Tempo Real

sábado, 26 de junho de 2010

E o Brasil enfrenta o Chile, freguês e desfalcado.

Depois do empate sem graça diante do Portugal, num zero a zero que deixou dúvidas quanto ao nosso futebol quando não jogam Kaká e Robinho, a Seleção Brasileira teve uma boa notícia depois dos últimos jogos: o Chile perdeu para a Espanha (uma das favoritas ao título), por 2 a 1, e será o nosso adversário no mata-mata, pelas oitavas de final que teremos pela frente.



E ainda pior para os chilenos: em partida em que até começou melhor do que a Espanha, seus jogadores ficaram nervosos depois do primeiro gol sofrido (David Villa, da intermediária) até pela falha de seu goleiro, Bravo, e passaram a tentar conter os espanhóis com jogadas mais violentas. O resultado disso foi péssimo para o Chile que, numa só partida, perderam quase toda a defesa para enfrentar o Brasil: Ponce e Medel (suspensos pelo segundo cartão amarelo) e Estrada.



Ora, pelo menos na teoria, um convite ao gol para o Brasil que, pelo menos ao que consta, terá a volta de Kaká e de Robinho, além do possível retorno de Elano. Robinho, por sinal, tem o hábito de infernizar a vida dos zagueiros chilenos, mesmo os titulares, quanto mais com os reservas... Creio que muita gente se lembra de uma goleada de 6 que o Brasil enfiou na Chile numa Copa América, já sob o comando de Dunga, quando Robinho marcou três gols. E pelas Eliminatórias, ele mesmo, Robinho, foi endiabrado em nossa vitória em Santiago do Chile.



Quanto aos chilenos, não entendia bem a saída de Valdívia, no intervalo, pois era ele quem tomava as melhores iniciativas de sua equipe. Mas o técnico Bielsa tinha mesmo de tentar alguma coisa, pois saiu de campo no primeiro tempo perdendo por 2 a 0 (Iniesta marcara o segundo gol espanhol) e a Suíça, muita gente esperava, a qualquer momento poderia fazer o gol que, se continuasse assim para espanhóis e chilenos, lhe daria a classificação.



Pois decidiram os Deuses do Olimpo que nada disso acontecesse, pois seria injusta a classificação de uma equipe incompetente para marcar- no caso, a Suíça- ou a precoce saída de quem já tinha vencido duas partidas, neste caso o Chile. Assim, mesmo com dez jogadores, os chilenos ainda fizeram um gol (marcado por Rodrigo Millar) e os suíços não tiveram a manha de fazer um golzinho sequer em Honduras, terminando no melancólico zero a zero.



Teremos, pois, uma tarefa nem tão dura pela frente; o Chile!





EM OUTRAS COPAS FOI ASSIM:



Sem recorrer às estatísticas, pelo que me vem à memória, Brasil e Chile se enfrentaram por duas vezes valendo pela Copa do Mundo. Na primeira vez, foi no Chile mesmo, em 1962, quando vencemos a seleção anfitriã daquela Copa, dois gols de Vavá e dois de Mané Garrincha. O jogo terminou 4 a 2 para o Brasil e Garrincha foi expulso- embora tenha jogado a final, contra a Thecoslováquia, na final que nos deu o bicampeonato.



E na segunda vez, outra vitória brasileira, 4 a 1, na Copa do Mundo da França, em 1998, em que saímos com o vice-campeonato, por aquela derrota para os franceses, por 3 a 0, em Zidane fez dois gols de cabeça.



Assim, que me perdoem os amigos chilenos, que me são tão simpáticos: o Chile é nosso velho freguês. Ou será que a História quer nos pregar uma surpresa?

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