Não há que possa deixar de sensibilizar com o drama de Wellington, talentoso e promissor volante do São Paulo. Eis que ele, sem mais nem menos, sozinho, sentiu um estalo no joelho esquerdo e o diagnóstico não foi nada bom: ruptura do ligamento cruzado, creio que assim se chama esse novo fantasma dos jogadores, com longo tempo de espera para voltar: oito meses fora dos campos. Muito tempo.
Torço e faço figa para que, quando Wellington voltar, ainda que necessite de um período de adaptação, volte sem medo e a jogar tão bem na proteção à área como na arte de surgir de surpresa no campo adversário- como no jogo diante do Bahia, em Salvador, no ano passado, quando deu inesperado “chapéu” no zagueiro e arrematou para as redes.
Mas sempre é um risco.
E significa o outro lado dos desejos desses meninos, que cultivam o sonho da hora, de serem jogadores e ganharem o dinheiro que jamais sonharam. Um simples momento- e pronto: terminam os sonhos, às vezes em fração de segundo, pois longe de ser máquina um atleta é passível desses acidentes.
Não falo de jogadores rodados, já endinheirados, cujos acidentes têm outro peso. E nem vou citar aqui muitos detalhes, pois daria um livro. Lembro-me, no entanto, do caso de Paulo Henrique Ganso que, no começo comparado- embora em outro estilo- a Neymar- sofreu com as contusões, parou de receber propostas, e só agora começa a recuperar o terreno perdido.
Temeu-se por ele.
Resumo da ópera: nem todo mundo já ganhou na loteria ao ingressar no seleto clube dos artistas da bola. Ali, na esquina, pode surgir um imprevisto. Às vezes, fatal.
Que não seja este o caso de Wellington.
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