Os alemães varreram os sonhos argentinos, mais parecia um vendaval. Foi um tal de não dar espaços e conter o atual melhor do mundo, Messi, e ainda encontrar buracos na defesa argentina com uma facilidade de impressionar: 4 a 0.
E foi justo. Ou até pouco.
A máquina alemã nem tomou conhecimento da fama da Argentina e impressionou o mundo, tanto pela rapidez ao marcar seu primeiro gol (Mueller, aos 3 minutos, no mais rápido gol desta Copa até agora), como pela habilidade em construir os outros três, aos dribles e na velocidade, quase sempre pelo lado direito da defesa inimiga, dando a Klose a rara oportunidade de marcar mais dois gols, tendo apenas o trabalho de empurrar a bola para as redes (o outro gol foi marcado por Friederich).
Fácil demais. E agora, Klose, às vezes contestado pelos próprios alemães por não ser exatamente um craque, já superou Pelé na arte de fazer gols em Copas (14 a 12) e está a um passo de se igualar a Ronaldo Fenômeno (15 gols) no topo dos maiores artilheiros em todos os tempos.
Confesso que não esperava tamanha superioridade alemã. Poderia ganhar, é claro, mas desse jeito? Pois aconteceu. E inspirou Dieguito Maradona que, desta vez, na obrigatória entrevista coletiva, interpretou o papel do argentino triste e desiludido.
Como a se exercitar a compor um tango, Dieguito resumiu a questão:
“Já não tenho forças para mais nada”.
E daqui a pouco lá virá ele, junto os comandados, nos fazer companhia na triste viagem da volta. E sem ter mais nada o que falar.
MAIS UMA VEZ, VILLA. E DEU ESPANHA...
Foi um jogo mais duro do que se esperava. Muito mais! A Espanha, atual campeã da Europa, teve muito mais tempo a bola nos pés, mas esbarrou quase até o final na valente (e competente) marcação paraguaia, deixando no ar suspense e emoção: iríamos, para uma inesperada, prorrogação?
Podia até ser já que acontecera de tudo. Depois de um primeiro tempo sem graça, no segundo, de repente, o jogo pegou fogo: o grandalhão Cardoso, que joga no português Benfica, perdeu pênalti, numa bela defesa de Casillas; na jogada seguinte, em pênalti sofrido por David Villa, foi a vez do goleiro paraguaio Villar defender. Emoção pura.
Mas, enfim, o talento prevaleceu. Em grande jogada de Iniesta, Pedro chutou na trave direita paraguaia e, no rebote, o iluminado David Villa (que já tem 5 gols marcados nesta Copa), não perdoou e decretou a vitória espanhola.
Ao Paraguai, restou consolo de ter sido valente, com a emoção tomando conta de Cardozo, o artilheiro que chorou o pênalti perdido; para a Espanha, sobrou a alegria, é claro, mas também o alerta para descobrir a causa do que a tem feito jogar menos do que se espera.
Afinal, quem a aguarda, agora, é a Alemanha. E aí amigo, é Seleção para assustar qualquer outra!
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