Normalmente, não poderia estar contente nem um pouquinho que perde- e de virada- de um dos lanternas do Campeonato Brasileiro. E muito menos sabendo que, dos últimos 12 pontos disputados, ganhou apenas dois, conta que seria quase fatal para um pretendente ao título de Campeão Brasileiro.
Pois tudo isso aconteceu ao Corinthians e, na verdade, ainda saiu no lucro: tanto a derrota para o Atlético Mineiro, por 2 a 1, como aquela continha dos dois pontinhos conquistados nos últimos 12, tudo isso fica menor diante do desastre do maior concorrente, o Fluminense, que foi derrotado pelo Santos, por 3 a 0.
Como? Não fica tudo igual? Nem tanto. O Corinthians perdeu jogando fora de casa e o Flu, no Engenhão- quer dizer, no Rio, dentro de seus domínios. Além disso, em um dos critérios de desempate, o de saldo de gols, a vantagem do Fluminense que era de quatro gols caiu para dois, lembrando que o Corinthians tem um jogo a menos- que será contra o Vasco, na próxima semana.
Assim, em relação ao Flu, a situação até melhorou. Poderia ter sido melhor caso Corinthians traduzisse em gols a sua superioridade no primeiro tempo, quando criou chances para ir bem mais além do gol marcado por Paulinho. No segundo tempo, mesmo desorganizado, o Atlético foi para o tudo ou nada, equilibrou as ações, teve coração e cabeçadas certeiras- Werley e Zé Luís viraram o placar e a emoção da torcida.
Mas, duas horas antes, quem jogou por todos foi um quase menino ruivo, camisa número 9 às costas, longe de ter a fama de um Neymar ou de um Ganso. Leva o nome de Zé Eduardo, já foi conhecido por Zé Love e fez gol de todo o jeito. Na verdade, três: um de “puxeta”, aproveitando rebote de chute de Neymar na trave: outro, de canhota, depois de chutão para a frente do zagueiro Durval: e o terceiro, de pé direito, escorando cruzamento.
Foram os três gols do Santos que liquidaram o Fluminense e animaram o Corinthians. Mesmo em noite de derrota.
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