LIGA MUNDIAL DE VÔLEI – A Rússia fez a melhor campanha da primeira fase e foi o time mais consistente na fase final. Com um time muito alto, com muitos recursos e variações no ataque, venceu de forma merecida o Brasil na decisão (ainda que com o passe ruim). E o placar de 3 a 2, em um jogo excepcional, valoriza o que fizeram as duas equipes. Quem viu a fase final inteira pôde atestar que o Brasil tinha pontos a melhorar, principalmente o saque. Isso é natural e está muito, muito longe de indicar que tudo está errado por causa do vice-campeonato.
COPA DO MUNDO FEMININA – A eliminação é doída por causa da forma que foi, tomando um gol contra com um minuto e um gol de “bumba-meu-boi” aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação. Mas a verdade é que o Brasil fez demais. E nem uso o discurso pronto e batido (mas 100% verdadeiro) da ridícula (falta de) estrutura do futebol feminino no país. Digo pelo que o Brasil mostrou na Alemanha. Jogou pior que Austrália e Noruega, sem um padrão de jogo, com as volantes perdidas em campo, as alas presas, Rosana completamente sem função e Marta e Cristiane largadas (e separadas) na frente. E o técnico Kleiton Lima dando impressão de não ter opções (ou não saber o que fazer com elas). Isso ficou claro em Dresden, com os EUA jogando muito mais. Sem falar em dois erros claros da arbitragem (Maurine impedida no segundo gol e o pênalti de Cristiane não marcado) e o incrível acerto na invasão do pênalti a favor do Brasil. O discurso fácil, de quem subiu no ônibus agora, é dizer que amarelou.
VÔLEI DE PRAIA – Duas medalhas de ouro no Grand Slam de Gstaad, na Suíça, com Allison/Emanuel e Juliana/Larissa. O fim de semana não foi só de derrota. As duas duplas mais preparadas do país, que são meticulosas em tudo que envolve seu dia-a-dia, acumulam mais uma conquista e passeiam rumo à vaga olímpica. Não é só talento que conta. Enquanto isso, tem dupla mudando de formação há um ano da Olimpíada!
COPA DO MUNDO SUB-17 – México campeão, Uruguai vice, Alemanha em terceiro e Brasil em quarto. Três países que despertaram há alguns anos para a importância do trabalho coordenado nas divisões de base. Os frutos vêm na base e na seleção principal, como vimos na última Copa do Mundo. Enquanto isso, o Brasil começa a se preocupar com isso agora, missão de Ney Franco. E ainda depende totalmente da individualidade. Como a de Adryan, que fez uma falta tremenda na semifinal. E tem gente que ridiculariza o Uruguai eliminar o Brasil e o título mexicano. Estão sabendo legal…
PARAGUAI – O Paraguai foi às quartas-de-final da Copa do Mundo, colocou uma pressão absurda e perdeu um pênalti contra a Espanha que viria ser campeã mundial no ano passado. Tem uma base montada, em um ótimo trabalho do técnico Grardo Martino, que se traduz em uma boa consistência em campo. E como destacou o brilhante Lédio Carmona, vários jornalistas acham um absurdo uma Seleção Brasileira completamente desconjuntada não ganhar o Paraguai. Não dá para entender.
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