Hoje, vamos conversar na base dos tópicos, com um "De Trivela" maior, o Trivelão;
1) "LA PATADA" ATÔMICA
Que eu me lembre, o primeiro jogador a levar a campo esse apelido foi Rivellino, Roberto Rivellino, um dos maiores craques do Corinthians em todos os tempos e fundamental na conquista do tricampeonato mundial pelo Brasil, em 1970. Depois, bem depois, a fama e o apelido passaram para Roberto Carlos, em especial quando jogava pelo Real Madrid, quando até um comercial de tevê mostrava um chinelo que, desferido contra uma parede, de tão violento despertou o suspiro de uma bela mocinha: "Roberto Carlos" - dizia ela, com sotaque espanhol.
Agora, vindo para o Corinthians já aos 36 anos, sob alguma desconfiança, Roberto Carlos nada tinha feito para justificar a antiga fama. Até que, neste domingo, meu Deus!, ele acertou um chute como aqueles dos velhos tempos, marcando o primeiro gol contra o Santo André. Foi, na verdade, "La Patada" Atômica.
2) O REI DO PÊNALTI
Pegar um pênalti num Flamengo e Vasco, já dá para levantar o moral de um goleiro. E imagine Bruno, o goleiro flamenguista, que pegou dois, assegurando ao Flamengo vitória de 1 a 0 diante do arquiiinimigo Vasco... E ele não defendeu chute de qualquer um não, pois ele, sem se mexer ou tentar advinhar o canto, venceu o duelo com Dodô, especialista na questão. E para os que possam pensar ter sido sorte, mera obra do Destino, leio sugestiva pesquisa: Bruno, com a camisa do Flamengo, já defendeu 15 pênaltis em poucos anos de clube, cultivando a fama de assustar o cobrador: é grandalhão, muito ágil e tem aquela frieza no olhar quer inibe o candidato a goleador.
3) WASHINGTON, O MAL-AMADO
Falo de pouco amor de certos torcedores - e até cartolas - do São Paulo que torcem no nariz quando se fala no centroavante tricolor. Neste domingo, ele nem jogou e o São Paulo teve de suar muito para vencer o modestíssimo Rio Branco, no Morumbi. Foi um placar apertado, 2 a 1, um gol de Jorge Wagner e outro, no finzinho do zagueiro André Luís, de cabeça. Gol de atacantes? Nenhum. Com Washington o gol é sempre uma possibilidade, muitas vez a realidade. Nesta Libertadores mesmo, ele fez diante do mexicano Monterrey, dois diante do Nacional, no Paraguai. O que querem mais de Washington? Jamais verão nele um estilista do toque bonito ou o Super-Herói que aproveita todas chances que aparece.
Mas naquilo que o grandalhão se propõe a fazer, é extremamente competente: está sempre visitando as redes, sempre entre os principais artilheiros do Brasil. Creio que Washington, profissional exemplar e que nos deu uma lição de vida ao superar um sério problema no coração, mereceria um pouco mais de compreensão. E de carinho.
4) ADEUS, AMIGO GILBERTO
E, infelizmente, nos deixou o amigo Gilberto Fagundes. Gente boa, que amava a vida, adorava futebol, assim como uma boa conversa e uma pizza. Fanático palmeirense, pelo que consta, sem pleitear cargo algum, comprou, de seu bolso, dois jogadores nos anos 90 para seu clube do coração: Jorginho (hoje técnico do Goiás) e Betinho, além de ajudar na permanência do goleador Mirandinha. Gostava de ficar no seu sítio, deu a volta por cima nas armadilhas da vida, nunca esqueceu os longos papos que tinha com Zito, o capitão do grande Santos.
Que mais poderia dizer? Creio que nada: apenas a vontade que fique bem e nos permita lembrar de seu sorriso, de seu eterno otimismo, do hábito de apreciar a vida com paixão.
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