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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

FÓRMULAS E EUFORIASFÓRMULAS E EUFORIAS

Não há fórmula de disputa de campeonatos perfeitamente justa, como, aliás, nada é perfeito neste mundão dos homens. A menos injusta será sempre a de pontos corridos, lá e cá, que concede o título àquele time que somou mais pontos; portanto, o melhor de todos, na média, em geral.

Nesse sentido, o Campeonato Carioca obedece uma lógica perfeitamente aceitável: divididos em dois grupos, todos jogam contra todos,em dois turnos, denominados Taça Guanabara e Taça Rio. Os campeões dos turnos, ao cabo, se enfrentam numa grande final. Se um deles, por acaso, vence os dois turnos, leva a faixa. Fim de papo.

Mas, o Campeonato Carioca leva sobre o Paulistão a vantagem de contar com menos clubes participantes do torneio, o que lhe permite o encaixe de datas no prazo reservado pelo calendário brasileiro às competições estaduais.

O que não dá pra aceitar é essa fórmula híbrida e eivada de desequilíbrios – mistura de pontos corridos com mata-mata, na qual alguns times jogam mais fora do que outros em apenas um turno etc. –, aplicada no Paulistão que se inicia neste fim de semana.

Além do mais é a menos atraente de todas, pois passamos a maior parte do tempo à espera da classificação dos grandes (quase sempre, com esta ou aquela exceção) para a disputa das finais, o verdadeiro campeonato.

Mais atraente, sem dúvida, seria dividir os times em grupos jogando entre si para apurar o campeão de cada chave, que, em seguida, disputariam o título do turno entre si, em semifinal e final. Dependendo do número de datas disponíveis, pode-se jogar até quatro turnos, cujos campeões disputariam uma superdecisão.

Se um deles ganhasse, digamos, dois ou três turnos, ou ficaria à espera do vencedor da semifinal, ou entraria para o jogo decisivo com a vantagem do empate, por exemplo.

A sintonia fina, claro, seria feita na elaboração do regulamento, essas coisas. Mas, pelo menos, teríamos um torneio baseado numa lógica definida, com emoção do início ao fim, e apuração técnica do melhor mais compatível com a realidade do nosso futebol.

Mas, enfim…

Retirado de: http://colunistas.ig.com.br/albertohelenajr/

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