A discussão sobre o horário dos jogos de futebol já dura anos.
No último dia 10, os vereadores paulistanos aprovaram o projeto de lei que obriga as partidas a terminarem às 23h15.
Falta Gilberto Kassab sancioná-lo. O prefeito deve se manifestar até sexta-feira.
Se conheço bem como as coisas funcionam no Brasil, vetará.
De qualquer modo, cumprindo os trâmites necessários para o saudável exercício democrático, hoje, na Câmara Municipal de São Paulo, debateram o tema.
A limitação seria um avanço, todavia é preciso mais.
Monópolio de transmissões é ruim
Não sou economista. Aliás, apanho muito do tema.
Gosto de conversar com especialistas para opinar.
Encontrar defensores de monopólios em quaisquer atividades econômicas é tarefa duríssima.
Está provado que sem concorrência, o maior prejudicado sempre é o consumidor final.
Neste caso, você.
A TV Globo compra o direito de transmitir o campeonato, não de organizá-lo.
E como lida com forte expressão cultural brasileira, tem de preservá-la e valorizá-la.
Isso deveria fazer parte das obrigações de quem transmite, não importa qual empresa, tanto quanto o pagamento das cotas pelos direitos.
Cooperar com quem investe
Por outro lado, quem paga para transmitir os campeonatos precisa ser ajudado pelos organizadores dele.
Um Corinthians x Flamengo, no brasileirão, não pode ficar escondido, quinta-feira, no final da noite.
Quem investiu na competição precisa tirar proveito da força das marcas dos clubes.
Para as empresas, o assunto é negócio, não idealismos futebolísticos passionais.
O objetivo é lucrar.
Sem problemas! Nem poderia ser diferente.
O maior erro
O maior erro é ter o direito de encaixar os jogos na grade de programação como se fossem o seriado do Chaves ou o desenho do Pica Pau.
Apesar de funcionar por inércia, o produto futebol precisa de cuidado e planejamento inteligente para crescer e aumentar seu valor.
Sonho meu, sonho meu, vai….
Adoraria ver, por exemplo, “a quarta-feira do futebol”. Que tal um jogo às 18h45, o Jornal Nacional depois, e outra partida às 21h15?
Os EUA dão show quando o tema é entretenimento.
E ninguém me dirá que não sabem fazer grana la.
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