A Hypermarcas decidiu tirar a marca do sabão em pó Assim da camisa do Corinthians (leia a matéria completa aqui). No lugar, vai colocar o logotipo da Avanço, sua marca de desodorantes, que já está estampada na axila dos jogadores. A decisão representa, literalmente, um avanço no conceito de aproveitamento das propriedades existentes na camisa de um clube de futebol.
Na prática, a camisa do Timão continua bastante poluída. Mas agora é uma marca a menos para confundir a cabeça de quem olha para o uniforme. A Hypermarcas passa a ter "apenas" três marcas suas estampadas: Avanço, Bozzano e Neo Química. Fica, agora, mais fácil para o torcedor identificar as três e relacioná-las ao patrocinador.
Obviamente continua a ser uma salada de logotipos o uniforme alvinegro. Além das três marcas do principal patrocinador, ocupam o espaço o banco Pan-Americano, a fabricante Nike, o próprio escudo do Corinthians e, por fim, nas costas da camisa, a marca da TIM dentro do número. Tudo isso gera astronômicos R$ 70 milhões ao clube (contando o aporte da Nike também).
Só que essa mudança da Hypermarcas mostra que o processo de fazer da camisa de um clube um painel de anúncios e ofertas está começando a acabar. A tendência é começar a haver uma queda nesse tipo de ação de patrocínio no esporte. Uma marca com muita exposição é mais eficiente do que várias com baixa exposição.
O "recuo" da Hypermarcas é extremamente saudável para o futuro do marketing esportivo no país. O Corinthians lançou a moda de poluir os uniformes. Agora, tem a chance de começar a fazer o movimento contrário. O primeiro indício foi dado com essa mudança estratégica do patrocinador. A preocupação de que, com isso, diminui o valor a ser pago pela empresa não é 100% verdade. Resta ao clube conseguir provar que sua camisa é extremamente valiosa. O caminho para isso começou a ser traçado. E é o primeiro passo para mostrar que há pesos diferentes para clubes de tamanho e entrega comercial diferentes no país.
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