E poderia ter sido pior: aos 25 minutos do primeiro tempo, o veloz colombiano Murillo, lançado nas costas da zaga corintiana- que, em futebol, fazia a chamada linha burra, sem ninguém na sobra-, invadiu a área, driblou o goleiro Júlio César e empurrou a bola para as redes.
Gol do Tolima. Gol? Não, pois foi marcado impedimento. Impedimento que a tevê mostrou que não existia (o tira-teima da Globo apontou posição legal do atacante, 25 centímetros), embora a jogada não fosse tão fácil de ser detectada. Mas foi gol do Tolima, gol legal. Anulado.
É verdade que, no segundo tempo, Ronaldo teve boa chance e o lance também foi anulado por impedimento que não existiu. Mas a oportunidade não era tão clara quanto a de Murillo.
Esse começo foi para confirmar que o Corinthians nem deve lamentar esse empate de 0 a 0 diante do Tolima, num Pacaembu onde predominavam rostos tensos, aflitos e, depois, atônitos. O Corinthians deve é lamentar o seu mau futebol, sem criatividade, sem brilho, por vezes estático. Como jogou mal o Timão! Qual foi a grande defesa do goleiro colombiano?
E o Tolima nada tem de brilhante. É uma equipe que congestiona o meio- campo, que toca razoavelmente bem a bola e tem esse Murillo à frente. Nada que assuste. E não foi violento, nem manhoso e nem catimbeiro. Nada: futebolzinho feijão com arroz.
Péssimo foi o Corinthians, sem elemento surpresa (tipo Elias), sem velocidade pelas laterais, com Ronaldo na função do pivô que jamais foi (seu estilo é outro), sem ligação do meio-campo com o ataque, sem firmeza na defesa.
Nem tudo está perdido. “Não pode é desesperar”, como disse Roberto Carlos, pois apesar de tudo, um empate com gols na Colômbia classificaria o Corinthians. Ou então, como deveria rezar a lógica, uma vitória simples, com um golzinho apenas.
Mas não com o futebol que se viu nesta noite de quarta-feira.
GRÊMIO: UM EMPATE MELHOR
E por quê? Elementar: o Grêmio também empatou, sim, mas por 2 a 2 com o Liverpool, no Uruguai. E fora de casa. Agora para ultrapassar essa fase de Pré- Libertadores, basta empatar por zero a zero ou 1 a 1, em Porto Alegre. Uma situação, na teoria, bem mais cômoda do que do Corinthians.
Os gols foram se sucedendo, dando a impressão de um placar super-elástico no primeiro tempo. André Lima abriu a contagem, Franco empatou para o Liverpool, Douglas colocou o Grêmio na frente, Guevara empatou para os uruguaios.
E parou por aí.
Bom para o Grêmio, que não precisa de muito para seguir em frente.
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