Robert Mugabe tentou, de todas as formas, fazer ainda mais política em cima do amistoso da seleção brasileira contra o Zimbábue. O ditador do país africano só não conseguiu que Dunga e seus convocados se colocassem a serviço da ditadura local. Mas não foi por falta de conveniência da CBF que o negócio não saiu.
O insosso amistoso não serviu para nada além de colocar a seleção brasileira a serviço do mal às vésperas do início de mais uma Copa do Mundo. Seleção que, desde o início da era Ricardo Teixeira, em 1989, sempre tentou mostrar que futebol e política não se misturam.
Essa frase era constantemente usada por João Havelange para justificar injustificáveis decisões que tomava à frente da Fifa ao longo de décadas. Na lógica do mentor de Teixeira, o futebol estava acima de qualquer conflito local, não podendo se submeter aos caprichos de um país para não ser realizado. O discurso, nada mais é, do que se apropriar de uma situação para esconder o real benefício que o futebol traz para um governo ditatorial.
Ao colocar a seleção brasileira a serviço de um governo ditatorial, a CBF só ajuda a reforçar a tirania do político, conferindo-lhe notoriedade e, numa mensagem subliminar, legitimando as ações de um governo que sabidamente faz mal à população local.
Futebol e política não só se misturam como ajudam, um ao outro, a perpetuar tiranias. Mugabe iniciou seu governo em 1981. Teixeira preside a CBF desde 1989...
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