Ah, não ouso mais brincar com as profecias desse polvo, o Paul, que não errou nenhuma previsão nesta Copa do Mundo. Meio como brincadeira, vá lá, embora o futebol sempre carrega suas superstições, mas digamos que era preciso ter muitos tentáculos para cravar, na lata, a vitória da Espanha sobre a Alemanha.
Tratava-se de um clássico do futebol, é verdade, e como já disse o filósofo da bola, Dadá Maravilha, “clássico é clássico e vice- versa”. Nem é o caso de classificar a vitória espanhola como zebra, longe disso. Afinal, a atual campeã da Europa é a Espanha e ganhou esse título por derrotar na final a mesma Alemanha que acabou de vencer, agora pela Copa do Mundo, por 1 a 0. Gol de Puyol.
O que surpreendeu foi o baile que a Espanha deu na Alemanha. Irreconhecível (terão tremido os seus jovens talentos?), a equipe alemã foi totalmente dominada pelo refinado toque de bola de Iniesta, Xabi Alonso e Xavi, parecendo totalmente imobilizada. O primeiro chute da Alemanha aconteceu aos 30 minutos de jogo- muito pouco, quase nada, para um time que impressionou o mundo como que já se chamava de “futebol total”.
E, curioso, gol que levou a Espanha à finalíssima diante da Holanda, nasceu da forma que não se esperava: de cabeça, escorando com fúria a bola que veio de um escanteio, através de Puyol: este jogador, já com 32 anos, tem apenas l metro e 78 de altura- o que parecia pouco para subir mais do que os jovens e grandalhões zagueiros alemães.
Nada mais justo para quem soube procurar o ataque e jogar melhor.
A TAÇA DA EUROPA E O PRIMEIRO TÍTULO
Na verdade, teremos no domingo dois acontecimentos inéditos. Um deles é o de que, seja quem for campeã, Holanda ou Espanha, é a primeira vez na História das Copas que uma seleção européia se consagra campeã em disputa fora de seu continente.
E o outro é que será a primeira vez- para a Espanha ou Holanda- que uma dessas seleções vai levantar o caneco, eles, espanhóis e holandeses, que jamais foram campeões do mundo.
Inédito, pois não?!
O NOSSO MERCADO DA BOLA
Enquanto a bola rola na Copa, os clubes brasileiros se agitam em negociações, pois o Campeonato estará de volta já, já. Nenhuma contratação bombástica foi efetuada (Felipão foi a mais badalada), mas, nos últimos dias, alguns movimentos chamaram a atenção:
1- O almoço de Ronaldinho Gaúcho com a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim; creio que seria melhor o Fla para Ronaldinho (se o Milan liberar) do que para o futebol paulista. O Palmeiras já teve interesse nele, é verdade, mas ouço de torcedores que a preferência entre ele e Valdívia (que deve chegar) é muito maior para o chileno.
2- Felipe: não sei qual será o futuro do goleiro que sairia do Corinthians e que agora, frustrada a ida para o Genoa, volta a treinar no Parque São Jorge. É que o Corinthians já contratou outro goleiro, o paraguaio Bobadilla, e não parece muito interessado em manter Felipe- que, por sua vez, já disputou sete partidas pelo Brasileirão e não poderá jogar por outra equipe da Série A. É a chamada sinuca de bico.
3- O pacote do Cruzeiro: alguns jogadores foram contratados e, entre eles, destaco o habilidoso meia argentino (que joga no Universidad do Chile), Montillo, e o veloz atacante que está chegando do Atlético Paranaense, Walisson.
4- Ilsinho de volta ao São Paulo? Bom jogador. Que se saiba, porém, que há algum tempo não é lateral-direito.
5- Tinga, enfim do Palmeiras: depois de longa novela, esse jogador de 19 anos e muita habilidade, foi contratado. Tem um belo potencial.
6- Keirrison, quase no Santos: uma bela notícia para a torcida santista, pois finalizar esse centroavante sabe. E muito bem. Ao lado de Neymar e Ganso, é provável que Keirrison recupere o prestígio perdido.
E agora, fim de Copa, o Mercado deve se agitar bem mais!
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