Tempo Real

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Polêmica e Correria no Empate entre Palmeiras e Corinthians

Para começar, esperava-se um Pacaembu lotado. Não aconteceu, eram muitos os lugares vazios. Depois, em campo, Corinthians e Palmeiras tentavam relembrar os velhos temos, com correria e disposição incomuns, alternando jogadas de boa técnica (mais raras) com as outras, mais freqüentes, de não admitir a derrota. Aí, sim, foi típica partida de Palmeiras e Corinthians, de rivalidade quase secular.



Antes de entrar nos lances polêmicos, vamos ao jogo em si. No começo, dirigido pelo técnico Adílson Batista- que fazia sua estréia- a equipe corintiana foi melhor, atacando mais e dono de maior autoconfiança, tanto que, em poucos minutos, cobrou quatro ou cinco escanteios (através de Bruno César) contra o Palmeiras. Não estava funcionando a armação palestrina, com Edinho e Pierre jogando juntos, o que significa, mais ou menos, atuarem clones, Pierre e Pierre, Edinho e Edinho.



Curiosamente, quando o Corinthians fez o gol- Jorge Henrique, em posição irregular-, depois de um rápido e mortal contra- ataque, quem se destravou, cresceu e ganhou coragem foi o Palmeiras. Em especial, graças a Kleber, o Gladiador, que jogava por ele, por Ewerton, pelo ataque inteiro. Um verdadeiro Gladiador!



Aproveitando o domínio, o Palmeiras marcou o seu gol de empate- a cabeçada foi de Kleber, o rebote do goleiro Júlio César e o estufar as redes teve a autoria de Edinho.



E no segundo tempo, em jogo cada vez mais corrido, Palmeiras e Corinthians disputaram partida equilibrada, sendo um pouco melhor a equipe palestrina, com a subida de produção de Márcio Araujo, Edinho e Vítor- este disputara um sofrível primeiro tempo.



No Corinthians, já se viu que Dentinho faz falta. Com sua ausência, Jorge Henrique teve de se desdobrar pelo ataque inteiro e quando Adílson trocou Bruno César por Defederico já se sabia que não iria acontecer mais nada de grandioso para o agora vice-líder do Campeonato.



Mas- até pelas polêmicas- das quais falo a seguir-, foi um jogo que prendeu a atenção o tempo inteiro.





AS POLÊMICAS



Houve várias neste clássico, que teve como árbitro Paulo César de Oliveira. E não foram lances fáceis, reconheço. Tanto que tive de recorrer ao tira-teima da Globo, para ter certeza (ou quase) sobre as principais dúvidas;



1- Foi irregular o gol do Corinthians: Jorge Henrique estava um passo na frente do últi zagueiro do Palmeiras, quando mandou a bola para o fundo as redes, depois de cruzamento de Bruno César.



2- Ewerthon estava em posição de impedimento nos três gols anulados do Palmeiras (dois marcados por ele e o outro por Lincoln), o que deu muita chiadeira. Mas, neste caso, a arbitragem estava correta.



3- Houve pênalti de Jucilei sobre Ewerton, naquele agarra- agarra- dentro da área, no primeiro tempo. A visão do árbitro poderia estar até encoberta por muitos jogadores à sua frente, mas bandeirinha está lá para isso.



4- Não ficou caracterizada a mão de Armero, em lance que os corintianos reclamaram pênalti, no começo do jogo.





Bem, assim foi. E assim o amigo tire a sua conclusão. E, é claro, dê a sua opinião.





O SANTOS E OS OUTROS CLÁSSICOS

Ainda falando da rodada, já que do São Paulo falei neste sábado, encontro o Santos. Quando entra, de novo, em fase boa, é assim mesmo: todo remendado, guardando os principais titulares para a decisão da Copa do Brasil, eis que o Santos venceu o Grêmio Prudente, em Presidente Prudente por 2 a1, e é duro ganhar ali. Mais duro ainda quando, nos últimos minutos, o Santos teve dois pênaltis contra ele: um, o goleiro santista defendeu; o outro, o atacante do Grêmio chutou no travessão. É incrível, pois não?



Quanto aos clássicos que rolaram pelo Brasil, dos três, só houve um vencedor: o Cruzeiro, 1 a 0 sobre o Atlético, mesmo jogando em Sete Lagoas com toda a massa atleticana torcendo contra. É a fase, só que essa ao contrário do que vive o Santos é de doer.



Em Porto Alegre, mesmo que com poucos titulares, o Inter ganhou um ponto diante de um Grêmio desesperado pela situação na tabela e que teve até mais chances de marcar. Zero a zero.



Como em zero a zero também terminaram Vasco e Flamengo, no clássico do Rio. No geral foi um jogo morno, mas a se destacar a seqüência impressionante do goleiro vascaíno. Fernando Prass defendo três bolas seguidas, cara a cara, numa cena que faz lembrar a série de Rodolfo Rodriguez, em 1984, pelo Santos.

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