A fonte dessa informação não é anônima: tem nome e sobrenome, curte o Corinthians com fanatismo e tem ótimas informações colhidas nos bastidores do clube. Trata-se de José Gonçalves, advogado, ex-dono de um dos points mais badalados da cidade nos anos 90, o Baluarte, que reunia jogadores de futebol, cantores, jornalistas, muita gente e muita alegria.Eu o freqüentava quase todas as noites.
José Gonçalves, o meu amigo Zé, era capaz de ficar rouco pelo Timão. E, no domingo à noite, no ar, ao vivo, no programa “No Pique” da CNT, foi bem claro: “Se o time não começar andar, já quinta-feira, Mano Menezes será demitido”.
Só quero informar para quem possa estar surpreso com essa informação que, vinte dias antes de Ronaldo ser contratado, Zé Gonçalves, hoje Doutor José Gonçalves, me disse que o Fenômeno seria contratado. Duvidei. E me enganei. Mesmo assim, na manhã do dia em que o Fenômeno aceitou o convite do Corinthians, Zé me ligou confirmando a contratação de Ronaldo- e eu poderia ter dado o furo se meu programa de rádio fosse mais cedo- mas só começava às seis da tarde e, ao meio-dia, todas as emissoras já estavam de posse da notícia bombástica.
Mas estamos falando de Mano Menezes. Por acaso o Corinthians não é o líder se seu grupo na Libertadores , perto de ser o primeiro entre os classificados? Bem, futebol é resultado, e o que está certo hoje, pode não estar amanhã. É a tal história hoje herói, amanhã vilão.
Só que, em se tratando do momento, consultando outras fontes, o negócio é o seguinte: o futebol corintiano não vem agradando a cúpula do clube, que fez altos investimentos para pouca bola: a história do rodízio, a má performance no Campeonato Brasileiro do ano passado, a não classificação para o Campeonato Paulista deste ano, ah, tudo isso fez esquecer as glórias do passado (campeão da Série B, campeão paulista- invicto-, a conquista da Copa do Brasil, etc..).
Uma vez, perguntei ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se ele não achava Mano um bom técnico: “Eu quero ver agora, um técnico mostra se realmente é bom depois de ganhar o campeonato”.
Uma outra fonte me diz que ninguém entende o porque de Mano ter desmanchado o trio atacante do ano passado- formado por Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho-, reclamação, nas entrelinhas, que também era de Ronaldo quando em uma de suas várias más partidas, ele disse: “É, o esquema mudou, preciso de mais tempo para me adaptar a ele”, disse o Fenômeno, que há um bom tempo joga sem brilho, embora não citasse publicamente o nome do técnico. Está claro?
Como clara também estava a história de que Andrés Sanchez não engulira a saída de seu amigo de infância, Antonio Carlos Zago, que preferiu sair para não criar um mal-estar para o presidente, depois do episódio que o envolveu a ele e a Ronaldo, em Presidente Prudente.
O que segurou Mano foi o bom futebol exibido e os títulos conquistados. Agora, porém, o próprio Zé Gonçalves acha que não será tão imediata mas rápida a decisão. Mas qualquer tropeço importante (a perda da Libertadores, então, meu Deus! e confio na minha fonte nada anônima. Mano Menezes estará pronto para dançar- (como tantos técnicos do Brasil, que caíram ou estão por cair).
E só para variar, o nome de Luxemburgo seria o mais cotado.
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