Nunca fui exemplo de atleta de futebol. Fui um boleiro com meus momentos de brilhantismo. Por diversas vezes cheguei a jogar bola sem inspiração. Umas vezes deram certo, é verdade. Mas observo hoje em dia o quanto isso encurtou minha carreira. Estou dizendo tudo isso para falar do caso do Adriano. Não sou ninguém para julgá-lo. O rapaz está passando por sérias dificuldades com a bebida. Acho que é neste momento que a diretoria do Flamengo tem que ajudar. Até em retribuição por tudo o que o jogador fez recentemente pelo clube. Mas é claro que ele precisa querer ser ajudado. Senão não há nada a fazer.
Só que tem uma coisa: com todo o respeito pela história dele na Seleção, o Adriano não merece ir para a Copa. Não pela parte técnica, mas sim pelo alto desequilíbrio emocional. Se o Dunga levá-lo estará indo de encontro a toda ideologia que ele próprio implantou na Seleção. O Ronaldinho, por exemplo, não vai porque teve algumas chances e não correspondeu (se bem que pra mim ainda é ressentimento do chapéu no Grenal de 99). Já o ex-corintiano André Santos dançou depois do treinador ter ouvido algo que não gostou em uma concentração. É brincadeira???
Escutei o auxiliar Jorginho falando que o comprometimento com a Seleção era mais importante que qualquer outro fator. Inclusive o técnico. Portanto, seguindo a lógica da comissão técnica, Adriano estará fora do Mundial da África. Azar o nosso, né? Se bem que neste momento, mais do que qualquer pensamento egoísta e defensivista, o mais importante é recuperar o Imperador.
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