Corinthians e São Paulo têm sofrido um bocado, neste início de campeonato, em função dos revezamentos adotados por seus respectivos treinadores: hoje, joga um time; amanhã, outro substancialmente alterado.
Ricardo Gomes chegou ao extremo de trocar, da estreia à segunda rodada do Paulistão, nove jogadores, por exemplo. Mano, menos, mas o suficiente para que o entrosamento ideal seja comprometido.
Claro que ambos estão utilizando o Paulistão como campo de provas para a Libertadores. Ainda mais que esses dois treinadores acabaram de receber uma batelada de novos jogadores, cada um, na virada do ano. É preciso, pois, afiá-los fisicamente e testá-los tecnicamente para que adquiram ritmo de jogo, essas coisas óbvias.
Tivéssemos um calendário civilizado, e este seria exatamente o período de pré-temporada, tão fundamental para a montagem da base (física, técnica, tática e psicológica) de um time para toda a temporada que se desdobrará em vários campeonatos ao longo da temporada.
Era para esses times, depois de trabalho físico forte, estarem soltando os músculos e ganhando harmonia coletiva em jogos-treinos, torneios de verão, amistosos e tal e cousa e lousa. Nunca, disputando um campeonato pra valer, por mais esdrúxula que seja sua fórmula.
Pois, o torcedor, movido pelo instinto, não quer saber de nada disso, embora saiba, mas não sinta. É jogo de campeonato? Então, tem que jogar no limite.
Caso contrário, é vaia no Tcheco, é a torcida tricolor pedindo raça para um time que mal se conheceu na véspera e cujos jogadores estão ainda com os músculos encolhidos pelo estágio atual da preparação-física etc.
Se bobear, queima-se este jogador-chave para o resto da campanha – o mais importante, diga-se – ou aquele outro treinador, se não chega a cair, pelo menos, terá seu trabalho solapado. E aí todo o planejamento vai pra a cucuia.
Calma nessa hora, minha gente.
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