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segunda-feira, 1 de março de 2010

Em clássico polêmico, o Santos mereceu vencer.

Foi um belo jogo, antes de mais nada. E polêmico. Como se viu, o Corinthians terminou a partida com 9 jogadores, com as expulsões de Moacir (justa) e Roberto Carlos (imerecida), por ironia vindo a seguir o melhor momento do time. Aí, talvez porque os meninos do Santos, sentissem o peso da mística do adversário. Só não aconteceu o empate por Tcheco desperdiçou o gol, sozinho, ele e as redes, ao cabecear para cima. Era só escorar. Vamos por partes, como diria Jack, o Estripador:

1) O Santos mereceu vencer, como disse acima, pois mesmo sem Robinho jogou muito melhor do que o Corinthians, antes das confusões; criou inúmeras chances de gol, em tarde inspirada de Paulo Henrique Ganso e do menino-craque, Neymar, fazendo do goleiro corintiano o São Felipe. Ele fez grandes defesas, em chutes cara a cara, além de sua intervenção mais espetacular, ao defender o pênalti cobrado por Neymar - em salto de acrobata, desviando o chute de mão trocada, como se costuma dizer, lançando a mão direita para o alto, quando já parecia batido.

Se fosse uma luta de boxe, o Santos seria considerado vencedor por larga margem de pontos.

2) O Corinthians foi valente, é verdade, encarando o inimigo de futebol alegre e muitos dribles, com altivez. Mas também com várias falhas: o lado direito de sua defesa era quase uma avenida a convidar ataques do Santos, no que fez bem o técnico Mano Mezes ao substituir, no intervalo, Alessandro por Moacir (além do tímido Ralph por Jucilei). Boa intenção, no entanto infeliz. Moacir entrou para tentar segurar Neymar aos pontapés, sendo expulso depois, já no embalo, por acertar outro adversário.

3) As expulsões, capítulo à parte, justifico o que disse acima: Moacir fez até mais do que devia para ser expulso. Já a de Roberto Carlos é das mais discutíveis, injusta em minha opinião; ele mereceu, sim, o primeiro cartão amarelo, ao cometer pênalti sobre Marquinhos; não sofreu pênalti, depois, quando caiu, mas sem caracterizar a simulação. Pode ter escorregado na jogada. Rigor excessivo.

4) Mesmo com a derrota, Dentinho mostrou, mais uma vez, que não pode deixar de ser escalado: fez o gol corintiano, depois de jogada de Ronaldo, e, por pouco, não marcou um outro gol, muito mais belo, ao ajeitar a bola para cima, dentro da área, e emendar de bicicleta.

Enfim, resumo da ópera: O Santos é capaz de ganhar- e jogar bem-, mesmo sem Robinho, embora , reconheçamos, tenha muito mais confiança quando o astro da Seleção está em campo, ao lado dos meninos.

E o Corinthians revelou que precisa mesmo acertar a sua marcação e definir o volante titular. Além disso, deve rezar para que Ronaldo fique pelo menos próximo de sua forma do ano assado.

FERNANDINHO: 4 GOLS NA ESTRÉIA

Sei que tenho outros assuntos para tratar - o que farei amanhã - mas é impossível ignorar a estréia de Fernandinho no São Paulo. Autor de quatro gols, nos 5 a 1 sobre o Monte Azul, ele já mostrou, logo de cara, porque foi eleito a grande revelação do Campeonato Brasileiro do ano passado. E, acredite, teve gente que não o quis.

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