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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O ídolo é quem faz o esporte crescer?

A tese foi levantada ontem por Montanaro, ex-jogador de vôlei e atual dirigente do time do Sesi, durante a III Semana de Marketing Esportivo, que acontece na USP, em São Paulo, até a próxima quinta-feira. Monta defende a promoção dos atletas ao status de ídolos para que, com isso, os mais jovens se inspirem a praticar determinada modalidade esportiva.

Para ele, o melhor exemplo é do próprio vôlei, que desde os anos 80 passou a encontrar elementos para promover seus atletas e, consequentemente, a modalidade. Desde então, as gerações vão se renovando, assim como a idolatria pelos jogadores. Na palestra, Monta também lembrou do tênis, que deixou de aproveitar o boom da Era Guga.

Hoje, o mesmo tênis tem Thomaz Bellucci como grande expoente da modalidade. Está entre os 30 melhores do mundo, com solidez para ficar entre os top 20 ou top 10 por um bom tempo. Mas de nada adianta ter performance se a imagem do atleta não é bem trabalhada e, mais do que isso, se ele não tem carisma com o torcedor.

Foi o caso, por exemplo, de Rivaldo no futebol, esporte em que os ídolos são criados a todo instante pela imprensa. Com performance astronômica, mas sem tanto apelo com o público, Rivaldo sempre ficou à margem do sucesso comercial de um Ronaldo, um Ronaldinho, um Romário. O Santos, agora, tenta trabalhar a imagem de Neymar e Ganso para mantê-los no clube e, mais do que isso, formar uma nova geração de torcedores.

O esporte precisa detectar não apenas o talento para a prática do atleta. É preciso, também, saber trabalhar a imagem do esportista. Só assim o futuro das modalidades terá um sucesso maior.

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