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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Uh Marcelinho! Uh, o Maior?

Há controvérsias, é claro. Terá sido este Marcelinho Carioca que inicia seu adeus ao futebol o maior entre os maiores jogadores do Corinthians ao longo dos tempos a ponto de ser eleito o Embaixador corintiano no sagrado ano do Centenário?

Na minha opinião, entre os que estão vivos e vi jogar, foi sim! Nenhum outro ganhou tantos títulos quanto o Pé de Anjo, autor de tantos gols e jogadas inesquecíveis, como o gol diante do Santos, na Vila, em que até Pelé disse ser merecedor de placa, ou aquele outro contra o Palmeiras, do meio do campo, no ângulo esquerdo de Velloso.

Sim, cometeu também os seus pecados. A Fiel demorou a perdoá-lo ao perder um pênalti, o último da série, que canonizou o goleiro do Palmeiras, de lá para cá chamado de São Marcos, e eliminou o Corinthians da Taça Libertadores da América. Logo a Libertadores, sonho antigo da conquista inédita que agora. Sob o pretexto do Centenário, ressurge com força total.

Nem acho que tenha sido Marcelinho o mais completo jogador corintiano que vi em ação, perdendo em genialidade para o Doutor Sócrates (pena que não tenha sido tão bom atleta) e para Roberto Rivellino, La Patada Atômica- este nem um pouco abençoado pela arte de ganhar títulos para o Corinthians, tanto que o mais expressivo, se não me falha a memória, foi um tal Torneio do Povo, em 1973. Também tenho minhas dúvidas se Marcelinho foi sempre sincero ou grande parceiro ou se aprendeu usar palavras politicamente corretas ou que agradam- como, por exemplo, a tal “segunda pele”, ele, que já teve outras, como as camisas do Flamengo, do Vasco, do Valencia, do Japão (nem sei qual), do Santo André, etc.

Não importa: pelas faltas magistralmente cobradas, pelos escanteios venenosos, pelo conjunto da obra, deu Marcelinho como embaixador corintiano! E com toda a justiça!

Ah, já ia esquecendo: foi por causa de Marcelinho, que acompanhei boa parte do amistoso em que os reservas do Corinthians bateram os reservas do Huracán, por 3 a 0, com gols de Souza, Moraes e Dentinho, tendo por trilha sonora os gritos que quase 20 mil fiéis e enlouquecidos corintianos.

É, neste ano o bicho vai pegar na Libertadores. Como diria o inesquecível e autêntico corintiano, Chico Mendes, charuto sempre no canto da boca, “ou vai ou racha”.

Retirado de: http://blogdoavallone.blog.uol.com.br/arch2010-01-10_2010-01-16.html#2010_01-12_20_33_44-141061477-0

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