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terça-feira, 29 de junho de 2010

O negócio da camisa 2

Brasil de azul e Chile de branco. Ao que tudo indica, será assim que os dois times entrarão em campo na segunda-feira para a disputa da vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo. Esqueça tradição e/ou superstição. O que motiva essa decisão é o negócio.

Nesta Copa do Mundo, nunca as seleções e a própria Fifa estiveram tão bem armadas para o marketing. Desde a restrição do uso de logomarcas das seleções durante os treinos até a colocação da Jabulani e de garrafas de Coca-Cola nas entrevistas coletivas oficiais dos treinadores pré e pós-jogo, tudo faz parte do negócio que se tornou a Copa do Mundo.

E isso se reflete, também, na venda de camisas. Para vender o uniforme de jogo, é preciso usá-lo dentro de campo. Essa lógica fez com que o México vestisse preto contra a amarela seleção da África do Sul, ou que Gana e Estados Unidos usassem seus uniformes "reservas" no jogo de ontem.

Quase nada mais na Copa do Mundo é puro. Há na maioria das vezes uma motivação comercial em torno de diversas ações aparentemente inofensivas de jogadores, árbitros e treinadores. Muitos podem reclamar dessa mercantilização da bola. Mas ela faz parte do show. Porque, convenhamos, hoje a Copa do Mundo é claramente um grande negócio. E os principais atores desse grande show refletem, dentro de campo, o negócio bilionário que ali acontece.

A parte boa dessa história é que o atleta fará de tudo para ganhar pelo seu país, independentemente da estratégia comercial ali envolvida. E, aí, é quando o negócio dá lugar à paixão. Salvando a identidade daquilo que alimenta o esporte.

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