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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Revelações de Andrés Sanchez. E sua Bronca com o São Paulo.

Conversei mais de uma hora com o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, durante o programa "No Pique", que vai ao ar todos os domingos pela CNT. Sanchez não se negou a responder a nenhuma pergunta -as minhas e as dos companheiros de bancada - e pinço aqui, neste espaço algumas de suas declarações (além das que envolvem assuntos já sabidos como o novo estádio corintiano, a abertura da Copa do Mundo, o festejo pelo Centenário).

"Só posso garantir o Ronaldo até o fim do ano. Até agora, cumprimos tudo que prometemos a ele, ele cumpriu tudo que prometeu para a gente"

"O Ronaldinho Gaúcho não nos interessa. Não tem o perfil do clube. E nem seria o substituto em termos de marketing, para o Ronaldo"

"Terminando a minha gestão como presidente do Corinthians, vou para casa. Vou aproveitar a vida."

"Não tem essa de pretender assumir a presidência da CBF falando, mesmo se o Ricardo Teixeira for para comandar a Fifa. Eu sou Corinthians."

"Se eu prefiro ver o Corinthians ganhar do time do Jardim Leonor (São Paulo) ou do Palmeiras? Ah, prefiro ganhar do Palmeiras. É uma história antiga."

Quando fala em time do Jardim Leonor, o São Paulo, aí Andres Sanchez revela a bronca, a mágoa, com o tricolor. E sempre me intrigou saber o estopim desse sentimento pessoal - que, neste caso, não é tão pessoal mas de muitos corintianos, tanto, que nesta terça-feira, os muros do CT tricolor amanheceram pichados com frases tipo “A Copa é nossa. Freguês”. Desta vez, embora reconhecendo a mágoa com alguns diretores do São Paulo, Andrés não foi tão explícito quanto a questão, embora rememorasse um fato:

"Não se trata torcedor do Corinthiasns como eles trataram. Pareciam estar lidando com gado, não com o povo."

"O Corithians sempre foi o maior locatário do Morumbi, no entanto não éramos tratados com respeito."

É pode estar aí o principal motivo, o sentir-se humilhado num jogo do Cortinthians diante do São Paulo, no Morumbi, quando a torcida corintiana reclamou da quantidade de ingressos recebidos e muitos dos que estavam no estádio queixaram-se do confinamento a um pequeno espaço, separado do resto do estádio por uma grade de ferro.

Deve ter sido isso. Depois, bem depois, o Corinthians se recusou a jogar no Morumbi e Andrés Sanchez prometeu: "Enquanto eu for presidente, o Corinthians não joga mais aqui. A não ser quando eles forem os mandantes”.

E assim foi feito. Teve também o episódio da eleição do clube dos 13, quando o candidato de Ricardo Teixeira, Kleber Leite (que teve o voto de Sanchez) perdeu para Fabio Koff (que tever o voto de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo), mais divergências, enquanto ainda relembrou no programa , ao vivo "Quem mais reclamava do Koff, em quem votou, era o Juvenal”.

Bem, que se saiba, então. A grande rivalidade do momento, ao contrário de outrtas épocas em São Paulo, não é mais entre Corinthians e Palmeiras. Elementar: a grande briga agora é entre São Paulo e Corinthians. Até pelo estádio da Copa.

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