Quando eu digo queda de braço- ou quem sabe uma imaginária luta de boxe- falo sobre um contexto em geral, mais precisamente do que vem daqui para a frente. Com justiça, por ser sério e generoso (já me referi no post anterior ao caso Paulo Henrique Ganso), o técnico Dorival Jr saiu vitorioso nesse embate contra Neymar: o menino-craque foi afastado, está fora do jogo diante do Guarani e vai treinar sozinho, no CT, durante o final da semana.
Combate encerrado? Não c reio, pois que a bem intencionada declaração do presidente Luís Álvaro Ribeiro, presidente do Santos, além de outras coisas, o caso será reavaliado na segunda-feira. Por sua vez, o agente e Neymar, Vagner Ribeiro, desafia o técnico a deixar o talentoso atacante ”de fora contra o Corinthians”.
Tudo vai depender dos resultados. Não me iludo. E quando falo que a corda vai arrebentar para o lado mais fraco, falo menos da direção do Santos- que fez todo o esforço para manter no Brasil um craque assediado por Chelsea e outros poderosos- do que da torcida que, na primeira derrota (e ah, se for contra o Corinthians) ficará quase que em peso a favor do jogador.
Já vi esse filme, muitas vezes. E o tal poder de comando é importante, sim, mas invisível. Já os gols, os dribles, a vitória... Tudo é detectado a olho nu, como interessa ao torcedor.
E cá entre nós, pelo menos segundo o relato dos que viram o acontecimento: a multa que doeu no bolso, o afastamento que doeu no ego, a opinião (em especial dos torcedores dos outros clubes), creio que tudo isso já é suficiente. Não é caso de condenação ao fogo do inferno e nem mesmo à decapitação: ou Neymar aprendeu a lição ou nunca mais!
Quem sai perdendo nessa história toda é o Santos, pagando pelo pecado que não cometeu. Há muitos clubes esperando por Dorival, há muitos milhões de euros esperando por Neymar.
E o Santos, bem o Santos que se vire e arque pela proeza da resistência.
Boa sorte, Santos! Pois que os outros, seus ricos funcionários, já a têm.
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