Tenho certo medo de ficar repetitivo quando falo do atual momento do Fluminense. Não quero ser festivo demais. Nem o chato que procura pêlo em ovo num momento em que qualquer fiapo não faz muita diferença. Por exemplo. Ontem, jogo da volta contra o Cerro Porteño pela semifinal da Copa Sul-Americana. E, de novo, tivemos um final apoteótico. Vou tentar resumir o que aconteceu. Tentarei.
Desta vez, o Fluminense não jogou bem. Nem o Cerro esteve tão mal. Os tricolores não estavam tão fortes na defesa, tanto que levaram um gol logo aos sete minutos. Gum trocou de lado com Digão e creio não ter funcionado bem. Diogo não esteve seguro e deu muito espaço para Cáceres jogar e criar. Mariano mostrou irregularidade. Fred não estava tão inspirado. Mas Conca, de novo, jogou muito.
Para atrapalhar um pouco mais, a maratona de jogos às quartas e às sextas mostrou sua faceta do mal. O time cansou e não mostrou a mesma pegada na marcação da saída de bola do adversário. E ainda perdeu dois jogadores por lesão: Maicon e Digão.
Mas aí entrou um elemento que faz o Fluminense ser diferente de todos os times atualmente. O time não desiste nunca. Vai até o fim, se mata em campo, a entrega não respeita nem o limite das energias. E assim, escoltado no grito das arquibancas, Gum, com a cabeça arrebentada e sangrando, empatou aos 93min. E, logo depois, fez um daqueles gols que nos divertirá até o fim dos nossos dias e vai virar peça de clip de futebol.
Outro vitória apoteótica. O Flu está na final da Sul-Americana. E muito perto de escapar do rebaixamento. O que fica na cabeça do torcedor tricolor nesse momento é uma só indagação: qual será o roteiro do próximo filme? O acervo do Fluminense não para de crescer.
E, para fechar, responda rápido, caro torcedor verde, grená e branco: qual desses filmes merece o Oscar?
1. O milagre do Mineirão.
2. A Batalha de Santa Laura.
3. A vingança de Fred
4. As pedras de Assunção
5. Sangue, suor e lágrimas no Maracanã
6. A próxima atração
Créditos ao autor.
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