O Comitê Olímpico Internacional divulgou na última sexta-feira um comunicado aos milhares de atletas que participarão das Olimpíadas de Inverno em Vancouver. Nele, apresenta um relatório de como as "pessoas credenciadas" para os Jogos poderão fazer uso de blogs e outras ferramentas de comunicação durante o evento.
Para quem achou que era uma censura apenas à professora Kátia Rubio proibir o uso da palavra "olímpicos" e derivados num livro didático, sugiro a leitura na íntegra do documento (o link para ele é esse daqui).
Na busca incessante do direito de sua marca e de seus patrocinadores, o COI faz uma absurda proteção a qualquer tipo de ofensa aos Jogos Olímpicos. Se algum atleta vier a publicar imagens da Vila Olímpica, por exemplo, ele pode ser retirado da competição.
Mais uma vez, aqui, não se discute a questão da censura. Tenta-se explicar a lógica usada pela entidade para exigir isso de quem participa de uma edição de Jogos Olímpicos. O proprietário do evento é o COI, que tenta de maneira extrema assegurar que nada saia de seu controle. Quem quiser seguir a regra dele, está dentro da brincadeira. Quem não quiser, sofre as consequências.
Infelizmente foi com essa mão pesada sobre tudo que o COI conseguiu assegurar credibilidade aos seus patrocinadores, lá nos anos 80. E isso fez com que as Olimpíadas passassem a ser sinônimo de um megaevento totalmente vigiado. Em tempos de Big Brother, a comparação é inevitável.
Por Erich Beting
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