Antes de tudo, como eu esperava, um jogaço! Um placar digno dos velhos clássicos, 4 a 3 para o Palmeiras, tendo ainda, como ingrediente, as alternativas do jogo: O Santos começou arrasador, fez dois gols de bela feitura (ainda que, no primeiro deles, o lateral Pará, depois de entortar Eduardo, quis centrar e a bola entrou no alto do canto esquerdo de Marcos), com Neymar estabelecendo 2 a 0.
Pronto: estaria se confirmando a profecia da maioria, pois era quase unânime o favoritismo santista, candidato - pelos números - a obter fácil vitória, provavelmente de goleada. Pelo jogo, até que parecia, pois o goleiro Felipe, do Santos, nem defesa precisava fazer. Era a crônica do massacre anunciado?
Qual o quê! O Palmeiras não se initimidou, foi ao ataque surgiu, então, a figura de Robert, centroavante dos mais contestados, que parece predestinado a encontrar os gols nos clássicos: fizera dois diante do São Paulo e, na Vila Belmiro, até superou a façanha: fez o primeiro, de cabeça, o segundo, ao completar bela jogada de Diego Souza e Armero, deixando tudo igual no marcador.
Depois, veio a virada, com Diego Souza; veio também o empate do Santos (Madson), mas estaria reservada para Robert as graças de ser o herói do jogo eletrizante: pois ele, de longe da área, acertou uma bomba que encobriu o goleiro Felipe e decretou a vitória palmeirense. Acredite: 4 a 3, três gols de Robert!
O Palmeiras teve outras figuras de destaque, entre elas uma surpresa, a atuação de Armero, com boas jogadas também de Diego Souza e Cleiton Xavier e de uma outra intervenção de Marcos - como no último lance de perigo santista, na falta bem cobrada por Madson, que Marcos espalmou. Não se pode esquecer também a atuação do técnico Antonio Carlos, que acertou ao colocar Edinho ao lado de Pierre, foi feliz ao substituir Eduardo (já tinha cartão amarelo) por Márcio Araujo e lançou Ivo(mais um atacante) quando o Santos tinha um jogador a menos, com Neymar expulso com justiça.
E o Santos, a sensação? Pareceu-me bem até levar a virada, embora com Robinho em tarde apagada, mas se descontrolou, ficou assustado com a situação inesperada, tanto que, repito, Neymar foi expulso com justiça, pois levantou Pierre com fúria, pura irritação de quem não assim acostumado a ser desarmado. Também não sei se este Felipe é o goleiro ideal para o Santos (quando volta Fábio Costa?), não teve culpa no quarto gol tomado, na bomba de Robert, mas falhou no primeiro gol sofrido, ao perder a disputa pelo alto com Robert. E na pequena área.
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