Pelo Twitter, recebi algumas sugestões de pessoas interessadas em alguns temas para tratar no blog. E o único assunto que teve mais de um leitor interessado foi sobre a ausência de um patrocinador máster para o Flamengo depois da badalada contratação de Ronaldinho Gaúcho.
Muitos não entendem onde está o problema. E a resposta não é tão simples assim. Temos tentado, na Máquina do Esporte, achar a resposta para algumas movimentações do mercado de patrocínio nos últimos tempos. A febre de marcas nas camisas é, afinal, um movimento bom ou ruim? Uma solução de curto ou longo prazo para o futebol?
A resposta passa, também, pelo caso do Flamengo. A presença de Ronaldinho Gaúcho, talvez o jogador que tenha marqueteiramente mais se aproximado de Ronaldo nos últimos anos, seria um atrativo mais do que suficiente para que as empresas decidissem colocar sua marca no uniforme do Fla.
Mas será que o valor cobrado está próximo do que ele vale?
Essa é um dos pontos-chaves de discussão hoje dentro das próprias empresas. O futebol no Brasil tem exigido valores altíssimos dos patrocinadores. Hoje, o patrocínio custa o dobro de cinco anos atrás. Só que a entrega dessa exposição foi reduzida com o festival de marcas que tomou conta dos uniformes (seja via patrocínios pontuais, seja pelas propriedades esdrúxulas criadas).
Com isso, patrocinadores fortes e tradicionais, que usam o patrocínio no futebol mundialmente (Samsung e LG são os dois melhores exemplos), pularam fora do barco. Para piorar, a lista de empresas dispostas a pagarem cerca de R$ 30 milhões por ano não é tão grande assim, ainda mais numa aposta arriscada (sim, Ronaldinho Gaúcho não representa unanimidade entre consumidores e investidores, nem mesmo com uma eventual conquista do Estadual do Rio pelo Flamengo).
Não é incompetência da diretoria Rubro-Negra, mas a junção de uma série de fatores que prejudica o Flamengo na luta para encontrar uma marca disposta a investir tanto dinheiro. As opções lógicas do mercado nos últimos anos, que se tornaram BMG e Hypermarcas, já não são alternativas (a BMG por estar na manga da camisa e a Hypermarcas por já ter estourado com o Corinthians seu orçamento).
O futebol é um grande negócio, mas os clubes precisam entender que todo bom negócio tem um valor. Parece que o futebol atingiu o seu limite.
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