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domingo, 17 de janeiro de 2010

DECISÃO INDISCUTÍVEL

A CBB oficializou ontem a contratação de Rubén Magnano. Excelente!

O selecionado brasileiro será dirigido por um dos melhores treinadores de basquete do planeta. Alguém duvida?

Magnano, se você não sabe, foi vice-campeão Mundial (2002) e campeão Olímpico (2004). Levou a sua Argentina para este patamar que a gente tanto quer chegar.

MAGNANOFoi exatamente a seleção de Magnano que ganhou pela primeira vez de um time profissional dos EUA, no Mundial referido, em Indianápolis. Na ocasião, chegou à decisão do título, mas foi dobrada pela ex-Iugoslávia por 84-77, na prorrogação.

Dois anos depois, atingiu o topo do mundo ao vencer uma competição muito mais importante: a Olimpíada de Atenas. Venceu na final a Itália por 84-69.

Antes disso, na semifinal, voltou a ganhar um jogo oficial dos profissionais dos EUA, ao bater o time dirigido pelo técnico Larry Brown por 89-81. Time que contava com Tim Duncan, LeBron James, Carmelo Anthony, Carlos Boozer, Allen Iverson, Carlos Boozer e Dwayne Wade.

Magnano, como se vê, de bobo não tem nada. Claro que ele teve em suas mãos uma geração de ouro, seguramente a melhor da história do basquete argentino.

Em Atenas estavam Manu Ginobili, Andres Nocioni, Carlos Delfino, Luis Scola, Fabricio Oberto, Pepe Sanchez, Ruben Wolkowski e Walter Hermann, todos jogadores que brilham ou brilharam na NBA.

O contrato do argentino com a CBB vai até o final do Pré-Olímpico de 2012. Terá a difícil missão de levar o time brasileiro a uma Olimpíada, o que não ocorre desde os Jogos de Atlanta, em 1996.

Se obtiver sucesso, renova com a CBB por mais quatro anos, visando os Jogos do Rio, em 2016.

Ao contrário de Moncho Monsalve, o espanhol que tirou o basquete brasileiro do marasmo e tornou-o competitivo novamente, Magnano vai ficar no Brasil praticamente o ano inteiro. Pelo menos é o que informa a CBB.

Por aqui vai estar e terá também a missão de ensinar a nossos jovens treinadores conceitos de basquete. Importante, pois não temos visto mais aparecer jogadores com qualidades a ponto de brigar com as feras internacionais.

Seguramente, fruto do mau ensinamento da base. Mesmo os que brilham no momento, como o trio que joga na NBA, mostram deficiências gritantes em fundamentos importantes.

Quando Nenê Hilário, Anderson Varejão e Leandrinho Barbosa arremessam é nítido o jeito desajeitado do trio. Barbosa já foi até motivo de brincadeiras e matérias especiais nos EUA.

Defensivamente, nossos jogadores não sabem se comportar em quadra. Quando o fazem é por puro instinto e força de vontade — exemplo: Varejão.

Por que isso ocorre? Porque quem os ensinou, quando garotos, na verdade não ensinou coisa nenhuma.

Magnano terá a missão de ajudar, portanto, na formação de técnicos nas categorias de base, pois eles participarão de clínicas ministradas pelo argentino. Muito bom.

Muito bom é pouco; diria ótimo, excelente!

Ontem, sábado, dia 16 de fevereiro, o basquete masculino brasileiro deu um passo importantíssimo. Tem tudo para dar certo.

A menos que o boicote, em todas as áreas (e aqui incluo jornalistas e gente que usa a mídia para se manifestar), seja grande demais e inviabilize o trabalho deste que é, repito, um dos maiores treinadores de basquete do planeta.

MONCHO

Como disse acima, Moncho Monsalve tirou o basquete brasileiro do marasmo. Muitos vão recriminar a atitude do presidente Carlos Nunes por isso.

De fato, o espanhol fez um grande trabalho. Mas não há como criticar a atual administração da CBB pela não renovação de contrato com Moncho.

Como já disse aqui neste botequim, é o mesmo que você ter sido dirigido por Mike Brown e, findado o contrato com o treinador, aparece a oportunidade de contratar Phil Jackson.

Por melhor que tenha sido o trabalho de Brown, P-Jax é o “the best”.

Rubén Magnano pode não ser o “the best”, mas está entre os melhores, como já disse.
Autor: Fábio Sormani

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