Tiger Woods recusou US$ 75 milhões de um patrocinador. O contrato de 5 anos oferecido pela casa de apostas irlandesa Paddy Power de fato não deve fazer muita diferença para o patrimônio bilionário do maior golfista da história.
Mas o não de Woods à proposta ensina ao esporte muitas coisas. Nem mesmo com a abalada imagem após o envolvimento em escândalos sexuais Woods aceitou um novo patrocínio. Para o jogador o raciocínio é simples. Melhor do que aceitar um novo acordo de uma marca do controverso mercado de apostas esportivas é trabalhar para recuperar a boa forma, voltar vitorioso aos gramados e, lá na frente, quem sabe, pegar melhores patrocinadores. Seguem firmes os contratos com Nike e EA Sports e, em escala menor, com a Gillette. Mas Woods já perdeu os negócios com Rolex, Accenture, AT&T e Pepsico, sem contar outras oportunidades menores que poderiam existir.
Só que o maior legado desse "não" à Paddy Power é mostrar que é preciso ter uma meta muito clara para o esporte quando se quer um patrocínio. E, mais do que isso, é preciso saber o que se quer de um patrocinador. Para o maior golfista da história, só faz sentido ter um patrocínio se ele for de uma marca que vá trazer melhor reconhecimento de sua capacidade como atleta, melhor percepção de sua força como atleta, melhor posicionamento de sua imagem frente a um determinado tipo de público.
O negócio de Tiger Woods é jogar golfe. O resto vem na esteira do sucesso do desempenho esportivo. Muitas vezes o esporte não compreende que esse é o caminho lógico para obter sucesso esportivo e financeiro. Aceitar o dinheiro que lá na frente pode vir a lhe causar incômodos e arranhar a imagem (mesmo ela estando desgastada) não parece um bom negócio para o golfista.
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