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sexta-feira, 23 de março de 2012

Brasil cederá Copa América de 2015 ao Chile, diz jornal




País-sede da Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíada (2016), o Brasil teria abdicado de receber a Copa América de 2015. De acordo com informações do jornal chileno La Tercera, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) manteve um acordo previsto em 2007, e negado há dois anos pelo ex-presidente Ricardo Teixeira, de permitir ao Chile ser o responsável pela organização do evento. O anúncio deverá ser feito neste sábado pelo presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), Sergio Jadue.
Segundo informações do jornal, as negociações, iniciadas ainda quando Luiz Inácio Lula da Silva era presidente brasileiro, acabaram retomadas recentemente e avançaram até a concretização, que será confirmada neste sábado pelo dirigente máximo da federação chilena. O país não recebe o torneio desde 1991.
Provável nova sede da Copa América, o Chile, a princípio, receberia o evento somente no ano de 2019. Com a aproximação entre Lula e a federação chilena, o Brasil aceitou "trocar" para somente receber a competição sul-americana uma edição depois, já que o País passará por um ano de transição entre a Copa do Mundo e a Olimpíada no Rio de Janeiro.
A negociação entre os dois países, contudo, diminuiu em 2010, quando Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, negou qualquer possibilidade de permitir aos chilenos organizarem o torneio em 2015. "Nunca dissemos que daríamos a Copa América ao Chile. A Copa América será no Brasil", disse o antigo dirigente, que deverá ver neste sábado a mudança na sede da próxima edição do torneio.
A Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile emitiu um comunicado em seu site oficial agendando uma importante entrevista do presidente Sergio Jadue. De acordo com o texto, o dirigente fará um "anúncio importante para o futebol chileno e para o próprio país".
CBF evita comentar possível cessão
A CBF se absteve de se pronunciar nesta sexta-feira sobre notícias veiculadas na imprensa de que o Brasil cederia ao Chile o direito de organizar a Copa América de 2015 para, em contrapartida, promover a edição de 2019 do torneio.
"A CBF não quer se pronunciar sobre isso agora. Vamos fazê-lo depois que os chilenos o fizerem", disse o diretor de comunicações da entidade, Rodrigo Paiva.
Ele admitiu que o assunto foi abordado em "negociações proveitosas" entre as federações dos dois países, mas evitou falar sobre o resultado das conversas.
Segundo versões da imprensa brasileira e da chilena, os presidentes da CBF, José Maria Marin, e da Associação Nacional de Futebol do Chile (ANFP), Sergio Jadue, discutiram o tema durante uma reunião nesta sexta-feira, em São Paulo.
As mesmas versões indicam que a CBF aceitaria a troca das datas das duas edições da Copa América para garantir o apoio do Chile nas decisões do bloco formado por Brasil e Argentina na Conmebol, que é minoritário.
O pedido das autoridades chilenas para trocar as datas tinha sido apoiado em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, as conversas não avançaram devido à oposição do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira - que renunciou ao cargo na semana passada.

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