Os grandes de São Paulo passam estes dias de pré-temporada exibindo seus trunfos para o ano que mal começa.
No Parque, houve a festa, com toda pompa e circunstância, para seis mil fiéis, na apresentação de Roberto Carlos, seguida das de Tcheco, Danilo, Iarley etc., sem contar o becão Henrique, que está no gatilho. Ele, ou Alex Pirulito.
No Morumbi, todas as cartas foram postas sobre a mesa de uma vez: um naipe de respeito – Marcelinho e Carlinhos Paraíba, Léo Lima, Fernandinho, André Luiz (“Vamos pra varanda…”, como convida o velho samba de João da Bahiana), Xandão, quem mais? Ah, sim está faltando Cicinho, que parece estar na marca do pênalti, segundo as últimas informações.
O Santos vai de Marquinhos, Maranhão, bom lateral-direito do Guarani, e o eterno ídolo Giovanni, uma incógnita mas sempre uma esperança.
Por fim, o Palmeiras, que segundo seu presidente está fazendo contratações cirúrgicas, tipo Márcio Araújo, excelente volante do Galo, e Léo, zagueiro revelado pelo Grêmio. Mas, a pedido de Muricy, estica um olho também para Alex Pirulito, e outro para Rafael Sóbis para compensar a iminente perda de Wagner Love, de tão frustrante volta ao Palestra Itália.
Enfim, bons ventos sopram em direção ao Paulista deste ano, com suas principais equipes renovadas, embora esse sistema de disputa, híbrido e irracional, deixará toda e qualquer emoção resumida ao mata-mata final.
E, por mais incoerente que pareça, o Palmeiras, golpeado tragicamente pela maneira como perdeu o Brasileirão, e ainda imerso nas brumas da incerteza sobre a formação de seu ataque, é o que me parece em condições de melhor começar a competição doméstica.
Explico, antes que as pedras dos demais torcedores me atinjam: enquanto Corinthians e São Paulo, pelo volume de novas contratações, e Santos, sob nova direção, terão de usar o Paulistão como campo de prova na arquitetura de seus novos times, o Palmeiras já entrará em campo com o entrosamento herdado da temporada passada.
E, mais: reforçado por alguns jogadores que podem mais acrescentar do que fragmentar o seu jeito de jogar. Por exemplo: Márcio Araújo, pelo que vi de seu desempenho no Galo, é melhor do que Jumar ou Sandro, que frequentaram aquele setor com mais assiduidade no ano findo.
Mas, isso é apenas especulação, não ciência exata. Vai que Mano Menezes toque com sua varinha mágica esse nova Timão, ou que Ricardo Gomes acerte logo de cara esquema e formação da equipe, ou ainda que Dorival Júnior consiga conjugar sob o mesmo teto talentos como os de Rodrigo Souto, Marquinhos, Giovanni, Ganso, Madson e Neymar, já mais maduro, e aí os três desembestem a ganhar todas… É possível, embora improvável.
De qualquer forma, teremos um campeonato interessante, desde que nossos treinadores de plantão não se deixem atar pelo medo de perder e resolvam aproveitar na plenitude os poderes de seus novos reforços. É esperar pra ver.
Retirado de: http://colunistas.ig.com.br/albertohelenajr/
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