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terça-feira, 27 de abril de 2010

Perigo para o Corinthians: o Fla reage. E salvem o Palmeiras!

Estou gostando da maneira firme e correta da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. Embora apaixonada pelo clube, não admite que a instituição Flamengo se submeta aos caprichos de jogador algum, seja Adriano ou Vagner Love, adotando como norma a disciplina que sempre teve nos tempos em que era nadadora campeã.

Ora, além da omissão do técnico Andrade, lá vinha o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, a declarar aos quatro ventos que “no Flamengo só tinha dois jogadores com regalias: Adriano e Vagner Love”. Santa ingenuidade. Como é que se sentiriam os outros? Braz, provavelmente, jamais ouviu falar em sinergia. Só pode.

Bem, movido talvez pelo alerta de Patrícia Amorim, Love, que faltara a um treino, foi treinar sozinho para descontar a ausência. Não fez nada mais do que a obrigação. O Flamengo é grande, já foi campeão do mundo e jamais teve vocação para bagunça ou para ser a casa da Mãe Joana.

E graças ao pulso firme da presidente, o Fla voltou a treinar sério, não houve mais a batucada do amor e transformou-se em adversário temível para o Corinthians no grande jogo desta quarta-feira.

Aliás, até a noite desta segunda-feira, quase 50 mil ingressos já tinham sido vendidos. O que significa casa cheia para o duelo dos times que possuem as maiores torcidas do Brasil.


SALVEM O PALMEIRAS!

Já que o departamento de marketing do Palmeiras não funciona mesmo - e o diário de esportes Lance - traduz, em números, o que eu, por coincidência disse no programa No Pique, o que fazer? Deixar morrer um gigante por falta de avantis vendidos ou por falta de público nos estádios?

Os números são alarmantes: foram vendidos 1.937 programas de sócio torcedor, em seis meses. Meu Deus, que fracasso! A média de público caiu para cerca de 8 mil pessoas, inferior ao público que, em 1949, quando a cidade não chegava a 3 milhões de habitantes, Jair Rosa Pinto fez seu primeiro treino no Pameiras.

Quanto ao marketing, já dei minha opinião, e como sei lá que providencias o presidente Beluzzo está tomando (se é que está), chamo a atenção da torcida para um detalhe: o Palmeiras contratou Vítor, Léo, Marcos Assunção, Lincoln - entre outros - e está, eu sei, interessado em Valdívia, Deivid ou Ernesto Farias (pessoalmente prefiro Farias, argentino, de arremate sutil e, embora dono de outro estilo, puxa a minha memória para Artime - grande goleador palestrino).

Assim, creio que a torcida está sendo injusta com o Palmeiras. No domingo a noite, conversando com Luís Paulo Rosemberg, que conseguiu para o Corinthians o quarto maior patrocínio do mundo, ele me disse que “A Fiel é que tem os méritos”.

Foi elegante, mas pergunto: é preciso ter os craques de um Real Madri para a torcida mostrar seu amor pelo clube, salvando-o das dificuldades financeiras? Isso é ser palestrino? Sinto muito, não é só o clube que corre perigo; o que é mais delicado, está se perdendo o espírito de ser palestrino, o que é mais grave do que as deficiências do markerting ou as falhas de uma parceria que está longe do ideal.

Tomara que eu esteja enganado. Mas não sei, não.

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