Bem, para o Corinthians, o resultado não foi ruim: ao empatar com o Indepediente de Medellin, 1 a 1, na incômoda altitude de Bogotá ainda o faz líder do grupo, revela poder de reação e também um pouco da sorte necessária. Afinal, que eu me lembre, Felipe fez defesas bem mais importantes do que o arqueiro inimigo.
Para Dentinho, também, a noite beirou a consagração, ao marcar o gol de empate, num canudo de fora da área, cheio de efeito e veneno, despachando a bola no ângulo esquerdo do goleiro colombiano. Este, coitado, tentou, até saltou como se fora um acrobata. Em vão. Para mim, mais do que consagração, é confirmação, pois venho batendo na mesma tecla - Dentinho não pode sair do ataque corintiano.
O espanto ficou por conta de Ronaldo. Tratado como um Deus desde a sua chegada a Bogotá, ele, além de não ser o Fenômeno, não jogou nada. Assisti ao jogo no apartamento de um amigo corintiano, calmo, e a ele perguntei, depois da partida e de um café quente e forte:
- "Lico, você se lembra de alguma jogada do Ronaldo?"
- "Não, de nenhuma" - disse, discretamente, como se já se estivesse habituando ao que aconteceu.
Estou sempre aqui a repetir que é preciso ter paciência com Ronaldo, afinal Fenômeno é Fenômeno. Só que, por outro lado, indo nessa toada, torcedor é torcedor e Corinthians é Corinthians.
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