Tempo Real

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ronaldo e Robinho, momentos tão diferentes...

Li que Ronaldo Fenômeno será atração neste sábado no Big Brother Brasil. Será jurado de anjo ou anjo, sei lá, pois, perdão, desconheço o mecanismo do quadro desse programa em questão. Sei, porém, que Ronaldo não será juiz e nem anjo em São Caetano, quando diante do Azulão, tentará o Corinthians manter-se perto do pelotão de frente do Paulistão. Bem, até aí, nem quer dizer muita coisa, pois é evidente que, neste ano de Centenário, o que o Corinthians quer mesmo é o título da Libertadores. O que vier, além disso, é lucro. Já disse também que é preciso ter paciência com Ronaldo, menos por bondade e mais por estratégia, pois o Fenômeno é bem capaz de, em forma ou não, ser fundamental nos jogos decisivos. E decisão é o que não faltaria nessa Libertadores, depois, nos jogos de mata-mata. Entenda-se: Ronaldo já ganhou tudo - ou quase tudo - em sua brilhante carreira, desde os títulos, com direito a ser o artilheiro de todas as Copas, até muitos e muitos milhões, sendo igualmente útil a este Corinthians que, creio, jamais sonhou ter tantos patrocinadores.

Só que, apesar da estratégia e da razão, nem deveria custar muito para ele, Ronaldo, estar mais vezes no papel de Fenômeno, em melhor forma e mais artilheiro, pois já estamos em março e ele, em cinco partidas, fez só um golzinho.

AO CONTRÁRIO, ROBINHO...

Longe de ostentar a fama e os títulos do ex-companheiro de Seleção, Robinho vem sendo, no entanto, surpresa muito mais agradável. Nesta semana, logo depois de ser o melhor em campo contra a Irlanda, em Londres, Robinho pegou o avião, viajou por mais de dez horas, deu um até logo aos companheiros de Seleção. Não descansou. Na quinta-feira a noite, sentou-se no banco de reservas do Santos, gritou com os companheiros que estavam dentro de campo - para onde se dirigiu, já no segundo tempo, para o gol da vitória santista (e que golaço!), em Jundiaí, contra o valente Paulista, por 3 a 2.

Ronaldo e Robinho, momentos e histórias diferentes. Tudo bem. Só que um deles, Robinho, vai estar na Seleção na Copa do Mundo da África. O outro, o Fenômeno, creio, ficará sentado diante de uma grande e bela tevê colorida.

Escrito por Roberto Avallone às 18h43
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Mano e Marcos, sábias decisões

A primeira decisão é trivial, lógica e nem é de causar impacto. Trata-se da decisão de Mano Menezes em manter o trio atacante que foi campeão no ano passado: Jorge Henrique, Ronaldo Fenômeno e Dentinho. Refiro-me, em especial a Dentinho, que no opaco empate diante do Botafogo de Ribeirão Preto (1 a 1 no Pacaembu), voltou a balançar as redes inimigas.

Assim como fizera contra o Santos, na Vila, quando fez um gol e quase outro, este de bicleta, que talvez desse em placa. Ora, perguntarão aos amigos - mas o Corinthians perdeu um jogo e empatou o outro, não foi? Sim, foi. Mas é preciso ter paciência com Ronaldo, que pode ser fundamental em jogos decisivos, embora esteja custando o longo jejum de gols (neste ano, ele só fez um, contra o Mirassol) e a incessante busca da silhueta ideal. Que talvez jamais volte.

Jorge Henrique, creio é uma só questão de tempo, logo ele, pequenino guerreiro, perigoso no ataque e incansável na marcação, sentindo falta, talvez, de um volante tipo Christian.

Enfim, apesar dos tropeços, acredito que Mano Menezes esteja a usar sábias medidas.

MARCOS, A DRAMÁTICA DECISÃO

Dramática, sim, embora sábia. Duvido que exista um palmeirense sequer que dê de ombros, que ignore a decisão de Marcos em se aposentar no fim do ano. Marcos há, ainda, de virar busto nos jardins do Parque Antárctica, ao lado de três ilustres companhias - Waldemar Fiume, Junqueira e Ademir da Guia.

E, por que, então sabia a decisão? É visível que ele já não é o mesmo São Marcos, goleiro de defesas milagrosas e decisivas (Marcelinho que o diga), dono de impressionante elasticidade, de reflexos mais do que apurados. Sempre foi nervoso dentro de campo, de cometer falhas inesperadas (aquela contra o Manchester, a outra contra o Vitória - goleada dos baianos, 7 a 2, no Parque Antarctica, etc), vindas, na minha opinião, dos nervos à flor da pele.

De uns tempos pra cá, porém, o vejo impaciente, sem a menor manha em liderar o grupo (eis a vantagem de Rogério Ceni), sempre com declarações pessimistas e, para culminar, depois de erro grosseiro no segundo gol do Santo André, disse que "a torcida do Palmeiras só vai sofrer comigo até o fim do ano".

Se for assim, paciência. Creio que seja coisa de capitão do time dizer no intervalo, quando o Palmeiras ainda poderia buscar algo melhor. O capitão não ajudou em nada o Palmeiras que já anda deprimido e agora - só faltava essa - começa um inicio de flerte. Flerte com a zona de rebaixamento do Paulistão.

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