copa do Brasil, etc..).



Uma vez, perguntei ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se ele não achava Mano um bom técnico: “Eu quero ver agora, um técnico mostra se realmente é bom depois de ganhar o campeonato”.



Uma outra fonte me diz que ninguém entende o porque de Mano ter desmanchado o trio atacante do ano passado- formado por Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho-, reclamação, nas entrelinhas, que também era de Ronaldo quando em uma de suas várias más partidas, ele disse: “É, o esquema mudou, preciso de mais tempo para me adaptar a ele”, disse o Fenômeno, que há um bom tempo joga sem brilho, embora não citasse publicamente o nome do técnico. Está claro?



Como clara também estava a história de que Andrés Sanchez não engulira a saída de seu amigo de infância, Antonio Carlos Zago, que preferiu sair para não criar um mal-estar para o presidente, depois do episódio que o envolveu a ele e a Ronaldo, em Presidente Prudente.



O que segurou Mano foi o bom futebol exibido e os títulos conquistados. Agora, porém, o próprio Zé Gonçalves acha que não será tão imediata mas rápida a decisão. Mas qualquer tropeço importante (a perda da Libertadores, então, meu Deus! e confio na minha fonte nada anônima. Mano Menezes estará pronto para dançar- (como tantos técnicos do Brasil, que caíram ou estão por cair).



E só para variar, o nome de Luxemburgo seria o mais cotado.

Crises, Guerra e a Dança dos Técnicos

Começo pelas crises que atingem, em especial, os centroavantes. No São Paulo, Washington foi multado em 20 por cento de seus polpudos salários por rebelar-se contra a reserva. Entre outras coisas, o artilheiro grandalhão que já tirou o São Paulo de uma Libertadores (com uma cabeçada fatal, no último minuto, quando o tricolor carioca venceu o tricampeão paulista, por 3 a 1), disse que: “mexeram no que estava dando certo”.



O técnico Ricardo Gomes, antes tão polido e adepto do dialogo, ofendeu-se e disse que não admite reclamação desse tipo .



Puxa!



E a diretoria do São Paulo, mostrando mão firme (?) multou o artilheiro do time, prestigiando o treinador ofensivo. Washington deverá estar no banco de reservas nesta quarta-feira, em importante jogo diante do Once Caldas. E o Morumbi, pelos ingressos vendidos por antecipação, deverá receber o maior público de seus jogos neste ano em partidas da Libertadores.



Mas na minha opinião, o centroavante não cometeu nenhum crime, apenas falou o que sentia. E confesso que é idêntica a minha opinião: não que o Santos fosse deixar de ganhar, pois sua superioridade é imensa, mas que o goleiro Felipe e a zaga santista teriam mais trabalho com Washington, ah isso teria com certeza.



Engraçado este Ricardo Gomes: precisando ganhar por dois gols de diferença, tira o goleador do time e ainda espera aplausos gerais?





O CASO RONALDO FENÔMENO



Continuando a crise dos centroavantes, chego em Ronaldo Fenômeno. Pois ele já está fora do jogo de quinta-feira, quando o Corinthians vai enfrentar o nada temível Independiente de Medellín. É verdade que o Corinthians já está classificado, coisa e tal , mas vencendo, como é quase impossível não o fazer, não assegurará o primeiro lugar entre os classificados, com vantagem de disputar todo e qualquer mata-mata em casa?



E Ronaldo não joga, sob várias explicações que vão desde que ele estaria de baixo astral porque não vai para a Copa (mas com este futebolzinho Fenômeno) até as mais realistas como sua atual péssima forma física e técnica. Acredito mais na última versão, pois além da má forma, Ronaldo já deu vários sinais de que bom mesmo estava no primeiro semestre de 2009, quando ele tinha pelos lados, à sua disposição, Jorge Henrique e Dentinho.



Assim, não me parece bem contada à história da ausência de Ronaldo. O número de gols por ele marcados neste ano é digno de centroavantezinho cabeça-de bagre qualquer. E ele é o Fenômeno...





A GUERRA





O noticiário desta batalha, em Curitiba, envolvendo Atlético Paranaense e Palmeiras, dá sinais de que teremos clima tenso. Tudo em função da imperdoável atitude do zagueiro Danilo em relação ao também zagueiro (que estava nos planos palestrinos, via Trafic). Manoel, do Atlético- o Manoel que não chegou a ter gestos semelhantes ao desafeto palmeirense, que o insultou de maneira racista e o atingiu com uma cusparada, mas que também teve lá seus pecados, ao desferir uma cabeçada no desafeto e nele pisar, quando Danilo estava caído, com muita raiva.



O procurador Paulo Schimitd pediu a suspensão preventiva dos dois. Medida que considerei justa e sensata. Mas o Tribunal de Justiça Desportiva, por meio de seu presidente, negou o pedido. E lá estarão eles, os condenados do futuro, em campo para que- torço para que isso não aconteça - um jogo de futebol em duelo sangrento.



É assistir- e esperar - para ver.





A DANÇA DOS TÉCNICOS



Começou em ritmo frenético, antes de maio chegar: Cuca foi demitido pelo Fluminense (em seu lugar, deverá entrar Muricy Ramalho), Jorginho pelo Goiás, Andrade está cai-não-cai no Flamengo... E por aí afora, só lembrando que, há quatro meses, todos estavam em alta. E na esteira desta dança macabra, a medida em que os clubes forem sendo eliminados da Libertadores e da Copa do Brasil, outras demissões virão. E haja molejo para dançar essa música fatal.


OBSERVAÇÃO


A estranha situação de Mano Menezes, no Corinthians, continua no post anterior. Logo abaixo.

O Brasil começa a aprender com os grandes eventos

O mais divertido de toda a discussão sobre o Brasil receber Copa do Mundo e Jogos Olímpicos é que a população em geral e, especialmente, muitos formadores de opinião, vão aprender na marra o difícil jogo que existe quando se organiza eventos esportivos gigantescos como esses. A maior parte da conta é paga pelos patrocinadores. E os organizadores do evento precisam, de todas as formas, proteger quem assegura a realização dessas competições.

Hoje foi a vez de os senadores se "indignarem" com as propostas feitas pelo COB para preservar ainda mais qualquer associação de marca com os Jogos Olímpicos. Aros, termos e tudo o mais. O COB quer fazer uma blitz severa sobre o uso indevido dos termos olímpicos, permitindo apenas aos patrocinadores apropriarem-se devidamente dessas propriedades.

"A sugestão do COB é exagerada e demonstra que a vontade dos patrocinadores está sobrepujando os direitos consagrados pela Constituição, além de ferir a propriedade do vocabulário", esbravejou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), ao site do Senado.

Ok, senador. E qual é a proposta que você tem para que isso não aconteça?

Hoje mesmo foi divulgado na Europa que um programa de TV sobre futebol não foi ao ar na África do Sul porque ele usava a bola oficial da Copa do Mundo. O receio era de que a Fifa vetasse a veiculação do programa exatamente pelo uso indevido da bola. Já havia ocorrido um caso semelhante na África semanas atrás.

Esse filme se repete, mais ou menos, desde os anos 80, quando o COI lançou seu programa TOP de patrocínio. Por ele, apenas os patrocinadores poderiam fazer uso dos aros olímpicos e de termos como Jogos Olímpicos, nome da cidade-sede, etc.

E, agora, o mais importante.

Para que uma cidade esteja apta a receber Jogos Olímpicos, ela precisa se adequar a essas exigências do COI. Não tem conversa. Da mesma forma, a Fifa exige a preservação do desenho da taça da Copa do Mundo e de mais um monte de termos ligados ao evento.

Vivendo e aprendendo. É preciso estudar um pouco mais para saber que esse é um dos ônus de receber um megaevento como Copa ou Olimpíada.

Pode espernear o quanto quiser, que nada vai mudar. Ou, então, aceitar abrir mão de receber esses eventos em nome da "soberania nacional". O que seria, no mínimo, uma burrice sem tamanho.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Com Show, o Santos Chegou. E a Seleção Precisa de Neymar

Quanto ao duelo tão esperado, nenhuma dúvida: o Santos foi melhor o tempo inteiro, arrasou o São Paulo por 3 a 0 e o vexame tricolor só não foi maior por que Rogério Ceni estava em tarde inspirada e evitou outros gols.Era para ter acontecido neste domingo, na romântica Vila Belmiro, outra histórica e sonora goleada desses “infernais” Meninos da Vila !



E é evidente que o Santos não é apenas Neymar e nem os outros meninos mais badalados. Antes de falar de Neymar, que merece um capítulo à parte- ou de Paulo Henrique Ganso e Robinho- permita-me o amigo destacar o belo trabalho do técnico Dorival Júnior, que permite as doces molecagens de seus meninos, mas que ontem também soube jogar com o regulamento debaixo do braço, entrando em campo sem o centroavante André, preferindo escalar Pará (que teve ótima atuação) mais atrás, avançando mais Wesley, congestionando o meio-campo.



Ora, o Santos poderia perder até por um gol de diferença... Pensou bem ! Ao contrário do técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, que necessitando ganhar por pelos dois gols de diferença, foi colocar o artilheiro Washington só no meio do segundo tempo, optando por Fernandinho (que não ofereceu perigo ao Santos), formando dupla inofensiva com Dagoberto .



Meu Deus!



Também é preciso falar de Marquinhos, que era o líder e comandante do Avaí, mas que ninguém botava muita fé porque teve passagem apagada pelo São Paulo. Mas Dorival Júnior reconheceu o seu talento e lutou pela sua contratação. Ganhando, assim, um meia-armador competente. E um líder capaz de acalmar os jovens talentos da Vila.







NEYMAR: SELEÇÃO JÁ!



Já é a quarta ou quinta vez que toco no assunto. Eu e muita gente, pois Neymar é hoje, no mínimo, uma quase unanimidade. Será que só o técnico da Seleção, Dunga, pensa o contrário?



Neste domingo, Neymar mais dois de seus muitos gols na semana (não fez 5 gols contra o Guarani, pela Copa do Brasil?), desta vez um jogo decisivo. E Dunga vem falar em testes, coisa e tal? Ora, isso já está deixando de ser o que ele chama de coerência, de cuidados com a Seleção ou outras coisas que o valham. No mínimo, é teimosia - ou turrice - e das brabas.



A História diz que não é assim que se trata uma Seleção. Aliás, com Kaká vítima de pubalgia, Adriano com altos e baixos e outras dúvidas, não é Neymar que está a precisar da convocação; pelo contrário, a Seleção Brasileira é que precisa de Neymar.





PAPAI JOEL, O CAMPEÃO





Há coisas que só acontecem ao Botafogo. É o que diz, pois não? Pois, desta vez, as coisas foram positivas. Campeão da

Taça Guanabara e também da Taça Rio- ao derrotar o Flamengo por 2 a 1, gols de Herrera e El Loco Abreu, de pênalti, contra o tento solitário de Vagner Love para o Fla-, o Bota ainda teve a sorte de ver Adriano desperdiçar um pênalti.



Mas sorte mesmo teve o Botafogo ao ser derrotado por 6 a 0 pelo Vasco da Gama. Ironia? Bem, até certo ponto, pois o vexame que fez até um torcedor queimar a camisa da Estrela Solitária em pleno Engenhão, obrigou o clube a mudar de técnico. Saiu Estevam Soares e entrou o então o desempregado Joel Santana.



Pois Joel, com sua calma e sua humildade, sempre de prancheta nas mãos, deu o carinho necessário aos desacreditados jogadores, Transformou-se em Papai Joel. E ganhou os dois turnos, e ganhou o campeonato carioca.



Pela oitava vez em sua carreira, Joel é campeão carioca, dirigindo vários clubes do Rio, igualando o feito de Flávio Costa, lendário treinador (técnico da Seleção Brasileira, em 1950) façanha que, parecia, jamais seria alcançada.



Será que desta vez, mesmo sendo humilde e de bem com a vida, Joel será considerado top de linha entre os técnicos?



Ou será que terá de fazer, ainda, campanha de promoção pessoal?





SANTO ANDRÉ, O ADVERSÁRIO DO SANTOS...



Mesmo perdendo do Grêmio Prudente, por 2 a1, o Santo André está classificado para a final diante do irresistível Santos.

O regulamento o beneficiou pela melhor campanha ao longo do Campeonato, já que o Santo André venceu o Grêmio (ex- Barueri), pelo mesmo placar deste domingo.



Quanto à final, nem preciso dizer quem é o favorito, pois está na cara. E quanto aos jogadores do Grêmio Prudente, pelo menos um jogador terá uma semana alegre: Marcos Assunção, que neste domingo fez um belo gol, deve se apresentar imediatamente ao Palmeiras. Para ser inscrito já para a Copa do Brasil.

Fogão é campeão em cima do Mengão

O Flamengo teve a chance de empatar, mas Adriano desperdiçou pênalti aos 32′ do segundo tempo. O goleiro Jefferson foi bem. Escolheu o canto certo, garantiu a vitória e o sétimo título de Joel Santana no estadual do Rio de Janeiro.

Foi uma vitória merecida. O Botafogo é campeão.

O Botafogo começou melhor. Aos 23′, abriu o placar. Pênalti indiscutível do Angelim no Fábio Ferreira. Herrera bateu mal e marcou. O Flamengo foi pra cima. Sem criatividade, limitou-se a levantar a bola para o Adriano. Aos 45′, Michael cruzou, Adriano cabeceou, David completou, Jefferson pegou e no rebote Love marcou.

O empate foi justo. Cada time dominou uma metade do primeiro tempo.

No segundo tempo, o jogo caiu tecnicamente. Aos 19′, Love quase marcou. Aos 25′, Maldonado puxou a camisa do Herrera dentro da área. Pênalti. Herrera deixou para Loco Abreu. Foi uma cobrança de louco. Cavadinha arriscada. A bola subiu, raspou o travessão e entrou. O Botafogo venceu com dois gols estrangeiros.

O pênalti para o Flamengo não me convenceu.

Não foi uma boa arbitragem, mas Gutemberg de Paula Fonseca não influiu no resultado. Como sempre, os erros ou virtudes dos jogadores influiram muito mais. Além do pênalti perdido, aos 44′ Pet bateu, a bola passou pelo goleiro, mas Somália tirou.

Apesar do título, não se iludam com este time do Botafogo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bombas!!! (Que Podem Explodir...)

Por zelo, alerto no título que essas bombas podem explodir- ou não-, pois quem vive de colher notícias sabe que, por um detalhe qualquer, elas podem se transformar em especulações. Assim, vamos as notícias- e de primeira, como as recebi:



1- RECORD PODE DESBANCAR GLOBO

NO CAMPEONATO BRASILEIRO





Esta eu fiquei sabendo na casa de um empresário, de muitos relacionamentos, e que não torce por nenhuma das duas emissoras. É claro, elas não são times de futebol.



E nem é uma tentativa inédita, até porque a Record abriu mão dos direitos que tinha, por não entrar em acordo com a Globo- tendo sido repassados os direitos de transmissão à Bandeirantes.



Bem, até aí, tudo já sabido. Lembro apenas que a Record já levou a melhor sobre a Globo num evento que era característico da Toda Poderosa- A Olimpíada, os Jogos Olímpicos de 2012. Isso também já é sabido.



A novidade no assunto, porém, é a grana altíssima que a Record está oferecendo

pela transmissão do Campeonato Brasileiro. Quanto? Segundo a minha fonte, nada menos de que1 bilhão de reais, contra os 500 milhões de reais (ainda segundo minha fonte) que a Globo pagará este ano. Essa quantia teria despertado o interesse dos clubes e, em especial do Clube dos 13, favorecendo até a eleição de Fabio Koff que, simplesmente, venceu o candidato do poderoso presidente da CBF (Ricardo Teixeira), no caso Kleber Leite.



No entanto, não espero definição tão rápida nesse duelo de gigantes, É que a globo tem contrato firmado até o final de 2011. Mas, depois disso, sei lá...










2 - VALDÍVIA, MAIS PERTO DO PALMEIRAS



Bem, esta me foi passada por um dos homens mais forte do Palmeiras, no momento, e diretamente ligado ao futebol. Valdívia, um dos maiores ídolos palestrinos nos últimos tempo, é o craque a quem o presidente do clube, Belluzzo, deu o aval para contratação.



Outro velho sonho, eu sei. Só que a minha fonte acha que houve um fato novo:



- “O clube dele (Al Ain) foi desclassificado (confesso que não de qual torneio) e ficou mais fácil tentar a sua contratação. É o nosso grande alvo para o segundo semestre, faremos mais do que o possível para contratá-lo”- assegura minha fonte, que costuma ser realista e me pareceu mais otimista do que nunca.



Por falar nisso, há uns dois meses, foi o que me disse, por telefone,o diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro: “É sem o Valdívia, fica tudo mais difícil”.



O diretor estava tentando explicar o fracasso nas vendas- ou adesões- do Avanti, programa de sócio- torcedor, como mais ou menos faz o Inter, de Porto Alegre. Mais ou menos, muito menos do que mais, pois o plano do Inter é claro (já conta com cerca de 80 mil adesões), enquanto que o Avanti- considerado complicado até por quem queria aderir- pelo menos ao que consta, até a semana passada nem aos dois sócios tinha chegado.



Agora, se mesmo com Valdívia (que simboliza para torcida um Palmeiras irreverente e vencedor), o marketing palestrino não funcionar, bem, aí é melhor o seu simpático diretor de Marketing ir tomar umas aulinhas com Luís Paulo Rosemberg, do Corinthians- este, sejamos justos e batamos palmas- conseguiu um dos maiores patrocínios do mundo.

A África é logo aqui...

Em menos de um ano, um aumento de R$ 728 milhões no orçamento da construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 (leia a matéria de Gustavo Franceschini clicando aqui). Estádios que ainda não saíram nem do papel.

Em 2007 o Brasil já sabia que a Copa seria aqui. Nunca um país foi escolhido com tanta antecedência pela Fifa. Só que, desde novembro daquele ano, a política ocupa o lugar do planejamento e, especialmente, da execução.

Dois anos se passaram e nada saiu do papel. Pior. A cada vez alonga-se o prazo para os estádios do Mundial brasileiro começarem a deixar de ser um projeto. E, não por coincidência, com o prazo cada vez mais apertado, as obras começam a ficar mais caras.

Com o maior prazo da história para montar uma Copa, o Brasil tinha grandes chances de se parecer com uma Alemanha na organização do Mundial.

Mas, do jeito que está, a África é logo aqui.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Guerra! O Corinthians tenta desbancar o São Paulo da Copa.

A confusão está armada. Nesta terca-feira a FIFA já desmentiu - o que foi publicado pela UOL - de que o Morumbi já estava descartado da Copa do Mundo, o que fora noticiado pelo Estadão. Até aí, tudo bem. Como sabemos, são várias as fontes.

No entanto, já excluiu o estádio tricolor de qualquer possibilidade de fazer a abertura da Copa de 2014, deixando em aberto a chance das oitavas, coisa e tal. Mesmo assim, com restrições, tanto que é esperada para esta quinta-feira a presença de Jerome Valcke - o homem que decidirá tudo.

De qualquer maneira, a confusão está armada e sabe-se lá qual o outro detalhe que possa surgir para virar o jogo. O Corinthians está – na espreita, no vácuo, pronto para fazer a ultrapassagem. Ou dar o bote.

E esta informação eu a tive na tarde de segunda-feira, só dando o tempo necessário para checá-la devidamente. A informação partiu de um homem sempre ligadao ao futebol, engenheiro, administrador de empresas, ex-vice presidente do Corinthians, que investiu também no Botafogo de Ribeirão Preto - em 2001, quando o Bota foi vice-campeão paulista e tinha jogadores como Doni, Leandro (hoje no Grêmio), Luciano Ratinho, Cicinho, etc...

Trata-se de um homem de negócios, bem-sucedido. Seu nome é Tomás Lico Martins, apaixonado por futebol. E ele aposta:

- "O Morumbi será excluído da Copa. Já tinha problemas na FIFA e agora, com o candidato do Ricardo Teixeira (Kleber Leite) derrotado (por Fábio Koff) na eleição do Clube dos 13, você acha que isso vai ficar por isso mesmo?".

E ainda, segundo Lico, o estádio corintiano vai sair mesmo. E a Arena do Palmeiras também:

- "O Morumbi vai ficar só para alguns jogos importantes. Como um elefante branco."

Pois bem. A tarde, fui à FNAC, da Alameda Santos, próxima à Avenida Paulista, uma das mais movimentadas de São Paulo. Era aniversário da minha querida amiga, Marilia Ruiz, ótima repórter (sinto falta da coluna dela num diário que tem até boa tiragem. Por que saiu?). Queria presenteá-la com um livro que revolucionou a imprensa norte-americana: chamava-se "Olhos da Multidão", mudou de nome e agora se chama "Fama e Anonimato", uma aula de jornalismo - de Gay Talese (há 30 anos, quando o li, pensei que fosse Gui), autor de "Os Honrados Mafiosos".

E daí? E daí que encontrei, meio que sem querer na livraria o diretor de marketing do momento, Luis Paulo Rosenberg (conseguiu para o Corinthians, um dos maiores patrocínios do mundo). Comento a história do estádio corinthiano a ser construído e ele me disse que não.

- "O estádio tem que ser o Pacaembu. Não há nenhum outro melhor que ele".

À noite, porém, rodeada por familiares e amigos, Marília Ruiz, recebeu o meu presente (um vale-livro, pois o livro estava esgotado) e conversou comigo num canto. Ela tinha acompanhado a polemica eleição do clube dos 13. E confirmou a construção do estádio, depois de ouvir Andres Sanchez, presidente do Corithians.

- "É verdade. Mas aas coisas mudam muito, a toda hora. Será um estádio para 45 mil ou 50 mil lugares, no Play Center ou em Itaquera".

Se as coisas vão mudar na FIFA, sei lá. Mas me parece que a disposição do Corinthians - que não abrigaria a abertura da Copa, a não ser a própria FIFA ajude na construção os outros 15 mil lugaares, ah isso, parece definitivo.

Assim, nos próximos capítulos, teremos uma guerra à vista: São Paulo e Corinthians. Aliás, há muito tempo eles não se dão bem, tranformaram-se em arquiinimigos.

OBS: Pra quem ainda não leu, vai a dica do meu post anterior "Nas cordas, Zago se defende", sobre a entrevista de Antonio Carlos Zago concedida no programa No Pique, na CNT, neste último domingo.

Um problema de imagem

A seleção brasileira de futebol sempre foi um dos melhores produtos de "exportação" do Brasil. A camisa amarela é reconhecida em todo o mundo. Nunca, na história desse país, usou-se tanto o uniforme da seleção para se presentear políticos e celebridades que visitam o Palácio do Planalto.

Mas bem que poderíamos ter passado sem essa da foto abaixo, não? O clique é de Marcello Casal Jr., da Agência Brasil, durante visita de comitiva brasileira ao país do polêmico presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O "presente" foi dado por Miguel Jorge, ministro do Comércio Exterior.

sábado, 10 de abril de 2010

SANTOS OU SÃO PAULO? EIS A QUESTÃO...

Neste domingo, o Morumbi estará lotado em um clássico para ninguém botar defeito. Jogo tão bom, na minha opinião tão equilibrado, que até merece o título acima com as dúvidas que quase levavam à loucura Hamlet, personagem da obra de Shakespeare (“Ser ou não ser, eis a questão”) e que leva ao delírio os torcedores do Santos e do São Paulo.



É bom relembrar que, pela melhor campanha ao longo do torneio, o Santos leva a vantagem do empate ou, como se habituou dizer, por dois resultados iguais. Não é bem assim; digamos que o tricolor vença no domingo por 2 a 0 e Santos dê o troco na Vila por 3 a 1 (como exemplo), o caneco será dos Meninos da Vila. Vale a diferença de gols, como em qualquer mata-mata, e se houver empate em tudo como disse aí sim a vantagem será do Santos.



Entendido?



Bem, mas no caso desse tipo de disputa, a vantagem do empate não é lá essas coisas. Na verdade, será um jogo de 180 minutos-e mais os acréscimos-, lembrando que, no ano passado, o Corinthians entrou em desvantagem na semifinal e na final e mesmo assim foi campeão. Invicto.



Quanto a Santos e São Paulo, é indiscutível que a campanha dos jovens santistas empolgou, seus meninos golearam, deram show, coisa e tal. A campanha do tricolor, por sua vez não foi brilhante, chegando ao exagero de perder todos os clássicos que disputou: foi derrotado pela Portuguesa, por 3 a 1, no Morumbi; perdeu para este Santos, por 2 a 1, na Arena Barueri, quando Robinho decidiu o jogo com um gol de letra; perdeu para o Palmeiras por 2 a 0, no Parque Antártica, e foi derrotado, no Pacaembu, num jogo sensacional, por 4 a 3. O gol da vitória corintiana, o amigo deve estar lembrado, foi marcado por Alex Silva (contra), ao tentar desviar cruzamento de Iarley.



Que diferença entre as campanhas dos dois oponentes deste domingo, meu Deus!



Só que decisão é decisão, mata-mata é mata-mata. E já vi acontecer muita coisa em futebol, na hora da verdade as coisas podem mudar. O Santos, desta vez se cerca de um certo mistério, com Dorival Júnior insinuando que pode tirar um dos atacantes, colocando Wesley como volante e Pará na lateral-direita. Acho pouco provável, embora não impossível. Creio que ele manterá o craque Paulo Henrique Ganso municiando seus três capetinhas do ataque- Robinho, André e Neymar. A conferir.



Já o São Paulo, que cresceu muito nas últimas rodadas, segundo Ricardo Gomes manterá o mesmo time que deu certo: Rogério Ceni: Jean, Alex Silva, Miranda e Júnior Césa; Rodrigo Souto (que melhorou a equipe), Hernanes, Jorge Vagner e Marlos; Dagoberto e Washington.



Tenho a certeza- a menos que entrem campo o imponderável e, o famoso Sobrenatural de Almeida do genial Nélson Rodrigues- que o vencedor (ao final dos dois confrontos) será o Campão Paulista de 2.010.



O amigo arrisca um palpite?



GRÊMIO PRUDENTE E SANTO ANDRÉ:



Os dois foram donos de ótimas e surpreendentes campanhas. O Santo André, do técnico Sérgio Soares, e o Grêmio (ex- Barueri) que não conheceu derrota desde que

passou a ser dirigido por Toninho Cecílio. O Grêmio Prudente vive momento incrível, pois está há 9 jogos sem perder. E pode até ser o favorito para o primeiro jogo, em Prudente, pode ser. No entanto, creio que, ao término dos confrontos, a final está um pouquinho mais para o Santo André, que nos, jogos que vi, revelou melhor futebol. Meu palpite é Santo André, mas os últimos jogos do Grêmio, mesmo sem empolgar, mostrou que não há zebra neste confronto.



O amigo também arrisca o seu palpite?



NO PIQUE



E além de termos encontro marcados neste espaço, convido os amigos a outro encontro: neste domingo: às 21horas e 35 minutos, estarei apresentando o programa “No Pique”. pela CNT, canais 12 da Net e 26 UHF. Entre os presentes, estarão o técnico do Palmeiras, Antonio Carlos Zago, e meus amigos Marco Bianchi e Paulinho Bonfá (a dupla do Rockgol, da MTV), além e toda a cobertura do clássico entre Santos e São Paulo.



Até lá e até aqui. Bom, não?

A incrível valorização da Hypermarcas pelo futebol

A Hypermarcas vai anunciar na manhã deste sábado um patrocínio de R$ 4 milhões para o São Paulo até a final do Campeonato Paulista (correndo o risco de ver a exposição na marca acabando após os dois jogos contra o Santos). O valor é absurdamente alto, sem dúvida. Assim como já tinham sido absurdos os R$ 38,5 milhões pagos ao Corinthians para ter o direito de expor quatro marcas na camisa.

O caso mostra duas coisas. O primeiro, e óbvio, é o de que o São Paulo conseguiu um negocião. Poderá jogar só três partidas e ganhar uma nota alta. Se for à final do Paulista, fará cinco jogos com as marcas em seu uniforme.

O segundo, e mais emblemático, é o quanto esse negócio representa para a Hypermarcas. E o quanto a exposição na camisa de um time de futebol pode ser valiosa para gerar outros negócios.

Na manhã desta sexta-feira, a empresa fez lançamento de ações na bolsa de valores. Captou R$ 1.232.616.000,00 de investidores estrangeiros, fundos de investimento, pessoas físicas, etc. Sim, você não leu errado. Ao valor de R$ 21 cada ação, a Hypermarcas captou mais de R$ 1 bilhão do mercado, que serão reinvestidos na própria empresa.

A exposição dada pelo futebol ajuda nesse processo. Quanto mais a empresa estiver em evidência, mais ela consegue ser lembrada e, assim, é mais valiosa. Em 2009, a Medial Saúde deixou o patrocínio do Corinthians, mas concluiu a venda da empresa para a Amil. Em 2010, a Hypermarcas capitalizou-se em mais de R$ 1 bilhão. Sob essa ótica, investir menos de R$ 50 milhões no patrocínio esportivo, mesmo sem cuidar tanto da ativação dessa propriedade, parece muito pouco...

Belluzzo dispara contra ex-colega Mustafá Contursi

O atual presidente e o ex-mandatário do Palmeiras estiveram no lançamento do livro Palmeiras x Corinthians 1945, o jogo vermelho, do deputado Aldo Rebelo.

Eles não se cumprimentaram ou trocaram palavras no Pacaembu, onde se realizou o evento, segundo o repórter Alex Muller da Rádio Bandeirantes.

Sinais dos tempos. No início da década de 90, quando Belluzzo construiu o contrato com a Parmalat na gestão de Mustafá, a relação era cordial e bem próxima.

Vinte anos depois, o relacionamento está repleto de rusgas. Belluzzo reclama da postura de Mustafá nos bastidores do palestra Itália.

O presidente palmeirense disparou contra a oposição: “Estou com o saco cheio de pilantras”.

Mustafá antes criticou a “atual administração que esconde vários problemas do clube”.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ceni salva o Tricolor. E o alívio (?) do Palmeiras.

Foi impressionante a exibição de Rogério Ceni. Com defesas espetaculares, evitou a derrota do São Paulo diante do mexicano Monterrey: numa delas, já no sufoco, Ceni defendeu um chute quase à queima-roupa com as mãos e, na volta, defendeu com o pé direito. E como goleiro bom também tem sorte, Rogério ainda viu a bola bater violentamente no travessão, sem se afobar ou ficar nervoso.

E não havia melhor momento para que Ceni tivesse atuação de gala, depois de ser criticado no último domingo, por 4 a 3, pelo Corinthians, acusado que foi de ser superado pela bomba de Roberto Carlos, chute rasteiro em que chegou a tocar na bola, no terceiro gol corintiano.

Quanto ao São Paulo, até que foi bom esse empate de 0 a 0, que o mantém na liderança do grupo, já que enfrenta o vice-lider Once Caldas em casa, com grandes chances de ficar em primeiro lugar em sua chave. Destaque também para Hernanes, que voltou a jogar bem, tendo lá o tricolor (mesmo sem brilho), duas chances - uma desperdiçada por Washington e outro num arremate lá do meio da rua, que enganou o goleiro mexicano e beijou a trave.

Foi uma boa noite brasileira na Libertadores. Como está fazendo gol esse Kleber, ex-Palmeiras! Ontem, ele fez dois, um deles de pura raça, qual o Gladiador (como é chamado), depois de Thiago Ribeiro ter aberto o placar na vitória contra o Velez, 3 a 0.

Importante vitória, embora tensa, também teve o Inter de Porto Alegre diante do Cerro.

O técnico do Inter, o uruguaio Jorge Fossatti, estava uma pilha de nervos, tinha a cabeça à prêmio e rezou sem parar no vestiário, diante de velas, sem se esquecer do sinal da cruz ao voltar a campo depois do intervalo. Acalmou-se, porém, no gol contra de Ibañes e no decisivo gol de Alecsandro, aproveitando o rebote do goleiro e confirmando a vitória diante dos uruguaios. Fossati vai resistir até quando - já que, no Sul, já há quem fale muito de Muricy Ramalho?

Enfim, a boa noite na Libertadores, não é surpresa. Minha bola de cristal - que anda confiando mais na lógica - diz que será um time brasileiro o Campeão desta Libertadores.

PALMEIRAS: UM POUCO MAIS ALIVIADO

Na verdade, fez o mínimo que esperava: venceu o Paysandu, que vai disputar a terceira divisão do Brasileiro, passando para a próxima fase. O adversário deve ser o Atlético Paranaense, que é sempre time duro de enfrentar.

Alívio, em parte, por quê? É que vencer o Paysandu apenas por 1 a 0 (gol de Robert, de cabeça), quando foi imensa a superioridade palestrina durante o jogo, ainda é preocupante quanto ao futuro, tantas foram as chances criadas e perdidas por mas finalizações.

A verdade é que houve um pênalti sobre Bruno Paulo (estréia razoável) não marcado pela arbitragem e outro também não assinalado, já no fim da partida, quando a bola foi desviada com o braço pelo zagueiro do Paysandu e o juiz ou não viu ou interpretou como bola na mão.

De qualquer maneira, mesmo com o jogo fácil, o Palmeiras não brilhou e nem convenceu. E sabe quem, na minha opinião, foi o melhor do time? Armero, simplesmente o tão criticado Pablo Armero, que acertou o cruzamento para o gol de Robert, em boa cabeçada.

E, creiam, Armero deu até chapéu...

ESCLARECIMENTO

Já não é a primeira vez. Só que agora, houve exagero e mau gosto: o tal "blog dos avallone" (que nada tem a ver comigo e com nenhum dos meus familiares) promoveu, no último dia 30, uma espécie de enquete sobre senhores de cabelos grisalhos - alguns por mim muito queridos e respeitados. A enquete era sobre qual seria "a próxima morte". Humor negro, falta de sensibilidade.

E como este blog contém, à direita, algumas fotos minhas, além de usar o meu sobrenome, algumas pessoas confundem e, uma delas pelo menos, já me cobrou. Melhor seria se esses autores adotassem estilo próprio e se desvinculassem do meu nome, pois aí poderiam "brincar" à vontade (e quem sabe com sacadas mais inteligentes), cabendo-lhes a responsabilidade.

De minha parte, verei quais são as medidas cabíveis neste caso. E sem essa de que são fãs, coisa e tal. Para mim, esse suposto plágio, incorreto, tem o nome de oportunismo.

E o Morumbi segue sua "sina" na Copa do Mundo

"Em termos de estrutura, São Paulo é uma das melhores, se não a melhor cidade para receber jogos da Copa. Mas não o seu estádio". A frase foi dita agora há pouco por Rodrigo Paiva, diretor de comunicação do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, na rádio "Eldorado/ESPN".

Segue a pressão contra a presença do Morumbi na Copa do Mundo de 2014. Por questões políticas, muito mais do que pelos supostos problemas estruturais que existem no estádio são-paulino.

Enquanto a atitude da diretoria são-paulina nos bastidores não se alterar, dificilmente mudará a situação do Morumbi. O estádio continua a ser a solução mais coerente para a cidade de São Paulo na Copa do Mundo.

Como já repetido à exaustão por aqui, não há sentido em se fazer um novo estádio na cidade. Muito menos se o pensamento for apenas para o Mundial.

Mas onde há fumaça, há fogo.

A lição de amor de Marcelinho Carioca

Não tem preço a lição de amor dada ontem a todos nós por Marcelinho Carioca ao distribuir ovos de páscoa para as crianças internadas no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC).

Fazer a alegria de quem sofre, sejam crianças, adultos ou idosos, é obrigação nossa. Mas, na verdade pouco fazemos.

A atitude de Marcelinho não me surpreendeu. Se profissionalmente foi um jogador bem sucedido, tanto que agora é um dos símbolos do Centenário do Corinthians, quando criança viu de perto o sofrimento de gente muito humilde. Eu o conheci nas categorias de base do Flamengo. Naquela ocasião, ele vivia próximo à Fazenda Botafogo, uma comunidade pobre bem diferente das que circundam e enfeitam os cartões postais do Rio. Lá morava também o apoiador Aílton, que atuou no Flamengo e depois no Fluminense.

Criado com amor pelos pais, Marcelinho Carioca aprendeu a separar o certo do errado e jamais permitiu que o bem fosse contaminado pelo mal.