Autor de belas defesas, o goleiro Júlio César, do Corinthians, reconhece que essa atuação diante do Palmeiras (vitória corintiana por 1 a 0, gol de Alessandro) talvez tenha sido a melhor de sua carreira.
E digamos, providencial.
Pois não se sabe a extensão da crise do Corinthians em caso de derrota para o velho rival. Com méritos para Alessandro, é claro, pelo gol marcado aos 38 minutos do segundo tempo ao entrar pelo meio da defesa do Palmeiras, a atuação de Júlio César foi de impressionar: ele defendeu nem sei quantos chutes de Kleber e, no último minuto, ao rebater o arremate do Gladiador cara a cara, Júlio ainda foi acompanhado pela sorte. No rebote, a cabeçada na trave, desvio de um zagueiro e a bola voltando para as mãos do goleiro.
Era a sorte acompanhando a competência.
Não sei se essa vitória diante do Palmeiras servirá para acabar de vez com a dor corintiana pela desclassificação na Libertadores pela Tolima. Servirá, porém, acalmar muito os ânimos e mostrar que há vida além do sonho da Libertadores.
O resultado foi justo? Em termos. Foi um jogo corrido, brigado, suado, mas sem requinte técnico. E no segundo tempo, quando o Palmeiras parecia melhor e atacava mais (daí as defesas de Júlio César), o Corinthians apostou no contra- ataque- e aí surgiu o gol de Alessandro, entrando na área como um meia, de surpresa, fatal.
E o Palmeiras? Permanece líder do Campeonato Paulista, os números dizem, mas não superou o primeiro grande teste. Sente, ainda a falta de um grande centroavante para atuar ao lado de Kleber. E sente também a ausência de um jogador como Valdívia, driblador e criativo.
Aliás, quando é que Valdívia voltará a jogar?
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